Capitulo 4

Como prometido, outro capítulo e esse eu dedico a minha lindinha @ThielleMello Leitora suuuuuper Fiel das minhas histórias! Espero que goste amor, beijãão ;) 

[...]

Ao chegarmos a pequena lanchonete, ocupamos uma mesa do canto e logo vieram nos atender, pedi um suco de maracujá e Luan um de melancia:

-Eu achava que a vida de um astro fosse diferente. – Falei finalmente tomando a iniciativa.

-Diferente como? – Ele pousou os braços em cima da mesa e me olhou.

-Olhe só pra nós, sentados em uma lanchonete que academia, esperando um suco ficar proto e conversando amenidades. Achei que sua vida fosse cercada de flash's por todos os lados, milhões de seguranças e que você não dava atenção pra meros mortais como eu. – Sorri.

-De vez em quando eu tenho a chance de ser um “mero mortal” como agora. – Ele sorriu – Mas seu pensamento não está totalmente errado, as vezes tem flash's e seguranças...

-As vezes? – Arqueei a sobrancelha – Tudo bem. Então quer dizer que você é um maluco por academias como minha amiga Ju?

-Tenho que me cuidar, você não malha? – Ele perguntou como se eu fosse um ET.

-Não, digamos que a ideia de muito esforço físico e suor não me agradem muito. Mas eu corro, como você já sabe, não sou totalmente sedentária. – Nesse momento nossos pedidos chegaram.

-Sabe, depois que te deixei em casa fiquei te achando maluca, quem corre as 5:00 da madrugada, sozinha em São Paulo?

-Foi loucura eu sei, mas a culpa foi do meu Ex namorado bêbado que me ligou aquela hora pedindo pra voltar, me estressei e saí sem pensar. – Expliquei.

-Ah com certeza, bonita desse jeito tinha que ter alguém no pé.

Senti meu rosto queimar e enrubescer com aquele comentário e ele também percebeu isso:

-Você ficou vermelha, está com vergonha? – Sorria pra mim como criança.

-Para, esta me deixando sem graça. – Abaixei a cabeça enquanto ele continuou a me olhar.

-Mas por um lado foi bom... - Ele deu um gole no suco, mas permaneceu me olhando.

-Bom? 

-É, se seu ex bêbado não tivesse ligado e você não tivesse saído a gente não teria se conhecido. 

-É, mas eu não gostei de ter te conhecido naquelas circunstâncias. - encolhi os ombros.

-Talvez estivesse escrito em algum lugar que teria que ser assim... - Ele falou, parecia viajar nas palavas.

O silêncio tomou conta de nós naquele momento, eu realmente fiquei sem ação depois daquela frase, e ele, como num despertar, falou:

-Tudo bem, vamos mudar de assunto, o que você faz da vida Nicolle? – Ele deu um gole em seu suco.

-Sou Jornalista, me formei a pouco e trabalho num jornal local como repórter, as vezes ataco de redatora também.

-Olha só, uma jornalista! Quem diria, como nunca nos esbarramos pro ai?

-Digamos que eu sou uma iniciante, ainda não entrevisto pessoas como você.

-É uma pena, eu ia gostar de ser entrevistado por você.

Ele me olhou profundamente nesse momento, fiquei vermelha mais uma vez:

-Vermelha de novo, você é muito envergonhada menina! – Ele observou divertido.

-Você me deixa assim.

Senti um tipo de reação nele quando falei isso, mas não consegui decifrar o que era:

-O que vai fazer hoje a noite? – Perguntou agora um pouco mais sério.

-Ler um bom livro.

-E será que deixaria esse bom livro de lado pra ir ao meu show numa cidade aqui perto? - Sua expressão era convidativa. 
-Bom... É que... - Procurei as palavras mas elas tinham sumido de mim.
-Ah, você não vai negar o convite do cara que te salvou duas vezes hoje né? 

-Acho que posso ler o livro depois. – Falei sem tirar os olhos dele.

-Perfeito, leve sua amiga se quiser. Quando chegar a porta do evento, me liga e mando alguém te buscar.

Enquanto pisquei Luan já estava com meu celular em sua mão gravando seu número, depois me entregou de volta e voltou a me cortar com seu olhar, em seguida disse:

-Não sei porque mas desde a primeira vez que te vi eu sinto que já te conheço a tempos, é estranho.

Quase me engasguei ao ouvir aquilo, era exatamente o que eu sentia também, mas não manifestei, apenas sorri:

-Luan, como é que é? Vamos nos atrasar mesmo? – um cara mais ou menos baixinho chamava Luan.

-Meu tempo como “mero mortal” acabou, posso te esperar hoje a noite? – Ele fez um gesto para que o outro esperasse.

-Pode sim.

-Tudo bem menina envergonhada, nos vemos lá então. – Depois disso ele tirou a  carteira do bolso, deixou dinheiro da conta em cima da mesa e me deu um beijo no rosto.

Mas uma vez senti as mesmas reações de antes, e a mesma sensação de que já o conhecia tão bem. Depois pude vê-lo indo embora.

Somente depois que sua imagem sumiu de meus olhos foi que me dei conta de que havia aceitado seu convite sem nem ao menos saber em que cidade era o show e me perguntei o que estava acontecendo comigo. Também me dei conta de que estava sozinha e teria que voltar pra casa de taxi já que Ju devia estar perdida por ai com seu boy magia. 

Depois de pagar uma verdadeira fortuna pela corrida, finalmente cheguei em casa e tratei de pesquisar tudo sobre o show de Luan. Por sorte era na cidade vizinha, mais ou menos duas horas de carro se eu não pegasse trânsito. Liguei pra Ju pra convidá-la pra ir comigo mas chamou inúmeras vezes e caiu na caixa postal - ocupada demais.

A tarde voou e só a noite consegui fazer contato com Juliana que chegou em casa correndo e dizendo que tinha ligado do trabalho pra ela fazer a reportagem de um acidente na zona Oeste da cidade:
-Não acredito que vai me deixar na mão de novo Ju... - Choraminguei pra ela.
-Trabalho Nic, sinto muito, estou precisando de dinheiro. - Ela se arrumava como um jato. 
-Droga, vou ligar pro Luan e dizer que não vou. 
-Não vai fazer isso Nicolle! - Ela parou o que estava fazendo e me encarou, totalmente séria - Não percebeu que ele está a fim de você?
-Claro que não. - Respondi com se fosse óbvio.
-Ta bom, acha mesmo que se ele não quisesse nada ia ter toda essa preocupação de te convidar pro show, mandar alguém te buscar na portaria e colocar no melhor lugar, além de te dar o telefone. Qual é Nicolle, ele é o Luan Santa, acha que ele sai distribuindo o numero dele pra todo mundo? 
-Justamente porque ele é o Luan Santana e pode ter qualquer mulher deste país, que não tem cabimento ele estar a fim de mim. 
-Você é diferente amiga, meiguinha, distraída, inteligente, e ele esta querendo sair da rotina. 
-Falando assim até parece que eu sou algo que ele pode usar e descartar como um guardanapo de papel né? - me irritei.
-Se você quer ver as coisas assim... Eu prefiro pensar que você vai relaxar e se divertir com um cara incrível depois de um ano com o babaca do Diogo. Uma noite não mata ninguém minha amiga, muitas vezes, nos da mais vida. - Ela sorria maliciosa - E além disso, você não pode fazer essa desfeita ao seu salvador, certo? 
-Porque você é assim em?
-Sincera? Porque você não seria nada se eu não jogasse a realidade na sua cara. Agora vai se arrumar que eu já vou indo, beijos e boa sorte pra nós duas. 

Depois de voltar pra casa comecei a me arrumar pensando no que Ju tinha falado a pouco. Ela sempre esteve certa em tudo que me disse desde que nos conhecemos, mas agora ela tinha errado, afinal, porque Luan Santana estaria a fim de mim? Talvez ele só quisesse mesmo experimentar da "menina distraída e diferente". Por outro lado meu coração não cogitava a hipótese de não ir ao show, então, enquanto eu passava batom e me olhava no espelho já quase pronta, resolvi não pensar no que viria depois, naquela noite eu não pensaria em nada, apenas, me deixaria levar pelas circunstâncias. Mal sabia eu que isso poderia mudar a minha vida. 

Após duas horas e algo mais dirigindo na noite e morrendo de medo de outro assalto onde eu tinha certeza que ninguém apareceria pra me salvar, finalmente cheguei ao local do show. O que encontrei foi filas e mais filhas de gente querendo se enfiar em um lugar que já estava completamente cheio. 

Peguei o celular e procurei o número de Luan, só então vi que ele tinha salvado como "Luan, meu herói". Sorri involuntariamente com aquilo e liguei:
-Oi... - Atendeu com voz normal.
-Luan? Sou eu, Nicolle. - Falei um pouco nervosa.
-Ah, oi Nicolle, achei que não vinha, o show está pra começar. - Ele agora falou bem Humorado.
-É que eu sou uma "mera mortal", ainda não tenho um jato particular, por isso, tive que dirigir até aqui. - Me dignei a brincar e ele sorriu.
-Vou mandar alguém te buscar, espera ai. Reservei o melhor lugar pra você e depois quero te ver no camarim.
-Você que manda. 

Depois da nossa breve conversa, em segundos o meu segundo salvador apareceu para me buscar e enquanto nos dirigíamos ao local conversamos sobre como eu estava, sobre a prisão do bandido daquela noite e eu pude agradecê-lo direito por tudo. Mas quando eu dei por mim, vi que estava em cima do palco, no lado direito pra ser mais exata e mesmo do cantinho eu podia ver e ouvir a multidão lá em baixo a espera de Luan.

[Continua]

Eita, 

Show seguido de camarim...

Como será que isso vai terminar? 

kk'

Só vão saber amanha! 
Beijos
Mayara
@FCAsCoelinhasLS