quarta-feira, 30 de abril de 2014

Capítulo 93

[...]

"Cecília não se conteve ao ver Lorenzo ali tão perto, então, imediatamente correu para seus braços lhe dando o mais forte e apaixonado dos abraços:
-Minha bela Cecília, minha bela menina! - Ele murmurava alegremente enquanto inalava ao máximo o cheiro dela. 
-Meu amor, eu senti tanta saudade. - Ela o apertava forte, como se ele fosse um sonho bom prestes a se acabar. 
-Prometi a você que ficaríamos juntos não foi? E agora é para sempre, basta você querer. - Ele olhou no fundo dos olhos negros da menina e acariciou seu lindo rosto.
-Mas... como? - Ela olhou para ele, depois para seu pai que os observava atentamente e para sua mãe que sorria já sabendo de tudo.

Depois de algum tempo de silêncio, o velho pai de Cecí se aproximou e começou:
-Ele foi falar comigo na mercearia filha. Lorenzo pode ter errado, ter sido muito inconsequente ao levar você escondida ao lago sem permissão e por conta disso você ter sofrido o acidente que quase tirou sua vida, mas até nisso ele foi corajoso, determinado, e eu admiro isso. Qualquer outro teria aceitado, fugido ou se borrado de medo depois das ameaças que lhe fiz para ficar longe de você, mas ele insistiu, foi até mim, me enfrentou e o mais importante, expressou todo o sentimento que tem por você e foi isso que me tocou. Talvez ele não seja o melhor partido, o mais rico, ou o que eu sonhei para você, mas é o que você sonhou para si mesma, o que escolheu e depois daquela conversa que tivemos, não podia deixar minha única filha mulher viver infeliz a vida toda, quando todos os seus irmãos fizeram suas escolhas. 

Cecí estava de olhos marejados e Lorenzo esboçava um sorriso de orgulho, ambos de mãos entrelaçadas:

-Confio no seu coração Cecília e acima de tudo, estou confiando em você Lorenzo, para fazê-la a mais feliz do mundo. - O pai concluiu.
-Eu farei, lhe dou minha palavra de que até minha morte, minha missão mais importante será fazer Cecília feliz. 
-Bom, então o que está esperando, fale a ela o que tem para falar. - O velho incentivou.
-Como assim falar? - A menina estava completamente perdida em todas aquelas novidades.
-É... - O rapaz parecia sem jeito, mas pigarreou e foi em frente - Eu te amo menina, e já te disse isso tantas vezes, mas acho que nunca te dei uma grande prova do meu amor. 
-Claro que deu, tudo que meu pai falou, você lutou por nós... - Ela o interrompeu mas ele selou seus lábios com um dos dedos e sorriu.
-Me deixe continuar, se não, não vou conseguir, apenas escute. 

Então Cecília calou, e depois que Lorenzo respirou fundo, prosseguiu:

-Pode parecer besteira, ou até mentira, mas no primeiro momento em que cheguei a cidade, naquela festa de ano novo e bati meus olhos em você, senti um aviso, algo me dizia que a procura tinha acabado, que eu tinha encontrado a mulher da minha vida e foi a partir dali que decidi que eu faria isso virar ralidade, que você seria minha e que eu seria seu. Mas nada se comparou ao momento em que percebi que você me correspondia com a mesma intensidade, que nosso sentimento é completamente proporcional, perfeito, igual. - Ele segurou forte as mãos dela que estava pra lá de emocionada - Passamos por muita coisa, mas chegamos até aqui e sei que teremos um final feliz, minha bela Cecília, a mais bela de todas. Eu te amo menina, e não vejo outro caminho para nós se não esse...

E nesse momento ele tirou a caixinha vermelha do bolso e se ajoelhou na frente dela, abrindo-a e exibindo o belo anel de ouro branco com uma pedra no centro:

-Casa comigo? 
Por um momento Cecília ficou sem reação, mas depois deu um grito de felicidade e o puxou para um beijo sem se importar co a presença de seus pais ali, e ao final do beijo, o aviador perguntou:
-Isso é um sim?
-Ora seu bobo, é mais que um sim! Eu te amo! Te amo muito e vou amar para sempre, até depois da morte. 
-Então pronto, pedido feito e aceito, agora vamos jantar porque estou morto de fome. - O pai de Cecí se manifestou.
-Ah papai...
Cecília se soltou de Lorenzo e cobriu seu pai de beijos e agradecimentos. Depois disso jantaram em pela harmonia e comemoração. Agora tudo estava resolvido e como Lorenzo disse, parecia mesmo que aqueles dois teriam um final feliz. 

Após o jantar, o pai da moça deixou que ela ficasse um pouco mais com seu noivo, afinal, tudo mudava de figura a partir de agora:

-Ai, eu acho que vou explodir de tanta felicidade! - Os olhinhos de Cecí brilhavam - Como conseguiu convencer meu pai?
-Apenas lutei meu amor, falei o quanto te amava... Só isso. - O rapaz deu de ombros e beijou o alto da cabeça dela.
-Você é maravilhoso, eu te amo tanto... - Ela selou os lábios dele com um beijo rápido - Mas temos muito o que fazer, temos que ir a igreja arrumar uma data, preparar a festa, seu terno, meu vestido, fazer uma lista de convidados...
-Calma! - Ele falou sorrindo - A data tem que ser daqui três meses no máximo, foi esse o tempo que seu pai me deu.
-3 meses? Tão pouco? - Ela fez careta.
-Pois para mim é muito, não vejo a hora de você ser minha, completamente minha... - Ele beijou de leve o pescoço dela sentindo seus arrepios - Quando ninguém mais vai poder tirar você de mim. - Sua voz era a mais sedutora do mundo.
-Somente sua, para sempre. - Depois se beijaram longamente - Tenho que me apressar para terminar o nosso enxoval, sabia que estou bordando tudo com nossas iniciais? - Ela comentou eufórica.
-Com nossas iniciais? Como podia ter tanta certeza que se casaria comigo? - Ele estranhou.
-Simples, eu sempre quis me casar com você e quando quero uma coisa meu caro, faço acontecer. - Sua voz era travessa, ele amava.
-Nossa, eu realmente estou impressionado.
-Onde vamos morar? - Ela pulou rapidamente para outro assunto. 
-Vamos fazer assim, você cuida da cerimônia, da festa, do enxoval com nossas iniciais e de toda essa parte enquanto eu me comprometo a cuidar da parte da casa, móveis, e é claro, nossa viagem de lua de mel. - Ele piscou sedutor fazendo ela corar de vergonha.
-Tudo bem, ficamos combinados assim."

Acordei de repente e percebi que lágrimas escorriam no conto dos meus olhos. Aquele tinha sido o mais lindo de todos os sonhos que já tive com Lorenzo e Cecília e ver a felicidade deles tinha me deixado completamente emocionada. 

Mesmo que eu não pudesse ver seus rostos - que em todos os sonhos apareciam completamente embaçados - Eu podia sentir o quanto se amavam, o quanto eram perfeitos um para o outro, como eu achava que Luan era para mim. Mas a história deles sim teria um final feliz e eu tinha que documentar aquilo.

Rapidamente comecei a escrever para que nada fugisse a minha memória. Mesmo o projeto do livro contando a história que criava em meus sonhos ter sido ideia de Luan, eu continuaria com ele, mesmo depois do nosso fim. 

Estava completamente envolvida, escrevendo a parte em que Lorenzo se ajoelhou e mostrou o anel, quando tive um clique e um arrepio me percorreu por inteira. Na lembrança que tinha do sonho, o anel que Lorenzo dava a Cecília era exatamente igual ao que Luan me deu no dia do nosso aniversário e que por alguma razão ainda estava em meu dedo, mesmo depois de nossa separação.

"Minha cabeça criou isso, é claro!" - Tentei me apegar a esse fato, só podia ser isso, não tinha outra explicação. Mas naquele momento me veio como uma pancada a lembrança do dia em que ganhei aquela joia tão linda, na nossa noite, que aos trancos e barrancos terminou bem. 

Então, com lágrimas os olhos me obriguei a tirar o anel de meu dedo, na mesma noite em que Cecília o colocou no dela, infeliz coincidência.

Tentei tirar tudo aquilo da cabeça e focar no que estava escrevendo, e foi assim por toda a madrugada. 
...
-O show hoje foi demais cara, 80 mil pessoas, me arrepiei. - Rober falava enquanto voltavamos para o hotel depois de mais um show com sucesso. 
-É, foi lindo mesmo, tô até postando uma foto aqui. - falei enquanto mexia apressadamente no celular.
-Todos os shows são assim, mas em todos eu sinto como se fosse o primeiro, sei lá...
-Eu também, sempre assim. - eu continuava fuçando no celular.
-E aí, que que a galera achou da foto? 
-Não, espera. 

De uma hora pra outra, eu que estava normalmente feliz com o sucesso da noite, fiquei pálido e sério como quem vê a morte em sua frente:
-Que foi cara? 
-Não pode ser! - Cerrei os dentes.
-O que? - Rober se assustou.
-Lê isso aqui. 

"Namorada de Luan Santana se diverte com o ex"

"Enquanto seu namorado Sertanejo está trabalhando, Nicolle Andrade resolveu se divertir na companhia de seu ex namorado, o DJ Diogo Oliveira. Os dois foram vistos por nossas lentes jogando boliche animadamente, comendo e conversando. Mas será que Luan sabe disso? E se sabe, o que ele acha? 
Vamos aguardar mais capítulos desta novela."

E abaixo, várias fotos de Nicolle e Diogo juntos, só sorrisos. 


[Continua]




Nhaaaaac'
Lorenzo e Cecília, fofos, lindos, perfeitos, amados, em fim...
E aí, será que esse casamento sai?
E essa coincidência do anel de Cecí ser igual ao de Nic, 
será que foi coisa da cabeça dela mesmo?
haha'
Maaaaaaaaaas
A saidinha de Nicolle com Diogo acabou virando reportagem e Luan viu,
e agora?
Aguardem 
Brigas, tapas, beijos...
Espera, beijos? 
Só aguardem!
hahahaha'

Beijuuuuuuu
Mayara
@FCAsCoelinhasLS

terça-feira, 29 de abril de 2014

Capítulo 92

[...]

-Ta me seguindo? - Arqueei uma sobrancelha enquanto reparava na cara de pau de Diogo.
-Segura esse ego ai gatinha, você não é tão importante assim. Ninguém pode elogiar né, já fica se achando. 

Ao dizer isso ele veio sorrindo até mim e sem minha permissão me deu um beijo no rosto, com o susto dei dois passos pra trás e ele sorriu cafajeste:
-Calma, eu não mordo, a não ser que você queira. - E então piscou pra mim, o castanho mel de seus olhos estava brilhante naquele inicio de noite. 
-Essa frase é tão batida, assim como você. - Dei de ombros enquanto via meu câmera, Beto, guardar nossos equipamentos. 
-Tem gente que gosta. - Ele passou a mão pelos cabelos como sempre fazia.
-Não respondeu, está me seguindo? - Voltei a primeira pergunta.
-Não Nicolle, estava só passando e ti vi, então pensei, agora que você está sem namorado, suas noites devem estar bem tristes né? 
-O que eu tenho que fazer pra me livrar de você? Porque se eu brigo, xingo, te escurrasso você sempre volta, como se nada tivesse acontecido, com esse maldito sorrisinho debochado, como se nada fosse capaz de te afetar. - Fui sincera, mas minha voz era completamente calma.
-Mas nada é capaz de me afetar, vou te contar um segredo... Eu sou o super homem! - E ao dizer isso ele bateu no peito e olhou para o céu, depois ergueu o braço como se fosse sair voando, não consegui conter a risada.
-Tudo bem super homem, já deu seu show, pode ir. - Maneei a cabeça para o lado exibindo um sorriso terno.
-Nada disso, minha tarefa de hoje é salvar sua noite. Já consegui arrancar o primeiro sorriso e vou conseguir muitos mais. 

Dá pra acreditar nesse figura? Completamente idiota. Mas exatamente naquele momento, Beto terminou de guardar tudo e me chamou:
-Tenho que ir, boa sorte com a sua noite, sinto muito mais não vou fazer parte dela. 
Então não esperei ele questionar e entrei no carro do jornal junto com meu colega de trabalho e assim, seguimos de volta. 

Mas se engana quem pensa que Diogo desistiu assim tão fácil, nos seguiu por todo o caminho e me esperou do lado de fora até eu terminar tudo, pegar minhas coisas e sair novamente:
-Porque eu Diogo? - Perguntei finalmente chegando perto dele, encostado em seu carro, de braços cruzados, sempre sorrindo. 
-Não entendi. - Deu de ombros.
-Cara, você é um DJ super conhecido, tem milhões de amigos e o mais importante, milhões de AMIGAS e está aqui, insistindo em mim, aquela que você chamou tantas vezes de sem sal, sem graça, chata, ciumenta, irritante...
-Ei, Ei, ta bom. - Ele me interrompeu - Simples, só estou querendo ajudar uma velha amiga que levou um pé na bunda. 
-Não levei um pé na bunda! - Protestei.
-Tudo bem, as mulheres nunca aceitam esse tipo de coisa, em fim, a minha ideia é, saímos pra comer alguma coisa, pra nos divertimos um pouco, depois te deixo em casa, bonitinha. Só não quero te deixar na solidão daquele apartamento - Ele colocou as mãos sobre o peito e fez uma cara de drama - Convivendo com as lembranças dos momentos lindos que você viveu com o cantorzinho...
-Chega, chega! - Joguei as mãos pro alto.
-Então, topa? 
-Não. 
-Ah, vamos lá, vai ser legal! - Ele insistia, juntando as duas mãos em suplica - Podemos ir ao boliche, lembra? Você adora jogar boliche! 

Realmente ele tinha razão, sempre gostei de boliche, fazíamos isso sempre quando estávamos juntos - e de bem, sem brigar - Aquele lugar era o único que fazia eu e Diogo ter algo em comum, sorri com as lembranças:
-O que eu tenho a perder? - Perguntei a mim mesma e ele sorriu.
-Nada, comigo você só tem a ganhar. 

E foi assim que ele me convenceu. Deixamos meu carro ali mesmo no estacionamento do Jornal e seguimos no carro dele, nem passei em casa para trocar de roupa e no caminho, tentei não me repreender pelo que estava fazendo. Diogo não era mal, nunca foi, simplesmente aquele era seu jeito, um moleque inconsequente e eu querendo ou não, a companhia perfeita para aquele momento em que como ele disse, se eu voltasse para casa, iria mesmo ficar deprimida em meio as lembranças de Luan. -"Luan! Ainda estou com raiva pelo que aconteceu na noite de ontem." - O fato é que se eu tinha me enganado tanto com Luan, achando que ele era um príncipe saído direto dos contos de fadas e ele se revelou como um grande vilão, porque continuar com aquela opinião ruim sobre Diogo? Ele podia muito bem ser o mocinho da história, em outras palavras, um amigo talvez. 

Olhei para o lado e Diogo dirigia cantando animadamente uma musica do Thiaguinho que tocava no rádio. Sorri, tudo pra ele parecia tão bem, tão natural, problemas não existiam. Diogo vivia cada momento de uma vez, sempre foi assim.

Chegamos ao boliche e diferente de todos que estavam lá com suas roupas despojadas, já estava eu com meus trajes formais de trabalho, mas não liguei para isso, apenas tirei o blazer e tudo ficou bem. Então, depois de toda a parte burocrática resolvida, começamos o jogo.
-Primeiro as damas. - Ele disse abrindo o caminho.
Então peguei a bola, não precisei de muita concentração então joguei e como sempre...
-Strike! Essa é a minha garota! - Diogo comemorou ao ver meu acerto perfeito.
-Vamos lá, faça melhor. - Sorri lhe entregando outra bola.
Então ele fez seu arremesso, mas derrubou apenas 6 pinos.  

Boliche sempre foi meu forte, mas nem tanto o dele, mesmo assim, Diogo sempre gostou:
-Essa é uma das poucas coisas em que não sou bom. - Ele admitiu.
-Você sempre diz isso, é um mal perdedor. - Sorri dele.

E depois de vários outros arremessos onde eu fiz vários strikes e Diogo fez o melhor que pode, paramos para beber alguma coisa, então sentamos em uma das mesinhas coloridas ali mesmo:
-Confesse que está se divertindo. - Ele falou.
-Eu confesso. Mas você sabe o quanto eu amo boliche. - Comi uma batata.
-Ta vendo, não sabia que suas flores preferidas eram girassóis, mas conheço seu jogo preferido. Aposto que o cantorzinho não sabe disso. - Ele sorriu e eu murchei, tinha me esquecido de Luan por um segundo, mas Diogo fez questão de me lembrar - Ah, desculpa, não devia ter falado isso.
-Esquece. - Comi mais uma batata, mas qualquer um percebia que o clima tinha mudado.
-Se quiser falar mal dele, desabafar, pode contar comigo. - Ele falou divertido.
-Que? Desabafar? Com você? Para Diogo! - Ri dele.
-Ta bom, não precisa, eu já sei que ele não é tão bonito quanto eu, nem legal como eu ou tão bom de cama, isso eu tenho total certeza, não precisa falar. - Ri mas ainda.
-Talvez ele seja melhor na cama do que... - Mas ele me interromeu bruscamente
-Não diga isso, não termine, isso é uma blasfêmia Nicolle Andrade, pare já! - Ele apontou o dedo fingindo estar irritado.
-Tudo bem, tudo bem. - Joguei as mãos pro ar - Mas o que acha de voltar-mos a jogar em? Ou você já esta machucado demais da surra que tô te dando? - Levantei animada.
-Vou acabar com você. - Ele me seguiu.

E depois de mais jogadas e muitas risadas, terminamos de comer e como combinado Diogo me levou direto para casa. Estava pronta pra descer quando ele falou:
-Não vai me convidar pra subir? - Sua voz era sedutora, quase não acreditei no que ouvia.
-Com certeza não. Mesmo assim, obrigada, me diverti muito. - Sorri de canto.
-Ah, no que você esta pensando sua maliciosa? Acho que mereço um copo d'água depois de tudo. - Ele brincou.
-Beba na sua casa. Boa noite.
-Tem certeza que você vai dispensar tudo isso aqui? - Ele percorreu a mão do peito até a barriga, seu olhar era penetrante, gargalhei, mas qualquer outra tinha enlouquecido.
-Já brinquei tanto nesse parquinho ai que enjoei Diogo, Boa Noite. 
E depois dessa frase impactante finalmente saí do carro, mas notei que ele estava mordendo os lábios, tentando conter um sorriso. Segundos depois vi seu carro sumir na escuridão, então entrei.

Chegando em casa, alimentei Penélope e enquanto brincava um pouco com ela, relembrei os momentos vividos ainda a pouco. Diogo tinha realmente me surpreendido, mas ainda não tinha sido o suficiente para ele ocupar tanto meus pensamentos, pois o dono deles era único, Luan. Mesmo depois de tudo, eu ainda não parava de pensar nele a todo momento e de sentir saudades. Toda vez que fechava os olhos podia sentir seu toque, seu cheiro, seu corpo no meu, a maciez de seus lábios que tanto me fazia falta. Era difícil pegar no sono sem antes ouvir sua voz de anjo nem que fosse pelo telefone e a cada dia que se passava eu me senti mais vazia, como se parte de mim tivesse morrido. 

Mas eu tinha que seguir, a vida tinha que continuar custe o que custasse e então, tomei um bom banho quente e me forcei a dormir para não pensar nele e foi ai que sonhei mais uma vez com Lorenzo e Cecília...

"Assim que saiu da mercearia do pai de Cecília, Lorenzo saltitou pelas ruas e foi direto a joalheria comprar o mais belo anel para fazer o pedido formalmente a sua menina. Nem conseguia acreditar que seu velho sogro tinha cedido e que agora poderiam ser felizes juntos, para sempre. 

Depois de comprar o anel, foi para casa e esperou ansiosamente a noite cair, quando isso aconteceu, se arrumou o melhor que podia e partiu para a casa de sua amada. Enquanto isso, Cecí não sabia de nada, seu pai lhe disse apenas para se arrumar bonita que vinham uns amigos da família jantarem naquela noite. Mas mesmo arrumada, Cecília estava sem brilho, sem vida, sofrendo de saudade de seu amor que ainda não tinha dado notícias. Foi então que bateram na porta e quando a menina saiu do quarto achando que eram os amigos de seu pai, de deparou com Lorenzo, sorrindo para ela na sala de sua casa..."


[Continua]




Amores, antes de mais nada quero comentar uma coisinha com vocês...
Sei que nossa hora de postagem aqui é sempre as 19:00 e nesses últimos dias eu estou sempre atrasada né verdade? 
É que no próximo dia 17 é meu vestibular, isso é muito importante pra mim, quem está comigo desde o ano passado sabe, então, tô estudando firme nesses últimos dias. 
Ai acabo atrasando, mas em fim, 
Será que estou perdoada? 
Prometo que depois do dia 17 tudo volta ao normal! 
não se esqueçam de torcer por mim haha' ;)

Quanto ao capítulo...
Diogo levou Nic pra jogar boliche,
será que não era Luan quem deva ter feito isso?
Huuum,
Mas e aí, o que acharam?
E começou mais um sonho com Lorenzo e Cecí,
o que será que vai acontecer? 

Beijokas
Mayara
@FCAsCoelinhasLS

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Capítulo 91

[...]

-Eu não sei bem o que to fazendo aqui. – Respondi meio baixo.
-Não to te ouvindo, vamos mais pra lá. – Ele falou alto e me empurrou levemente até nos afastarmos um pouco da música.

Mais um choque me percorreu ao sentir as pontas dos dedos dele tocando em mim de novo, parecia que estávamos separados a uma vida inteira:
-Pronto, assim ta melhor. – Ele falou, mas continuava sério.
-Desculpe pela camisa. – Senti meu rosto enrubescer e queimar de vergonha e por um momento vi uma sombra de sorriso nos lábios dele.
-Essa é você não é, sempre desastrada e com o rosto vermelho de vergonha.

Naquele momento ele pareceu tão leve, tão meu de novo e foi como se nada tivesse acontecido. Por mais um momento mergulhei nos olhos dele, pois foi sempre lá que encontrei as melhores respostas e senti como se aquele reencontro tivesse algum significado maior. E sentia uma vontade enorme de beijar sua boca que parecia mais vermelha e convidativa do que nunca:
-Lembra-se daquele tal de destino? – Não sei o que me deu pra falar isso, simplesmente saiu, junto com um sorriso quase idiota.
-Claro, como esquecer? Parece que ele gosta mesmo da gente. – Ao falar isso ele coçou a nuca como se estivesse sem jeito.

E lá estávamos nós, agindo como dois adolescentes bobos sem saber o que fazer e dizer. Mas depois de mais um momento de silêncio ele levantou novamente o olhar e sua expressão tinha mudado:
-Então você já esta seguindo? Veio até para a balada. – Agora ele apertou os olhos, não entendi bem seu tom.
-Não só eu não é? Você esta fazendo a mesma coisa. – ironizei, não era possível que ele ia me julgar.
-Uma hora isso teria que acontecer.
-Tão rápido assim? – Quase não deixei ele terminar de falar.
-Eu que te pergunto Nicolle, tão rápido assim?

Mas nesse momento, um paparazzi surgiu do nada perto de nós querendo uma foto. Nos entreolhamos e em fim, posamos, logo depois o cara agradeceu e foi embora:
-Temos que resolver isso, as pessoas ainda acham que estamos juntos. – falei meio amarga.
-Ah é, esqueci que esse meu mundo e o fato de eu ser “Luan Santana” sempre te incomodou. – Ele cuspiu as palavras.
-Porque esta dizendo isso? Quer começar uma briga bem aqui? – Fiz gestos com as mãos.
-É, você tem razão, não sei porque to aqui falando com você, essa conversa não faz sentido. – Ele virou-se para ir.
-Isso mesmo, volte para sua balada, as meninas lhe esperam. – Falei sem pensar.
-Ta vendo como você é? Sempre acha que tem alguém, eu não sou esse galinha que você pensa Nicolle!
-Eu não sei, não te conheço, não posso dizer nada sobre isso.
-É, realmente você não me conhece e eu achei que te conhecia, mas olhe só, me enganei. Mas já que tocou no assinto de meninas e tal, onde está Diogo? Ele veio com você? – Luan parecia cada vez mais nervoso.
-Isso é da sua conta? – Dei de ombros e senti que o provoquei.
-Não, não é. Mas obrigada pela camisa molhada, você sempre tem que estragar alguma coisa não é?
E depois de dizer isso ele virou-se e sumiu no meio da multidão. Enquanto isso, eu fiquei ali, mais despedaçada que antes.

Ainda não podia acreditar que tínhamos discutido novamente e pelos motivos que discutimos. – “Então você esta seguindo? Veio até pra balada.” – Como se ele estivesse em casa chorando e sofrendo. Uma onda de raiva subiu em meu corpo e me fez estremecer. Além de tudo ainda foi sarcástico, perguntando sobre Diogo.
Por um breve momento queria que Diogo aparecesse ali, eu seria capaz de beijá-lo na frente de Luan, só para deixá-lo ainda mais irritado, hora veja só, quem ele pensa que é?
Mas quando dei por mim, já estava mandando uma mensagem pra Ju dizendo que estava pegando um taxi para casa e não adiantava argumentar. E foi exatamente isso que fiz, mas dessa vez não chorando, e sim espumando de raiva:
-Quando foi que aquele homem perfeito virou esse imbecil? – Me perguntei em voz alta.
-Falou alguma coisa moça? – O taxista perguntou.
-Não, pode ir.
...
-Nicolle. Sempre tão certinha, tão meiga, doce e perfeita. Ah se todos soubessem do que eu sei... Olha só onde eu a encontrei, se divertindo na balada como se nada tivesse acontecido. Ainda fez o favor de molhar toda a minha camisa, tenho certeza que foi de propósito! É, parece que o amor acabou, e eu pensando nela todos esses dias, sofrendo, idiota! – Pensei enquanto andava sem rumo entre as pessoas.

Olhei para o DJ que animava a noite, não era Diogo, mas eu tinha certeza de que ele estava ali em algum lugar, com ela, e isso só me encheu mais ainda de raiva:
-Se merecem!
-Ei, ei rapaz, onde vai com tanta pressa?
Eu reconhecia aquela voz, Juliana. Como esquecer? Ela estava parada em minha frente, de copo na mão e sorriso no rosto:
-Oi Ju... – Suspirei.
-Então porque a pressa e essa ruga de mal humor na testa? 
-Nicolle. - Disse apenas isso e ela pareceu compreender perfeitamente. 
-Venha, vamos beber alguma coisa. 

Ela disse apenas isso e me encaminhou até o bar, chegando lá, pediu duas Tequilas caprichadas, ficamos em silêncio saboreando o primeiro gole e então ela falou:
-Então vocês se encontraram? 
-Sinceramente eu preferia que não tivesse acontecido. - Falei desapontado.
-Essa coisa toda de vocês é inacreditável, terminaram do nada, sempre estiveram tão bem...
-Nem tanto. - Cortei-a bruscamente.
-Ta bom, ela me contou tudo. Mesmo assim, não acham que tudo isso é um pouco de tempestade em copo d'água? - Ela deu mais um gole, me encarando.
-De repente parece que viramos completamente estranhos. - Encarei a borda do copo.
-Então se conheçam de novo, comecem do zero. Não se esqueça que agora não tem mais Erica para atrapalhar. - Ela falava como se tudo fosse muito simples.
-Mas tem Diogo que atrapalha por 2. - Cerrei os punhos.
-Ah Luan... - Ela suspirou sorrindo - Tem gente que não sabe o poder que tem. Já se olhou no espelho hoje? Você é o...
-Luan Santana, eu sei, mas isso não conta pontos com a sua amiga. - A interrompi de novo.
-Não, você é o cara que ela ama, e isso conta muito. Diogo não é pário para você, mas pode passar a ser se não parar com esse orgulho besta e tentar de novo.
-Eu não sou o único errado da história, aliás, ela esta bem mais errada do que eu, foi ela que fez a besteira, é ela quem insiste em tê-lo por perto, me esconde as coisas, não controla o ciúmes, age sem pensar. 
-Mas é ela que você ama, com todos os defeitos. - Sim, ela disse a verdade - Ambos tem que se concertar, uma relação é isso Luan. 
-Brigada Ju, por tudo, mas eu vou pra casa agora. Depois a gente conversa. 

E assim, dei um beijo nela e segui meu rumo. Não queria ficar ali, não queria ouvir mais nada, só queria ficar quieto em casa tentando entender porque a minha menina tão frágil e delicada se transformou naquela pessoa áspera
...
Cheguei em casa e para esquecer tudo que tinha acontecido e não começar a chorar de novo, cuidei em escrever a história de Lorenzo e Cecília que a dias eu não escrevia. E foi assim, até adormecer.

Já no dia seguinte, trabalhei normalmente e quando Ju queria me contar que depois que eu saí ela encontrou com Luan, me recusei a ouvir, pelo menos naquele dia eu queria deletá-lo da minha mente.

Mas no fim do dia, estava fazendo minha ultima reportagem sobre um vandalismo praticado no centro, e quando terminei, senti alguém batendo palmas atrás de mim. Me virei e encontrei Diogo sorrindo:
-Você é boa demais para ser uma simples repórter. 
Revirei os olhos, e lá vamos nós de novo, aja paciência. 

[Continua]




Eitaaa
Luan e Nic brigaram de novo!
pode um trem desse?
Mas nenhum dos dois quer ceder,  
assim fica difícil né?
E Diogo, 
é insistente em?
Mas cêis sabem né, querendo esquecer um, o outro ta no pé...
haha'
Mas não se preocupem, 
Tudo vai ser como tem que ser. ;)

Beijos e xeros
Mayara
@FCAsCoelinhasLS

Capítulo 90

[...]

-Terminaram? Como assim terminaram? - Rober perguntava incrédulo enquanto eu me retorcia por não querer mais falar sobre aquele assunto - E aquela química toda? O amor a primeira vista? Tudo? Terminou assim do nada?
-Exatamente. A química sumiu, o amor acabou e tudo virou um grande poço de brigas, ciúmes, desconfianças e tudo mais, simples assim. - Falei ironicamente.
-Ah, vocês tiveram a primeira briga e já dramatizaram tudo? Pelo amor de Deus né, semana que vem tudo volta ao normal. - Ele dava de ombros.
-Acho que não, descobri que eu e Nicolle somos completamente diferentes, nunca nos conhecemos realmente, corremos demais, e além de tudo, ela mostrou que não é nada do que eu imaginei. Aquela meninha distraída, tímida, desastrada e completamente encantadora se transformou numa mulher ciumenta, vingativa e o pior de tudo, escondeu coisas de mim. - Parei de dedilhar no violão e o encarei com toda a verdade existente em mim - Eu preciso de alguém que confie em mim, que divida tudo comigo e que não tenha uma "relação" mal resolvida com um ex que não vale nada. 
-Belo discurso. Mas quem ama de verdade resolve os problemas e não foge deles meu amigo. 
-É fácil falar assim quando não se esta vivendo a situação. - Voltei a me concentrar no violão.

Ficamos em silêncio por alguns instantes, ouvindo apenas o belo som do instrumento, mesmo que eu não estivesse tocando nada de especial:
-Então quer dizer que você não sente mais nada? Que tudo aquilo se desfez a partir do momento em que terminaram? - Ele insistia naquele assunto.
-Eu disse isso? O amor continua aqui, continua o mesmo. Mas tem que ser esquecido, enterrado, sei lá e você não está ajudando. 
-Porque não larga a musica e vai junto com a Nic fazer uma novela mexicana, ia dar super certo. Continuo com a minha tese de que semana que vem, tudo está de boa novamente. 

E ao dizer isso, ele levantou e seguiu sua vida. Enquanto eu fiquei no mesmo lugar, e desde o dia anterior eu estava com essa mesma sensação, de que não sairia mais do lugar, não sem Nicolle. 
...
Dois dias se passaram e contando com isso, faziam 4 dias que eu e Luan tínhamos terminado tudo. Quase ninguém sabia ainda, apenas os mais próximos e para todo o Brasil ainda estávamos juntos e felizes. Eu tinha me esquecido completamente dessa parte onde teríamos que "anunciar" de alguma forma o fim do namoro assim como fizemos no começo. - Senti um calafrio só de pensar - Mesmo depois de 4 meses ainda não tinha me acostumado com toda essa exposição da minha vida e de todos os meus passos.

Mas agora iria acabar, nada mais de flashs, fofocas, fotos publicadas em sites de fofoca, ou implorar por um pouco de privacidade. Eu voltaria para minha vida anônima de sempre, aos poucos todos se esqueceriam de mim e eu poderia ir a livraria aos sábados de manha como sempre fazia sem me preocupar se estava maquiada o suficiente caso algum paparazzi aparecesse. - "Você quer realmente isso Nicolle?"

O fato é que verdadeiramente, bem lá no fundo, nada disso nunca me importou, porque eu sabia que estava com ele, e aquele sorriso - "Ah, aquele glorioso sorriso!" - era o que me fazia enfrentar qualquer coisa. Eu sabia que ele estava lá pra mim, sempre e era isso que me deixava mais forte, mais destemida. Querendo ou não Luan fez uma grande mudança dentro de mim e conseguiu extrair de dentro desse corpo, uma Nicolle só dele, completamente dele, de todas as formas possíveis.

Despertei desses pensamentos ao ouvir batidas na porta e pela intonação delas eu já podia imaginar quem era:
-Ju. - Falei depois de abrir e vê-la sorridente do outro lado.
-Oiê amiga! Como é que tá? - Ela adentrou minha casa e só então percebi que estava pronta para sair.
-Mais ou menos. Onde você vai? - Fechei a porta sem ânimo.
-A pergunta seria, onde nós vamos. - Ela se acomodou no meu sofá, espantando a coitadinha da Penélope que estava deitada lá.
-Que tal você respeitar meu luto? - Brinquei sem humor nenhum - Veja só, pijama e chá quente, é isso que quero para minha noite de hoje. - Apontei para mim mesma vestida em um pijama de flanela com estampa de bolinhas rosas. 
-Horrorosa! Esta na hora desse luto acabar. Você terminou com o Luan, tudo bem, não quer tentar uma reconciliação apesar de eu torcer muito por isso, então deduzi que pretende seguir a vida sem ele certo? 

Não sabia se ela tinha razão no que disse, então silenciei:
-Vamos lá amiga, nada de pegação, prometo! Apenas um programinha de amigas, eu e você, como nos velhos e bons tempos. - Ela fez cara de pidona.
-Isso quer dizer o que? Jantar em algum lugar bem gorduroso sem se importar se os caras vão nos achar nojentas? - Lembrei-me das muitas vezes que agimos assim.
-Exatamente, como no primeiro período da faculdade. 

Apenas sorri com as boas lembranças que vieram a minha mente. Logo quando conheci Ju, antes de Diogo, antes de Luan, antes de tudo:
-Me arrumo em 5 minutos. 
Então, depois que me arrumei - sem muito glamour - partimos para o sanduíche, milk shake e muita batata frita porque comer sempre aliciou nossos problemas e era isso que eu precisava naquele momento. 

Mas quando estávamos voltando para casa o telefone de Ju tocou, era um de seus "namorados" lhe convidando para encontrá-lo numa boate perto dali e nem preciso dizer que ela ficou toda ouriçada com o convite:
-Nic, você vai comigo! - Ela decidiu animada.
-Não, me deixa em casa e depois você vai. - Fiz careta.
-De jeito nenhum que vou deixar você em casa sozinha e depressiva, vamos vai, ele disse que está com vários amigos e amigas, é uma turma, você vai se divertir. - Ela insistia.
-Não amiga, é sério, não tô no clima. 
-5 minutos, se você não gostar a gente volta pra casa. É aqui pertinho, já estamos no caminho, vai Nicolle, quebra essa! 
E depois de muita insistência, chantagem emocional e praticamente lágrimas ela me convenceu a ir a tal boate. 

Chegando lá, lembrei-me imediatamente dos meus momentos de loucura quando Erica armou pra mim e eu achava que Luan estava com a tal de Paula e senti calafrios ruins na espinha, não pisava em uma boate desde então. 

Nada estava fora do normal naquela noite. Musica, bebida, gente dançando, se pegando, em fim,tudo corria normalmente. Encontramos o paquera de Ju e sua turma, ele logo nos apresentou e tentei ao máximo parecer simpática com aquelas pessoas vazias. Mas chegou um momento em que minha boca ficou seca demais, não queria beber álcool porque provavelmente eu levaria o carro de Ju embora, então, juntei isso com a vontade de me afastar do grupo de desconhecidos e fui até o bar pegar uma água. 

Depois de comprar uma garrafinha resolvi dar um giro pela multidão, tudo para ficar um pouco menos perto de Ju e seus novos amigos. Estou andando tranquilamente quando alguém esbarra brutalmente em mim, com o impacto a garrafinha voa e acaba molhando totalmente a camisa do sujeito. Já estou pronta para suplicar as desculpas quando meus olhos encontram aqueles castanhos que eu não esqueceria nem em um milhão de anos. 

Um choque leve percorre todo o meu corpo que se enrijeceu ao sentir o dele tão perto novamente. Tudo em volta pareceu congelar e o cheiro dele era algo que predominava sobre mim. Ficamos em silêncio alguns segundos, apenas nos olhando. Mas logo o olhar dele se tornou frio, como estava da ultima vez em que nos vimos, depois disso ele abaixou o olhar para a camisa completamente molhada. Luan parecia extremamente decepcionado, só que eu não sabia se era por conta da camisa ou de ter me encontrado ali naquele momento. 

-Me desculpa! - Falei por fim. 
-O que está fazendo aqui? - Seu tom era autoritário, mas ao mesmo tempo magoado. 


[Continua]





Heeey,
olha eu atrasada! 
kkk'
Mas cheguei e é isso que importa.

E aí? 
Luan e Nic se encontraram, 
o que será que vem por ai?
Mais briga? Beijos? Reconciliações?

Aguardem mais um capítulo mais tarde ok?

Encontro vocês por volta das 22:30, 23:00

Até lá, comentem pra me deixar feliz! 
haha' 

Beijuuuu!

Mayara
@FCAsCoelinhasLS

domingo, 27 de abril de 2014

Capítulo 89

[...]

-Pra você. - Diogo esticou o buquê médio de rosas vermelhas em minha direção - Pra pedir desculpas pelas coisas que falei aquela noite e ... Por tudo, em fim, só quero selar a paz. 
-Ficamos juntos tanto tempo e você nunca reparou que minhas rosas preferidas são os Girassóis. - Sorri de canto - "Luan sempre soube disso, desde o primeiro momento." - Senti vontade de chorar ao pensar nisso. 
-Sério? Girassóis? Porque? Aquelas flores enormes, amarelas. Rosas vermelhas são mais bonitas e românticas. - Ele sorriu, o sorriso cafajeste de sempre. 
-É o meu gosto, algum problema com isso? - Entrei na defensiva - Aliás, você não precisa demonstrar romantismo comigo. - Joguei as rosas em qualquer lugar.

Diogo acompanhou meu movimento com os olhos, depois encarou por longos segundos o buquê jogado no sofá de qualquer jeito. Mas no fundo eu sabia que isso não tinha ferido seu ego:
-Tudo bem, esqueça as rosas. E o meu pedido de desculpas? Fui grosso naquela noite, eu não queria ter dito que queria que seu namoro com o cantorzinho fosse tão infernal como o nosso. 

Lembrei-me imediatamente da praga que Diogo me rogou: "-Espero realmente que você seja com o cantorzinho, do mesmo jeito que foi comigo e que tudo acabe da mesma forma!" E realmente tinha funcionado, de certa forma meu namoro com Luan acabou por conta do ciúmes, das duas partes e de uma maneira infernal, assim como foi com Diogo:
-É, mas parece que sua praga pegou, acredita que eu e Luan tivemos uma  briga horrível e acabamos terminando. Por sua causa também eu diria. - Falei ironicamente.
-Ta brincando? Me fala mais sobre isso. - Ele pediu animado e sentou-se no meu sofá. 
-Não quero falar sobre isso, aliás, não devo satisfações a você e seus dois minutos acabaram. 
-Não me diga que o grande Luan Santana estava com ciúmes de mim? Não, não... Você que deve ter enchido a cabeça dele com esse seu jeito possessivo. Ele te traiu Nic? - Diogo falava tão naturalmente que pareciamos amigos de décadas.
-Diogo, onde deixou seu desconfiômetro? - Perguntei incrédula - Você ajuda a louca da Erica a infernizar a minha vida, pior, a quase me matar, me diz coisas horríveis, fora o ano que passamos juntos que você me tratou como um cachorro e agora senta no meu sofá e quer fingir que nada aconteceu? 
-Tô pedindo desculpas, isso não conta? 
-Não! Desculpa é apenas uma palavra. - Estava perdendo a paciência.
-Eu salvei você, tentei desfazer um erro e agora estou tentando desfazer outro. - Ele era leve como uma criança, sempre foi.
-Acredite, só deixei você subir por isso. Já disse tudo, agora pode ir. - Apontei para a porta.
-Então você aceitou minhas desculpas?
-Isso vai fazer você sair da minha vida? 

Ao ouvir isso ele sorriu mais uma vez, depois passou os dedos entre os cabelos loiros e me olhou. A verdade tinha que ser dita, Diogo era um cara bem bonito, mas muito, muito ordinário:
-Você só esta azeda assim porque terminou com o cantorzinho. Mas eu entendo, afinal, era muito amor né? - Ele sorriu sarcástico - Tudo bem, eu posso deixar você me usar se quiser. O que acha? Relembrar os velhos tempos, ali na sua cama? Vai esquecer ele em dois tempos. 
-E se eu pedisse pra você ir pro inferno? - Apertei os olhos e ele sorriu mais ainda.
-Não vai rolar. 
-Diogo, na boa, fora! 

Ao dizer isso, empurrei ele até a porta. Mas antes de sair ele disse:
-Não esqueça, quando se sentir sozinha me ligue, você sabe que eu faço o trabalho direitinho. Mas nada de relacionamento ok? Afinal, ninguém suporta você como namorada. 
Revirei os olhos e fechei a porta antes que eu desse um chute nele. Depois respirei fundo, peguei as malditas rosas e joguei no lixo. O que menos importava na minha vida naquele momento era Diogo. 

Depois disso joguei-me de qualquer jeito no sofá, Penélope pulou em cima de mim e era impossível não se lembrar dele olhando para ela, que era tão nossa. Mas junto com essas lembranças, veio nossa viagem para Aruba, os momentos mágicos que vivemos lá e é claro, nosso "casamento":

"... Enquanto comíamos e relembrávamos os momentos engraçados daquele dia,  percebi que ali tinham três homens de caras pintadas, mas diferentes de palhaços, tocando musicas típicas dali e animando os turistas. O vocalista passeava por entre as mesas fazendo as pessoas baterem palmas animadamente, mas em determinado momento ele parou e começou a falar em um espanhol perfeito:
-Além de cantor eu sou muitas coisas, sou dançarino, - ele deu uma pirueta - As vezes palhaço - fez uma careta - posso ser também um mágico! - Ele se aproximou de nossa mesa, sorriu para Bruna, fez um gesto com as mãos e tirou uma Tulipa vermelha de trás da orelha dela, todos ficamos surpresos.

-Ou talvez um conquistador, - ele beijou a mão de uma moça que estava na mesa ao lado - Mas já que estamos falando de conquista, isso me lembra casais, e casais me lembram amor. Tem algum casal que esteja muito, mas muito apaixonado ai?

Muitos levantaram a mão, deram um gritinho, eu e Luan apenas nos olhamos e sorrimos um para o outro, então o homem continuou: 
-Pois hoje eu quero ser um Padre! - Ele deu um pulinho - Quero ser um padre e realizar um casamento bem aqui. Alguém quer se casar ai? 
Nem metade das pessoas que disseram estar apaixonadas falaram que queriam se casar naquele momento e o brincalhão continuou:
-Vamos, quem quer se casar aqui e agora com a minha benção? - Ele olhava para todas as mesas a procura de voluntários.
-Eles aqui ó! - Um dos meninos que estava em nossa mesa, gritou para o homem e apontou pra mim e Luan - Esses dois querem se casar aqui e agora! Será que ele ta me entendendo? 
-Ah, temos um casal voluntário! - O homem de cara pintada veio até nossa mesa. 
-Não! Não, Não! - Falei cheia de vergonha.
-É só uma brincadeira amor, vem. - Luan concordou.
-Não amor, ta todo mundo olhando, que vergonha! - Me encolhi.
-Vamos, Vamos até o centro do restaurante para que todo mundo veja vocês.
-Vem amor! - Luan levantou e me puxou enquanto todos gritavam a aplaudiam. 
-Ai meu Deus. - Supliquei baixinho e entrei na brincadeira.

O homem nos levou até o centro do restaurante, em baixo de uma luz forte, nos posicionou de frente um para o outro e começou a falar:
-Quais são os nomes de vocês?
-Nicolle e Luan. 
-Vocês estão muito apaixonados? 
-Sim. - Respondi em espanhol mas Luan também entendeu.
-Estão cientes de que isto tudo não é uma brincadeira e que vocês estão e casando de verdade? 
-Sim. - Luan quem respondeu enquanto riamos daquela situação.
-Então vamos logo ao que interessa, vocês aceitam um ao outro, na alegria e na tristeza, na balada e na ressaca, com comida ou sem comida, na gordura e na magreza, nos dias bons e ruins, - As pessoas gargalhavam pelo trocadilho de votos que ele fez - Para todo o sempre? 
-Siiiim. - Respondemos juntos. 

Então outro rapaz o entregou dois colares coloridos, estilo havaianos, e ele colocou em nossos pescoços:
-Então, pelos poderes a mim concedidos, eu vos declaro, marido e mulher! Podem se beijar agora. 
E assim nos beijamos selando nosso "casamento" enquanto todos nos aplaudiam:
-Pronto, estamos casados, agora não tem como voltar atrás. - Luan sussurrou para mim. 
-Vixi. - Brinquei e ele riu.

E quanto estávamos voltando para a mesa o homem nos segurou e falou:
-Lembrem-se, votos são votos para quem acredita, não importa onde, nem quanto, muito menos como. Se vocês acreditam e se amam de verdade, estão casados, é simples, a magia está no que você acredita.  - Ele sorriu e seus olhos brilharam - Obrigada por participarem. 

Então finalmente voltamos para a mesa, segundo aquele homem, casados!" 

Uma lágrima escorreu em meus olhos, nosso casamento tinha acabado e agora só restavam as lembranças e nada mais. Foi pouco o tempo que ficamos juntos, mas aqueles foram os momentos mais felizes da minha vida e isso não tinha como apagar nem esquecer. E foi assim, chorando e lembrando que acabei pegando no sono e sonhando com Lorenzo e Cecília mais uma vez:

"Ao chegar na porta da mercearia do pai de Cecília, Lorenzo respirou fundo, tomando coragem para falar com o velho. Tudo que ele não queria era ter que tirar Cecí de casa, como se ela fosse uma qualquer. Estava mesmo disposto a subir no altar com ela, fazer tudo direitinho, para quando fossem velhinhos, terem boas lembranças para contar ao netos, então, lutaria por isso até o fim.

Finalmente ele entrou e o velho Antônio logo percebeu a presença do rapaz ali:
-Você é mesmo atrevido não é rapaz? - O pai de Cecí já levantou a guarda.
-Ja amou alguém na sua vida senhor? - Lorenzo se aproximou do balcão onde o velho estava.
-Claro, amo minha esposa e estou com ela até hoje. - Ele respondeu mal humorado.
-Então, sabe que um homem que ama é capaz de tudo. 
-Quem ama faz as coisas do jeito certo, não sai levando a filha dos outros escondido, não deixa ela sofrer um acidente e quase morrer. Quem realmente quer algo sério respeita Lorenzo, foi isso que eu fiz, segui direitinho como meu sogro queria, respeitando a honra de sua família, não como você fez. 

Enquanto o pai de Cecí apontava o dedo, Lorenzo permanecia sereno, impecavelmente arrumado como sempre:
-Eu sei que errei, jamais colocaria a vida de Cecília em risco. Só queríamos nos divertir um pouco, com a mais inocente das intensões. Pergunte a ela, não encostei um só dedo em Cecília com malícia desde o dia em que nos conhecemos. Ao contrário do que o senhor pena, sua filha lhe respeita e acima de tudo ela SE respeita.
-Eu sei disso, não criei uma qualquer e é exatamente por isso que eu acho que você não serve para ela. 
-Pois se engana, eu a amo, ela me ama e eu quero me casar com ela! 

Lorenzo falou decidido e chocou o pai de Cecí que arregalou os olhos desconfiando do que ouvia, mas o rapaz continuou:
-Me caso com ela hoje mesmos e possível. O senhor pode marcar o dia, a hora e o lugar. Não sou nenhum moleque senhor, e a prova de que levo sua filha a sério é que quero me casar com ela, porque a amo, a amo tanto que quase morri todos esses dias longe dela, preciso de Cecília para viver e prometo que farei o impossível para que ela seja a mal feliz do mundo ao meu lado. - Ele respirou um pouco - Talvez eu não seja o genro que o senhor sonhou, reconheço que errei em ter tirado ela de casa escondido, sem sua permissão, mas paguei por isso e agora não quero ficar mais nenhum segundo longe dela. 

O velho continuava a encarar Lorenzo e coçar a barba:
-O senhor sabe que ela também gosta de mim, que me ama e que nunca vai ser feliz com outro. Aceite, o destino de Cecília sou eu e o meu é ela e ninguém nunca vai poder acabar com o laço que temos. Nem em um milhão de vidas. 

Mais um momento de silêncio se estendeu pelo local e o aviador insistiu:
-E então, o que me diz? 
-Esta noite, vá até minha casa para jantar. Você tem até a noite para comprar um anel de noivado que não decepcione a minha filha e então vai fazer o pedido formal a ela. Se Cecília aceitar, vocês se casam daqui 3 meses. Mas ouça rapaz, é sua ultima chance e se algo acontecer e eu não gostar, por mínimo que seja, acabo com isso, mando Cecília para um colégio de freiras e acabo com você, me entendeu bem? 

Lorenzo mal podia acreditar no que acabara de ouvir, o pai de Cecília tinha permitido que eles se casassem e o rapaz mal podia conter o largo sorriso:
-Estarei lá, com o anel mais bonito do mundo! "

E depois disso, acordei sabendo que pelo menos a história deles teria um final feliz. Ou pelo menos, era isso que eu achava até aquele momento. 


[Continua]




Xuxuzinhos da minha vida, 
só um capítulo hoje porque passei o dia fora
e aí já viu né? 
Mas amanha vou fazer mais de um, juro juradinho!
haha'

Minhas leitoras estão aparecendo, aos pouquinhos, ainda faltam algumas, mas acho que a maioria está por aqui e já esta se expressando nos comentários. ;)

Lari, entendo você, aliás, esse espaço dos comentários é justamente pra isso, para vocês desabafarem, deixarem suas opiniões. Fico feliz quando alguém se identifica, mas confesso que não com a parte triste né. Mas vai passar viu, tudo passa, ou se ajeita. Beijoo! 

Todo mundo querendo que o Diogo suma kkkkk'
Ah vai, ele não é tão ruim assim, 
é um cafajeste, mas daqueles que agente gosta né? 
Confesso que me inspirei nuns carinhas que conheço para fazer ele, em fim, 
Vamos ver até onde isso vai dar né?

Gostaram de relembrar o casamento em Aruba?
E Cecí e Lorenzo, 
VÃO SE CASAAAAAR!
Ah quem ta feliz com isso?
Mas será que o final deles vai ser mesmo feliz?

Aguardo opiniões!

Beijos
Mayara
@FCAsCoelinhasLS