domingo, 31 de agosto de 2014

Capítulo 217

"Parabéns Uhu, parabéns Uhu, hoje é o seu dia, que dia mais Feliiiiiiiiiz" (8
Miiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiih, minha Milene linda, o que dizer para você neste dia? 
Só que te desejo tudo de melhor que existe, muita saúde, paz, amor, realizações, abraços dos ídolos, dinheiro e eu na sua vida, é claro, para sempre! hahaha'
Brincadeiras a parte, obrigada por estar aqui comigo desde 1900 e bolinha (kkkkkk), pelas ajudas que me dá quando preciso, e dedico este capítulo especialmente a você, todinho! 
E espero que passemos juntas muitas vezes esta data especial ;)
Seu niver é pertinho do meu (que é sexta feira, dia 5) 
hahahaha' 
Beeeeeeijo ;)

[...]

-Nos temos que escolher um nome para ela, não dá pra demorar tanto quanto foi com Lorenzo e Henrique. - Eu falava, andando atrás de Luan pela casa. 
-Eu sei, também quero fazer isso. - Continuava andando. 
-Então da pra parar porque eu não consigo ficar andando atrás de você e carregando esta barriga, afinal, que diabos você ta procurando? 
-To procurando a Penélope! - parou e olhou a sua volta. 
-Ah, você e seu amor eterno pela Pê. Chama que ela vem. - Dei de ombros. 
-Já chamei, ela não veio. 
-Luan! Eu estou querendo conversar sobre uma coisa importante, da pra esquecer a cadela um segundo? - me irritei. 
-É que.. Eu sou todo indeciso pra essas coisas, você sabe. - Fez careta. 
-Eu também sou e você não vai escapar. Ah! Olha a Penélope ali, pronto, pega ela e vem. 

Assim, ele fez o que eu disse, pegou a pequenina e me seguiu, fomos então até a mesa de jantar, nos sentamos e peguei papel e caneta:
-Você e essa sua mania de escrever tudo. - Riu de mim. 
-Me sinto mais organizada assim, é tipo terapia. - Expliquei - Mas vamos lá, sugestões? 
-Júlia! - Disse rapidamente. 
-Júlia... - Repeti e anotei - Não gosto tanto. 
-E de que você gosta então? - Acariciava a mascote. 
-Gosto de Valentina. - Escrevi também - E você? 
-É bonito, mas não acho que seja um nome pra bebê, sei lá, me parece sério demais. 
-Um dia ela vai crescer. - Sorri. 
-Maria Luíza. - Me ignorou dando mais uma sugestão. 
-Não. - Neguei de cara - Alice? 
-Alice é o nome da filha do Fernando, nem rola. 
-Bem lembrado. Laura? - Fui anotando. 
-Também é sério demais, qual o seu problema? - Franziu o senho, fiz careta.
-São nomes lindos, qual é o SEU problema? 
-Ta, esquece, Beatríz. - Sugeriu mais um. 
-Bonito, mas ainda não é o que eu procuro. - Mordi a caneta. 
-A gente podia chamar de Bia, ia ficar lindo, assim como Júlia, chamaríamos de Jujuba. - Falava como uma criança. 
-O que conversamos sobre essa coisa de apelidos? Não gosto, você sabe, se a pessoa tem um nome, tem que ser chamada pelo nome. - Falei pela milésima vez. 
-Você é muito chata, já conversamos sobre isso também. - Ironizou. 
-Ah, engraçadinho. E o que me diz Catarina? 
-Nome de senhora. 
-Luan! - Quis bater nele. 
-Só estou falando o que eu penso. - Deu de ombros.
-Donatella então nem pensar né? - Mordi o lábio já sabendo a resposta. 
-Não mesmo! - Riu de mim. 
-Então ta difícil. 

Silenciamos um pouco, pensando, pensando, pensando, até que ele falou:
-Maria Eduarda? 
-Não. Helena? - Lembrei.
-Não Nicolle, nome de senhora, já disse! 
-Cara, todos os nomes que eu disse são lindos, sonoros e poéticos ai você me vem com essa coisa de nome de velho, nomes não tem idade. Luan é um nome de jovem, mas um dia você vai envelhecer, e aí? Vovô Luan? - Ironizei. 
-Pior do que isso é olhar para um bebê que se chama Sebastiana. - Tentei ficar séria, mas foi impossível rir desse comentário. 
-Ta, sua vez de dizer um então. 
-Bianca. 
-Bianca me soa arrigante, não. Que tal, Ághata? 
-Sério. - Fez careta. 
-Não vamos chegar a lugar nenhum, nunca. 
-Isis. - Falou de supetão. 
-Bonito, Maria Isis, ainda mais bonito. 
-Mas acho que não. - Desistiu - Sophia? 
-Não. Melina? 
-Que? - Quase me deu um tapa na cara - De jeito nenhum. Sarah? 
-Nem sob tortura, no colégio tive uma inimiga chamada Sarah, odeio só de ouvir o nome. - Ele riu de mim. 
-Aurora! 
-NÃO! SÉRIO DEMAIS! Isabela. 
-Não! Esther? 
-Não preciso nem falar né Nicolle. - Me olhou severamente. 
-Ta eu desisto então, nossa filha vai ficar sem nome. - Entreguei os pontos. 

Silenciamos por mais um instante, e quando eu já estava pronta para levantar e cuidar da minha vida, tive um clique:
-Manuela! - O olhei com o ultimo fio de esperança.
-Ta aí, Manuela, gostei. - Sorriu. 
-Sério que você gostou? De verdade? -Quase não acreditei. 
-De verdade. - Sorriu. 
-Então é Manuela? 
-Isso mesmo, e que venha a Manuela, nossa Manu! 
-Argh, apelidos, você sempre da um jeito de por eles na vida. - Protestei. 
-É apenas amor, minha Nic. - Provocou - Mas me diz ai, você não gosta que te chamem de Nic? 
-Gosto, se não já tinha falado, mas é diferente, você já viu minha mãe me chamando de "Nica"? ODEIO com todas as forças. 
-Mas Manu é bonitinho vai. - Veio até mim e acarinho minha barriga - E aí bebê? Você gostou do seu nome? - E nesse momento, um movimento dentro de mim aconteceu. 
-É, parece que gostou, ou odiou né filha? - Risos. 
-Que nada, ela amou. Resolvidos então? 
-Graças a Deus. - Ergui os braços - Agora vamos contar para o mundo que nossa pequena é se chama Manuela. 
E assim ficou decidido, a princesinha da casa se chamaria Manuela, Manuela Andrade Santana. Agora era só preparar tudo para a chegada dela e esperar. 
...
Mais dois meses se passaram

Isso mesmo, mais dois meses se foram e nesse meio tempo, aproveitamos para fazer o chá de bebê de Manuela que foi maravilhoso. Era outra coisa preparar um enxoval cor de rosa, já que eu estava acostumada a viver num mundo todo azul devido os meus garotos, agora estava experimentando o outro lado da coisa e adorando por sinal. 

Para surpresa de todos, tudo corria mais que bem com minha gravidez, nada de pré-eclâmpsia, nada de sustos, apenas tranquilidade. E eu estava mais que amando isso, cada dia me sentia melhor, mais viva, não sei como explicar, mas tudo estava maravilhoso- Ta bom, alguns dias eu me sentia irritada do nada, mas isso era normal segundo Marcela. 

Porém, a vida é sempre cheia de surpresas e quando elas não vem de um lado vem de outro.

Era um dia comum como qualquer outro, Luan estava em casa, tudo corria perfeitamente bem, tinha chegado naquela manha mesmo, dormido um pouco, almoçado conosco e naquele momento estava brincando com os gêmeos no quarto deles. Enquanto isso eu estava no quarto, guardando umas roupas minhas que Dora rinha acabado de passar. Fiz o trabalho e sentei-me na cama um instante para sentir os chutes de Manuela que estava agitada naquela tarde, até que vejo o visor de um celular brilhar sobre a mesinha ao lado da cama.

Era o celular de Luan, uma nova mensagem tinha chegado e eu não pude deixar de ler, afinal, estava aberta bem na minha cara:

"E aí, já se recuperou de ontem? Foi uma loucura né? Já disse mas vou dizer de novo, adorei te conhecer e estar com você, ainda esta por aqui? Queria te ver de novo..." 

Em seguida algumas carinhas felizes, mandando beijos e tudo mais. Seu nome era Paloma, e na foto aparecia uma loira fazendo bico. Reli a mensagem algumas vezes, e olhei a foto também algumas vezes. Luan tinha me dito que sairia com amigos depois do show, o que era comum, mas aquela mensagem não era comum, e fez acender em mim um sentimento quase adormecido, o velho ciúmes. 

O chamei de onde eu estava mesmo, e alguns segundos depois ele estava sentado ao meu lado, lhe entreguei o celular calmamente e disse:
-E aí, se recuperou de ontem? - Repetindo o que estava escrito, ele não respondeu, olhava para o celular - Então me conte, o que de tão louco aconteceu ontem? Segunda pergunta: Quem é esta fulana e porque ela esta mandando mensagens pra você? - O encarei. 
-Não aconteceu nada demais ontem, reunião de amigos, conversar, risadas, você sabe. E essa garota é... 
-Paloma. - Falei o nome dela pausadamente. 
-Ah, você não ta com... 
-Eu deveria? - O cortei de novo - É, eu deveria Luan. Sabe o que eu acho? Que você passa seu número para muita gente. - Cruzei os braços por cima do meu barrigão. 
-Não vejo nada demais nisso. - Respondeu natural. 
-Ah não? Legal, mas me conta, se divertiu muito com a Paloma? Você também gostou de conhecê-la e estar com ela? Ficaram juntos a madrugada toda? Porque não responde a mensagem, não vai deixar sua amiguinha esperando... Melhor, porque você não volta pra lá, afinal, ela quer te ver de novo. - Levantei. 
-Nicolle, para com isso, é bobagem. - Ele estava tratando o assunto com descaso. 
-Eu não acho que seja bobagem. Acho que isso é uma falta de respeito, essas mulheres mandando mensagens pra você! - Alterei a voz. 
-Amor, eu passei o numero por passar, não achei que ela fosse me procurar, além do mais, não tem nada aqui com que precise se preocupar, deixa de ciúme bobo. - Ele veio até mim, querendo me abraçar. 
-Sai, vai pra lá. Você me conhece tão bem Luan, tão bem, sabe que para mim as coisas não são tão "naturais" quanto pra você, mesmo assim insiste. - Me afastei. 
-Ta bom, desculpe por isso, eu vou bloquear, é isso que você quer? - Mexia no telefone. 
-Não, eu quero que você não faça mais isso! 

Mas nesse momento, me senti meio zonza, talvez pelo nervosismo, pela raiva que senti, então me escorei na parede, Luan logo percebeu e veio até mim:
-Nicolle, ei, Nic, o que você tem?


[Continua]




Amores, 
demorei mais cheguei! 
haha'

Então, antes de mais nada 
AMEEEEEEEEEI OS COMETÁRIOS DO CAPÍTULO DE ONTEM! 
Leitoras saindo de todo canto e vindo comentar hahaha que lindo! 
Fiquei muito, muito feliz, de verdade! 

E quando a "Reta Final da história" Eu já enrolo o máximo que posso, pois sou a primeira a não querer que acabe nunca né? =/ 
Mas tudo acaba né? Mesmo assim vamos ver até onde vai... 

E falando do capítulo... 
Depois de muita discussão e muitos nomes
(viram que citei boa parte dos que vocês deixaram aqui nos comentários né?)
optaram por Manuela!
Gostaram?
Eu amei! 

Mas ai dois meses se passaram, 
Nicolle teve um ataquezinho de ciúme 
e acabou passando mal!
E agora? 

Aguardem!

Beijokas

Mayara
@Luansmyway

sábado, 30 de agosto de 2014

Capítulo 216

[...]

3 meses tinham se passado, na verdade tinham voado e quando pisquei, já estava com um barriga linda de 5 meses e a  cada dia que passava eu estava curtindo mais a sensação de estar grávida novamente. Na gravidez dos gêmeos tudo aconteceu muito rápido, sem nenhum planejamento, com nossas vidas totalmente desconjuntadas e eu e Luan tivemos que nos adaptar a nossa nova condição, logo depois veio a terrível doença que complicou ainda mais nossas vidas mas felizmente conseguimos passar por tudo, mesmo assim, só ajustamos nossa vida de verdade bem depois do nascimento dos gêmeos, então digamos que eu não pude curtir com tranquilidade todas aquelas sensações. 

Mas dessa vez era diferente, eu quis que esse bebê viesse, eu tinha uma vida completamente instável, um marido maravilhoso, outros dois filhos lindos e já crescidos, uma casa aconchegante e bonita, ou seja, tudo estava como deveria ser. 

No auge dos 5 meses eu me sentia bem, nada de inchaços exagerados, nada de pressão alta, nada de dores na costela, nem visão embaçada, muito menos desmaios, ou seja, nada de sinais de pré-eclâmpsia. Mas aquela era uma doença muitas vezes silenciosa que só aparecia a partir dos 5 meses, então era naquele momento que eu deveria começar a me preocupar, aliás, não só eu. Ninguém falava nada, mas eu sabia que todos a minha volta estavam aflitos, Luan, meus pais, os pais dele, os amigos, em fim, todos que passaram conosco todos os momentos de agonia vividos a quase 5 anos atrás. Mas eu estava confiante, tentando viver um dia de cada vez, ainda sim, agradecia baixinho todas as noites por mais um dia saudável e pedia que tudo continuasse assim. 

Naqueles três meses que se passaram eu também tinha mergulhado fundo na escrita do meu livro, contando sempre com a ajuda de Lorenzo filho, eu lhe ligava quando tinha alguma dúvida e ele me esclarecia, e assim, eu estava caminhando, devagarinho, prestando atenção nos mínimos detalhes, para que tudo ficasse perfeito.

Estávamos no mês de julho, Lorenzo e Henrique estavam de férias da escolinha, em casa comigo todo o tempo, sempre nos enchendo de alegria. E naquela tarde onde a chuva caia fininha e insistente, eu e Luan fomos até o consultório de Marcela, saber o sexo de nosso bebê:

-Nervoso? - Perguntei a ele que dirigia. 
-Um pouco eu acho. - Respondeu com meio sorriso - E você? 
-Não muito. - Dei de ombros. 
-O que acha que é? - Me olhou de relance. 
-Não sei, essa coisa de "A mãe sempre sabe" não se aplica a mim. - Brinquei, mas não sabia de verdade. 
-Então é melhor esperarmos. - Falava enquanto fazia uma curva com atenção - Mas estava me lembrando aqui de como é bom ter um bebê em casa, aquele cheirinho no ar... - Sorriu lembrando, suas covinhas apareceram. 
-É mesmo, o melhor é o cheirinho. 
-Não vejo a hora de senti-lo de novo, quero que nasça logo. 
-Esta falando como se esse fosse seu primeiro filho. - Sorri. 
-Acho que todos, você sente como se fosse o primeiro, e é isso que é o mais legal. 
-Tem razão. 

E assim, logo chegamos ao consultório. O movimento lá estava fraco naquela tarde, então, entramos de cara, Marcela já nos esperava:
-Foram pontuais dessa vez, que milagre! - Zombou enquanto nos cumprimentava. 
-É a ansiedade. - Luan respondeu. 
-Depois do terceiro isso acaba, pode crer. - Ela falou divertida. 
-É, só que dependendo do resultado de hoje paramos no terceiro. - Respondi e eles riram. 
-Que isso? Vocês tem cara daqueles pais de grande família, no mínimo uns 6 filhos na mesa. 
-Porque você não se apressa para ter os seus em dona Marcela? Valter está ai, todo disponível, louco pra ter uma família.

Brinquei, ela e Valter tinham acabado de começar a namorar. Depois daquele dia do jantar, começaram a sair, foram se conhecendo, assim ele a fez esquecer daquele doutor idiota e a pouco mais de uma semana assumiram formalmente, tudo no tempo deles. 

-Ah, acabamos de começar! Você sempre querendo correr com as coisas em Nicolle. - Ela ficou sem graça. 
-Só quero dizer que o tempo não espera por ninguém, ainda mais por dois senhores que nem vocês. - Fui sincera, sincera demais. 
-Esta nos chamando de velhos? - Se fez de indignada. 
-Imagina, ele passando dos 40 e você chegando quase lá... - Continuei brincando, sabia que ela entenderia. 
-Acho que não vou contar o sexo do seu bebê hoje, você merece um castigo. - Falou com as mãos na cintura. 
-Não Mah, não faz isso, eu não tenho culpa das coisas que ela fala. - Luan choramingou. 
-Tudo bem Luan, por você. Vamos grávida sincera, vá se preparar. - Sorriu bem humorada. 

E assim começamos os trabalhos, primeiro fizemos os exames rotineiros de checagem de pressão, peso, medição da barriga e tudo mais, tudo normal e todos suspiramos aliviados. Depois veio a parte mais legal, a ultra.

-E aí Luan, olhando aqui, você acha que é o que? - Ela perguntava indicando a imagem embaçada de nosso bebê que aparecia no monitor. 
-Espera, deixa eu olhar direitinho. - Ele se aproximou e analisou - Cara, eu não sei, mas olha aqui, desse lado, isso aqui é um pipizinho, é menino de novo! 

Ele não sabia se sorria ou se ficava decepcionado com o que tinha visto. Marcela riu dele e eu não sabia se acreditava ou não:
-Sério? Mais um menino? - Perguntei tentando olhar o que eles estavam vendo. 
-Você não sabe de nada em Luan, isso aqui não é um "pipi", olha aqui, desse outro lado. - Marcela indicou outro ponto na tela - É menina seu bobo. 
-É mesmo? Eu não tô vendo nada ai não, pra mim tem um pipi ali. - Insistiu. 
-Esta querendo saber mais do que eu? - Ela o olhou incrédula.
-Afinal é menino ou menina? Dá pra se decidirem? - pedi. 
-Confie em mim, é menina. - Ela me olhou sorrindo. 
-Sei não em... - Luan fez careta ainda olhando pra tela - Mas se você diz que é menina... 
-Amor cê num ta feliz não, é a nossa menininha? Como a gente queria! - Perguntei quase chorando. 
-Claro que tô amor, tava só brincando com você. - Ele veio até mim e me beijou.
-Ah nossa. - Respirei aliviada. 
-A menininha que a gente tanto queria, uma princesinha. - Ele falava cheio de orgulho. 
-Que bom que estava só brincando, achei que estava duvidando de mim. - marcela se manifestou encerrando o processo. 
-Claro que não Mah, você é perfeita. 
-Sei que sou, agora vamos começar a preparar um enxovalzinho rosa? E que venha esta menina, e que seja tão linda quanto os outros. - Ela bate palmas animada. 
-Isso mesmo, e que tenha muita saúde! - Completei. 
-Vai ter. 

E assim me troquei rapidamente, feliz com a notícia que tinha acabado de receber:
-Ai, uma menina, que lindo! - Falei enquanto voltava. 
-Pois é, agora a família ta completa. - Luan falou. 
-Isso mesmo, mas então doutora, alguma recomendação? - Perguntei. 
-O de sempre, beba muito líquido, tente se movimentar, nada de excessos, siga a dieta e se sentir uma dor na unha me ligue. - Ela falava natural.
-Porque? Esta suspeitando de alguma coisa? - mordi o lábio. 
-Não, calma, imagina! - Ela jogou as mãos para o ar - Se eu suspeitasse de algo lhe diria, mas cuidado nunca é demais. 
-Acha que... que... a doença vai voltar? - Fui direta. 
-Não. - Ela respondeu com bastante certeza - Mas se você ficar pensando nisso.... 
-Não vou pensar. - Cortei na hora. 
-Ótimo, nos vemos mês que vem para a consulta e antes disso na vida social, eu espero. - Sorriu. 
-Ta bom, obrigada de novo e sempre. 

Então, nos despedimos e voltamos para casa, agora fazendo planos para nossa menina. Parecia que tudo mudava quando sabíamos o sexo do bebê, era muito mais fácil de dar os próximos passos. 

Tratamos logo de contar para todo mundo a excelente novidade, todos vibraram, afinal, estavam esperando por isso, até que chegou a vez de contar para os gêmeos e Luan teve a brilahnte ideia de filmar isso:
-Então meninos, a gente já descobriu se o bebê que ta aqui dentro é menino ou menina. - Luan falava com eles, todo empolgado apontando para minha barriga. 
-É menino? - Lorenzo perguntou de cara. 
-Não, é uma menina! - Eu quem respondi. 
-Ah, mas eu queria que fosse um menino. - Henrique quem falou dessa vez.
-É pai, você disse que ele ia brincar de bola com a gente. - Lorenzo lembrou. 
-Eu disse que , se ele fosse um menino ia brincar de bola com vocês, mas é uma menininha. 
-Isso não quer dizer que ela não vai poder brincar com vocês. - Tentei salvar. 
-Ela vai brincar com a gente? - Lorenzo perguntou. 
-Claro que vai filho, sempre. 
-Ah, então ta. - Falou tão natural que chegou a ser engraçado. 
-E como é o nome dela mãe? - Henrique me pegou. 
-O nome dela é bebê Henrique! - Lorenzo explicou, gargalhamos.
-Não Lorenzo, o nome dela não é bebê, mas nós ainda não escolhemos um nome para ela. - Expliquei. 
-Mas a gente vai escolher e aí contamos pra vocês ta? - Luan completou. 
-Ta. 
-Você tem que sair daí bebê, pra você ver todos os brinquedos que a gente tem. - Henrique falou baixinho, perto da minha barriga, um fofo. 

E depois dessas "Pérolas" todas, saíram correndo para brincar como se nada tivesse acontecido:
-Agora eu vou mostrar esse vídeo para o mundo. - Falou já postando o vídeo. 

E tinha como não amar aqueles dois? Sempre fofos e engraçados. Mas numa coisa eles tinham razão, não dava pra ficar chamando a irmã deles de "Bebê" para sempre, tínhamos que escolher um nome para ela. 
-Amor! Amor volta aqui, vamo aproveitar e já escolher o nome em? 


[Continua]





Nhaaaaaaaac, 
menina! 
Como toda a nação queria! 
kkkk'

Agora vamos a alguns pontos... 
Essa gravidez vai ser mais "rapidinha" certo, 
como já passamos por todo o processo com 
Henrique e Lorenzo, 
agora podemos andar mais rápido. 

Por tanto, preciso de vocês porque ainda não escolhi o nome da pequena,
QUERO SUGESTÕES! 

E quero TODAS comentando em, 
tô achando vocês xôxas demais, 
mas tenho uma coisa a dizer, 
Estamos quase na reta final da história, 
então, 
preciso de vocês comigo! 
Cadê as minhas fiéis? 
Em? Em? 

Aguardando! 

Beijokas

Mayara
@Luansmyway

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Capítulo 215

[...]

Luan veio até nós rapidamente, tirou João Henrique de cima de mim e começou a perguntar desesperado:
-Você ta bem? Ta sentindo alguma coisa? Ta com alguma dor na barriga? Não se meche! 
-Calma, calma. - Pedi, tentando sentir alguma coisa. 
-E você em? - Virou-se para o menino - Como você faz uma coisa dessa João Henrique? Não sabe que sua mãe esta grávida? Meu Deus! O que custa ficar quieto um instante? O que foi que eu te falei, que não era pra brincar assim, mas você não me ouve, olha só, machucou sua mãe e o bebê! - Brigava em voz alta. 
-Foi sem querer papai, desculpa. - Ele pediu com voz embargada e olhos marejados. 
-Nada de desculpas, você sabe que não pode ficar pulando em cima das pessoas assim, o que conversamos sobre o bebê? Sobre ter cuidado? - Continuava a repreender o menino. 
-Eu sei... Desculpa. - Ameaçou chorar. 
-Já disse que não quero saber de desculpar... 
-Amor, espera. - Pedi baixinho.

Respirei fundo, não estava sentindo nenhuma dor, não havia sangue, nem nenhum tipo de mal estar. Tentei me sentar devagarinho, para ver o que acontecia e tudo parecia normal, então falei:
-Estou bem, esta tudo bem. 
-Tem certeza? Acho melhor voltarmos para a cidade, você tem que falar com a Marcela sobre isso, temos que fazer uma ultra, sei lá... - Ele parecia bastante preocupado. 
-Nada disso, nós queríamos muito estar aqui, não vamos voltar agora. Não estou sentindo nada, de verdade. - Tentei sorrir. 
-Mesmo assim Nicolle... 
-Fazemos assim, você me leva para o quarto, me deito um pouco e ligo para Marcela, caso ela ache necessário voltarmos, faremos isso. 
-Tudo bem. Vem, eu te ajudo. - Levantei-me apoiada nele, mas nem precisava. 

Depois de alguns passos ele se voltou para Henrique, o olhou sério e disse: 
-E você senta ai, e me espera, quando eu voltar vamos conversar e ai de você se eu não te encontrar ai entendeu? 
O menino parecia destroçado depois daquela bronca toda, com os olhinhos cheios d'água e as mãozinhas trêmulas, olhava para Luan como se tivesse acabado de ter a maior decepção de sua vida, algo me dizia que ele jamais esqueceria aquele dia. Já no outro canto da sala Lorenzo olhava tudo assustado, não ousou se mexer, talvez com medo de seu pai dar-lhe uma brinca também. Juro que aquela foi uma das poucas vezes que Luan falou sério com os gêmeos, ou com um deles. 

Chegamos ao quarto e antes que eu deitasse ele ajeitou as almofadas para mim, depois me entregou o celular e sentou-se ao meu lado, esperando que eu ligasse para Marcela e foi o que eu fiz:
-Nicolle? Você não ia viajar? - Ela estranhou minha ligação. 
-Estou na fazenda, é que aconteceu um probleminha,eu estava deitada e Henrique pulou em cima de mim, da minha barriga, ficamos com medo que pudesse ter acontecido algo então liguei. - Olhei para Luan enquanto falava. 
-Esta sentindo dor? Tem sangramento? Secreção? - Perguntou imediatamente. 
-Não, nada disso. 
-Como se sente, descreva com detalhes. 
-Normal. - Fui sincera. 
-Tem certeza? Toque a barriga e veja se sente algo. - Fiz o que ela disse e nada fora do comum. 
-Nada, para mim tudo parece bem. 
-Essa pancada foi muito forte? 
-Não, ele só jogou o corpo sobre o meu, no inicio me assustei, mas não foi nada demais. Mesmo assim Luan insistiu que eu ligasse. 
-Entendo. Você só esta de dois meses, por tanto, o que tem ai é só uma bolinha que esta bem protegida por todas as camadas de gordura do corpo, creio que não devamos nos preocupar, a não ser que sinta alguma coisa. - Ela falava, agora mais relaxada. 
-Que bom, posso curtir minha folga tranquila então? - Sorri. 
-Pode, lembrando que nada de excessos em! 
-Pode deixar. 
-Qualquer coisa me ligue, já sabe. 
-Tudo bem, obrigada e beijos. 
-Beijos. 

Desliguei e devolvi o celular a Luan, o olhando com minha expressão de "Eu disse!":
-Tudo bem, pode relaxar. 
-Não sei... É que eu ainda acho que... - Franzio o cenho, o interrompi. 
-Meu corpo, me conheço. Eu não brincaria com isso, você sabe,acredite, esta tudo bem. 
-Ta bom, já que você diz. - Concordou mas não relaxou. 
-Não acha que foi duro demais com Henrique? - Fui direta, queria falar sobre isso desde o começo.
-Não, o que ele fez foi péssimo, imagina se acontece alguma coisa com o bebê? - Insistiu. 
-Foi sem querer amor, você viu, ele só estava brincando... - Tentei interceder, como todas as mães do mundo querendo livrar seus filhotes de um castigo. 
-Nicolle, eu já expliquei para eles que tem que ter cuidado com você, por causa do bebê e tudo mais, só que mesmo assim eles insistem. - Realmente ele já havia conversado com os meninos sobre isso. 
-Eu sei, eu sei. Mas precisava falar daquele jeito? Você viu como ele ficou? Além do mais pediu desculpas, não vai fazer de novo. 
-Até parece que você não conhece os filhos que tem. As vezes é preciso corrigir sabia? 
-Sabia e foi por isso que não falei nada lá na sala, para não tirar sua autoridade. Mas temos que saber dosar também, não é brigando que vai conseguir alguma coisa, você tem que ser parceiro dos seus filhos, não um carrasco. - Eu sempre tinha bons argumentos. 
-Fiquei nervoso. - Finalmente caiu em si. 
-Eu sei, isso é perdoável, todos ficamos. Mas acho que já chega de bronca por hoje né? Talvez uma conversa e um abraço cairiam melhor. - Segurei as mãos dele. 
-Vai ser sempre assim? Eles vão fazer uma besteira e você vai defender né? Me lembra até minha mãe quando meu pai brigava comigo. - Sorriu de canto. 
-Vou defender apenas quando achar que você pegou pesado demais. Ele é uma criança, não teve maldade. 
-É, mesmo assim... 
-Mesmo assim você vai conversar com ele, direitinho, e vai explicar com toda a paciência do mundo que não pode fazer mais. - Sugeri. 
-Ta, vou fazer isso. 
-Aproveita, pega o Lorenzo e coloca junto pra ele ouvir tudo também. 

E assim ele me deu um beijo rápido e voltou para a sala, mas é claro que eu não poderia deixar de ouvir aquela conversa, então, o segui sem que ele percebesse e fiquei "Espiando atrás da porta"

Luan chegou a sala, e encontrou Henrique sentadinho no sofá, estava cabisbaixo, tristinho. Ao longe Lorenzo, calado, apenas observando:
-Vem cá Lorenzo, senta aqui com seu irmão. - Luan chamou, ele obedeceu, em seguida, Luan agaixou-se de frente para eles. 
-João Henrique você sabia que podia ter machucado sua mãe e o bebê não sabia? - Olhou sério para o menino. 
-Sabia, mas foi sem querer papai... - Ele tentou se explicar. 
-Eu sei, e dessa vez vai passar porque foi sem querer, mas vai servir de exemplo pros dois nunca mais fazerem coisa parecida. A mãe de vocês está grávida, com  um bebê na barriga, e qualquer coisa pode machucá-lo porque ele é muito pequenininho. - Explicava paciente - Entenderam? 
-Sim. - Os dois responderam em coro. 
-Então prometem que não vão mais fazer brincadeiras perigosas com a mamãe? 
-Prometemos. 
-Tudo bem, vou confiar em vocês. - Relaxou um pouco. 
-Não ta bravo comigo papai? Você ainda vai gostar de mim? - Henrique fez bico, apaixonante. 
-Claro que vou gostar de você filho! - O abraçou forte - Não estou bravo, mas vou ficar se machucar sua mãe de novo. - Soltou do abraço e olhou os dois - Vocês tem que cuidar da mamãe, sempre. 
-A gente sempre cuida da mamãe. - Lorenzo falou. 
-Tem que cuidar mais, e cuidar também do irmãozinho ou irmãzinha de vocês, ok? 
-Ta. 
-Agora vão lá dar um beijo na mãe de vocês e você Henrique, peça desculpas! - Apontou o dedo. 

Então, voltei rapidinho para o quarto e foi só o tempo de me deitar eles apareceram:
-Mamãe, você ta bem? - Em vez de correrem e pularem na cama, dessa vez sentaram-se devagarinho perto de mim. 
-Tô bem amores. - Sorri para eles. 
-Me desculpa mamãe? Não vou fazer mais. - Henrique pediu. 
-Desculpo sim, sei que não vai fazer mais. - Acariciei seu rostinho. 
-Eu te amo mamãe! - E me abraçou devagarinho. 
-Eu também te amo mamãe! - Lorenzo repetiu o gesto do irmão. 
-Awn eu amo vocês, amo mais que tudo. - Me emocionei e Luan também. 
-Me desculpa bebê. - Henrique falou baixinho perto da minha barriga. 
-Ele desculpou você e disse que te ama muito, aliás, você e o Lorenzo. - Falei dando um beijo em cada um, depois olhei para Luan - Viu, você tem os melhores filhos do mundo. 
-Eu nunca duvidei disso. - Ele se juntou a nós. 

E assim, ficamos nos acarinhando na cama o resto da tarde. Para outros podia parecer pouco, mas para nós aquele momento valia ouro, onde estávamos todos reunidos, apenas dando sentido a palavra "Família", apenas nos amando. 

Tenho certeza que os gêmeos aprenderam a lição, e tudo conversando como eu sempre gostava de resolver as situações. Aquela figura de pai bravo e repreensivo não combinava nada com Luan, ele estava mais para aquele paizão parceiro e eu não queria ninguém crescendo com ressentimentos lá em casa. Nesse ponto acho que estávamos acertando na criação dos gêmeos, e repetiríamos tudo com o que estava por vir. 

Mas como tudo que é bom dura pouco, nossos 5 dias de folga em família passaram rápido, isso não queria dizer que não aproveitamos cada segundo vivido ali. Nos divertimos muito na fazenda, e respiramos bastante ar puro para levar para a cidade. 

Na volta, tocamos nossas vidas renovados e talvez por isso nem vimos o tempo passar e foi assim que ele deu um salto de 3 meses... 


[Continua]





Uffa, 
tudo bem com nossa "Niquita" e com o baby 
kkkkk' 

Fala a verdade, vocês não acharam esse capítulo fofo? 
Awn, 
lindo lindo lindo 
essa família é mais que perfeita! 

Maaaaaaas, 
Vamos adiantar essa história, 
3 meses se passaram, 
isso totaliza 5 meses de gravidez e é hora de que? 
SEXO DO BEBÊ! 
hahahaha'
\õ/

E aí? Palpites? 

Outra coisa, 
5 meses a pré-eclâmpsia aparece, 
ou não aparece!
E aí? 

Só Aguardem! 

Beijos

Mayara
@Luansmyway

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Capítulo 214

Mais um capítulo hoje, pequenino mas vale a intensão né? haha' Espero que gostem ;) 

[...]

Alguns dia se passaram e nós usamos eles para planejar nossa pequena viagem. Iriamos para a fazenda de Luan - no caso nossa fazenda - que ele tinha comprado a pouco mais de um ano, e para ele era um sonho realizado. Sairíamos no sábado pela manha e só voltaríamos na quarta, eu já tinha acertado tudo na escola dos meninos, eles pegariam a  matéria depois, afinal, essa viagem era uma grande causa. 

Durante esses dias que tinham se passado, também fui a mais uma consulta com Marcela para ver se estava tudo bem com meu bebê, agora passando dos dois meses, todo mundo já sabia e a barriguinha começava a dar sinais. Segundo minha médica tudo estava bem, principalmente a pressão que era o que me deixava mais aflita e eu poderia viajar tranquila sem passar qualquer susto. 

Quanto aos garotos, estavam anciosissimos, só falavam nisso, em "Ir pra Fazenda com o papai" "Pescar com o Papai" "Andar a cavalo com o papai", fazer tudo com o papai, e eu nada, mesmo assim, estava conformada com isso. 

Luan chegou em casa na madrugada de sexta para sábado, mas nem dormiu e no sábado cedinho partimos e não posso me esquecer que Penélope também foi junto, claro. 

A viagem foi rápida e logo estávamos em "solo rural". Em mais de um ano que tínhamos aquela propriedade, só tínhamos ido lá duas vezes ambas muito felizes, os gêmeos amavam e Luan nem se fala, quanto a mim também gostava de respirar um ar puro de vez enquanto, mas o que eu mais gostava era ver largos sorrisos nos rostos dos três homens da minha vida. 

-E aí, o que vamos fazer primeiro? - Luan perguntou animado depois de guardar-mos nossas coisas na casa. 
-Eu quero cavalos papai! - Lorenzo pulou empolgado. 
-Eu quero nadar no rio! - Henrique contradisse. 
-Cavalgamos até o rio e damos um mergulho, o que acham? 
-É! 
-E você, será que pode andar a cavalo? E o bebê? - Virou-se para mim preocupado. 
-Ai amor, relaxa, nada vai acontecer. - Dei-lhe um beijo rápido. 
-É, nada vai acontecer, vamos então? 

E assim, selamos dois cavalos, Luan e Lorenzo em um, eu e Henrique em outro e assim fomos cavalgando em meia velocidade até o rio, no caminho, chegando lá a correnteza estava calma, amarramos os cavalos em uma arvore e fomos para a beira do rio. 

Tudo ali era lindo, como nas fazendas de filme. os pássaros cantavam, o sol brilhava a grama era verde... Deixamos os meninos livres, essa era a parte que eles mais gostavam. Depois de dois anos de aula de natação, eu confiava neles de olhos fechados, não precisava me preocupar. 

-Mãe! Mãe, olha só! - Henrique me chamava para ver seu mergulho. 
-Minha vez agora, olha. - E assim Lorenzo também entrou na água. 

Eu e Luan estávamos sentados na beira, olhando eles se divertirem, até que ele falou:
-Você não acha que aqui é o paraíso? - Me olhou por um instante. 
-Qualquer lugar pra mim é o paraíso desde que vocês três estejam comigo... Ops, vocês quatro, desculpa bebê. - Sorrimos juntos. 
-É verdade. Mas olha só como eles ficam felizes aqui, livres, sem ter medo de nada. - Apontou os meninos brincando juntos no rio. 
-É verdade. Para eles isso aqui é sempre novidade né? Fora da prisão da cidade, podem fazer o que quiserem, sem compromissos, sem pressão... Acho que para nós é assim também né? 
-É, sem compromissos, sem pressão, só amor. - Selinho - Agora só falta nossa caçulinha pra correr por aqui também. - Tocou minha barriga. 
-Isso mesmo. - Coloquei minha mão por cima da dele e o olhei nos olhos - Obrigada por ter encontrado um tempo para nós, para isso... É muito importante. 
-Eu que tenho que agradecer por ter vocês aqui comigo agora. E prometo que momentos como esse vão se repetir mais vezes e... 
-Não... - interrompi - Se virar rotina perde a graça, vá no seu tempo, nós gostamos disso. - Colei meu rosto no seu e fiz um carinho. 
-Tudo bem, você manda. Agora o que acha de irmos para a água com nossos filhotes, ou ainda existe algum medo dentro dessa mulher? - Apontou pro meu peito. 
-Medo? O que é isso? - Brinquei - Vamos logo que o calor esta escaldante. 

E assim, mergulhamos também, nos juntando aos gêmeos para uma brincadeira maravilhosa. Dali saíram muitos sorrisos e muita diversão. Era incrível de ver a felicidade das crianças quando estávamos todos juntos e a nossa felicidade também. E assim ficamos brincando na água por um bom tempo, até a fome apertar. 

Nós mantínhamos apenas dois empregados lá na fazenda, eles eram um casal de meia idade e "Moravam" lá, o homem, Joaquim, cuidava de toda a parte esterna, das plantas, dos cavalos, em fim, de tudo... Já sua esposa, Neusa, cuidava de tudo que dizia respeito a casa, da limpeza e cozinhava para nos quando estávamos lá, o que eu achava ótimo.

Quando chegamos a casa, o cheirinho bom do almoço tomava conta de tudo: 
-Hum, como eu estava com saudades de comer essa sua comidinha caseira Neusa, nada se compara! - Já entre elogiando. 
-Ah dona Nicolle, também estávamos com saudade de vocês, demoraram muito para vir desta vez, 
-Já disse para esquecer esse negócio de "Dona", só Nicolle para você, ou esta me achando velha demais? 
-Que isso, é uma menina ainda. - Ela ficou toda sem graça. 
-Uma menina mãe de três. 
-Três? - Ela me olhou atônita. 
-Ah é, esqueci de contar, estou grávida, não percebeu? - Ri do jeito como me olhou. 
-Meu Deus que coisa boa! Agora que olhei direito percebi a barriguinha. 
-Pois é. 
-Ei, esse almoço ai sai ou vocês vão ficar só fofocando? - Luan entrou afobado na cozinha. 
-Mãe, tô com fome, posso comer esse bolo aqui? - Quando olhei Lorenzo já estava pendurado na mesa querendo pegar um bolo de milho. 
-Não filho, o almoço ta quase pronto, bolo só depois. 
-Calma crianças, olha aqui, terminei! Nadaram muito? - Ela foi em direção aos gêmeos, os adorava, mas quem não os adorava né? 

Enquanto Neusa conversava com os meninos, Luan beliscava as panelas antes da hora, até que dei-lhe um beliscão:
-Ei, que é isso? - Deu um pulinho, ri dele. 
-Para de comer antes da hora, vai perder a fome. 
-Então vamos comer logo porque este cheiro esta divino. - Revirou os olhos. 
-Você é esfomeado, os meninos te puxaram, são pequenos esfomeadinhos. - Brinquei. 
-Tal pai, tal filhos! - Deu de ombros. 

E assim fomos finalmente para a mesa almoçar, chamamos Joaquim e Neusa para almoçar conosco e tudo foi festa como sempre. Lorenzo e Henrique comeram como nunca na vida, e Luan, nem se fala, achei que passaria mal depois, eu também não fiquei atrás, aquela comida estava maravilhosa. 

Depois do almoço fomos para a sala descansar toda aquela comida, mas os meninos ão quiseram saber de descansar nada, estavam elétricos, correndo de um lado para o outro, brincando, querendo aproveitar cada canto da casa, Penélope mesma coisa, estava enlouquecida com toda aquela liberdade enquanto eu só queria me esticar naquele sofá e nada mais. 

Fechei os olhos por um instante, apenas ouvindo o barulho das crianças, até que de um segundo para o outro, senti um golpe na barriga. Abri os olhos rapidamente, desesperada e senti o corpo de João Henrique sobre o meu, em seguida o grito de Luan:
-Henrique, não! 
De alguma forma ele tinha pulado em cima de mim, para ser mais exata em cima de minha barriga, me desesperei. 


[Continua]






Oiiiê, 
Capítulozinho de surpresa, 
haha' 
Gostaram? 

Mas e aí, 
folga da família acontecendo, 
tudo lindo, 
mas João Henrique fez uma arte sem querer... 
E agora? 
Será que vai acontecer alguma coisa com Nic e o bebê? 

Aguardem

Beijokas

Mayara
@Luansmyway

Capítulo 213

[...]

A noite estava fresca, um pouco escura por causa do céu coberto de nuvens, mesmo assim muito agradável e logo meus convidados começaram a chegar:
-Oi amiga, desculpa a demora, saí do trabalho e tive que passar em casa para me trocar, e você sabe, eu moro no fim de mundo, é claro que você sabe, já morou lá também e eu nem te conto, sabe os antigos moradores que ocuparam o apartamento que era seu? Saíram, ai entraram outros, uma gente insuportável, com um cachorro insuportável que não me deixa dormir, ele me lembra até aquela pequena mosntrinha que você deixava comigo... - Ela já entrou pela porta tagarelando loucamente. 
-Juliana, calma, respira! - Vicente a interrompeu, ri deles dois. 
-Ué, tô calma. Mas me diz ai, porque esse jantar? - Me perguntou. 
-Boa Noite para você também mal educada, e eu não posso chamar vocês para jantar aqui em casa? - De de ombros. 
-Pode, mas achei que tinha um motivo.

E quando eu abri a boca para responder, Lorenzo e Henrique vinham correndo e gritando pela casa:
-Tia Ju! Tio Vicente! - E assim pularam no colo deles. 
-E aí parceirinhos, tudo bem? - Vicente sempre carinhosos com eles. 
-Sim, mamãe disse que vão jantar aqui. - Lorenzo falava todo explicado. 
-Vamos sim, tem comida ai? - Ju perguntou sorrindo. 
-A gente podia pedir pizza. - Henrique sugeriu, todos riram dele. 
-Nada disso. - Neguei com o dedo. 
-Depois a gente come a pizza ta? - Ju cochichou e piscou para eles que comemoraram. 
-Mas onde esta o patriarca dessa casa? 
-Viajando, onde mais? - Respondi natural. 
-Achei que ele estaria aqui. 
-Não, por isso chamei vocês, estava me sentindo sozinha. - Fiz bico. 
-Ah, tadinha dela. - Ju caçoava de mim. 

Conversa vai, conversa vem a Campainha tocou de novo e me surpreendi, pois quando abri, Marcela e Valter estavam juntos a espera do outro lado, e pareciam trocar algumas palavras:
-Ai Nic, desculpa o atraso, é que esse trânsito, você sabe. - Marcela começou se explicando. 
-Não tem problema, mas... vocês chegaram juntos? - Perguntei. 
-Nos encontramos lá na entrada. - Valter respondeu vindo me cumprimentar. 
-Ótimo. - Sorri satisfeita. 

A questão era que Valter e Marcela já se conheciam desde que ela entrou na minha e começou a frequentar minha casa e nosso meio social, Valter sempre esteve ali também, eles já tinham sido devidamente apresentados, mas somente se cumprimentavam, nunca conversaram de verdade e agora seria a primeira vez se tudo desse certo. 

Ambos foram cumprimentar Ju e Vicente e logo minha grande melhor amiga soltou uma pérola para deixar o clima um pouquinho tenso:
-Cadê seu namorado, não veio? - Tão inocente que parecia ser cara de pau. 
-Não... Nos não estamos mais juntos. - Marcela respondeu sem jeito. 
-Ah, desculpa.  - Fez careta. 
-Não tem problema. 
-Bom - Chamei a atenção para mim - O que acham de beber alguma coisa antes do jantar? 

Todos concordaram, servi as bebidas enquanto Lorenzo e  Henrique faziam a diversão de todos na sala, cheios de gracinhas, cantando e dançando. Logo depois disso o jantar foi servido, e durante ele, conversamos e rimos muito, todos juntos, naquela espécie de farra boa entre amigos, logo depois veio a sobremesa e nos divertimos muito com os meninos se lambuzando com a mouse de chocolate, assim, a parte da comida acabou.

-Nic, estava tudo maravilhoso, delicioso como sempre, mas agora sinto dizer que temos que partir. - Juliana falou se levantando. 
-Mas já? Porque? - Perguntei indignada. 
-Temos uma festa de aniversário pra ir, de um amigo meu, sinto muito mas não podemos faltar. - Vicente se explicava. 
-Ta, tudo bem, divirtam-se. 

E assim eles se despediram e partiram, então, nesse momento, por obra do destino que estava me ajudando naquela noite, minha mãe resolveu me ligar, foi ai que tive o clique:
-Gente, dá uma olhadinha neles ai enquanto vou atender minha mãe? É rápido, prometo. 
-Tudo bem, vai lá. - Responderam juntos. 
Ta, não ficariam completamente sozinhos, os gêmeos estavam lá, mas já era um começo. Então saí para atender minha mãe e os deixe torcendo que desse em algo bom. 

Quando voltei, Lorenzo e Henrique estavam vidrados na tv e os dois sentados no sofá, lado a lado, tão distraídos conversando que nem me viram chegar. Falavam baixinho, não dava pra ouvir muito, mas se olhavam e em seguida desviavam o olhar, ela mexia nos cabelos, desconcertada naquele inicio gostoso - tinha dado certo. 

-E então? Deram trabalho? - Os tirei do transe mesmo sem querer. 
-Imagina, são anjos, você sabe. - Ela respondeu. 
-Parecia que nem estavam aqui. - Valter completou. 
-Ah... - Sorri maliciosa. 
-Bom... é, acho que é hora de ir. - Marcela levantou-se - Nic, obrigada, foi ótimo. 
-Imagina, obrigada você por ter vindo. Ta de carro? Quer que o Valter te leve em casa? - Sugeri, mais sutil impossível.
-É... se quiser te levo. - Ele levantou concordando. 
-Não precisa, estou de carro. 

Assim ela deu um beijinho em cada um dos meninos, depois em mim e por ultimo em Valter, dizendo:
-Foi bom conversar com você, a gente se vê. 
-Digo o mesmo de você, a gente se vê. 
E assim a levei até a porta, e depois de fechá-la atrás de mim, virei-me para ele: 
-Gostou dela né? - Sorri igual uma criança. 
-Ah, minhas suspeitas acabaram de se confirmar... Esta querendo me jogar para cima da sua amiga que terminou com o namorado Nicolle? - Perguntou sorrindo com as mãos nos bolsos. 
-Você sozinho, ela sozinhas, os dois legais, são o casal perfeito. - Dei de ombros. 
-Não te soa meio adolescente essa coisa de "cupido"? - Brincou comigo. 
-Não, para mim estou apenas ajudando duas pessoas a serem felizes como eu sou, simples. Mas parece que não vai ser tão fácil, que negócio é esse de "A gente se vê"? Já deviam ter marcado alguma coisa. - Falei decepcionada. 
-Calma, sem pressa, as coisas não são assim. - Jogou as mãos para o ar. 
-É, talvez seja melhor ir com calma mesmo, ela acabou de sair de um relacionamento super conturbado, talvez ainda esteja machucada... - Pensei em voz alta. 
-Isso mesmo, deixa comigo, sei o que fazer. - Ele parecia confiante. 
-Hum, então vai tentar? - Me animei. 
-Vou, ela parece ser uma mulher maravilhosa. 
-E é, precisa de alguém como você. - Pisquei para ele. 
-Obrigada por ter pensado em mim. - Sorri agradecido - Agora vou embora, chega de emoções por hoje. 

E assim, consegui dar o primeiro empurrão em mais um casal. Tudo bem que não seria tão fácil quanto foi com Ju e Vicente, mas com dizem, cada um tem seu tempo e eu sabia que tinha feito a coisa certa, agora era só esperar. 

No dia seguinte, depois de deixar os gêmeos no colégio fui a casa de repouso visitar vó Amélia, já fazia um tempinho que eu não aparecia por lá, também, depois de tanta coisa acontecendo nem tive tempo. Ela reclamou minha ausência, mesmo assim, me acolheu e aproveitei para colocar todos os assuntos em dia, lhe contando detalhe por detalhe de como tinha sido com Lorenzo Filho:
-Então, agora acredita em mim? Depois desta grande prova? - Me perguntou com um sorriso vitorioso. 
-Eu sempre acreditei em você vó, só precisava... 
-Encontrar a verdade e senti-la, vê-la com seus próprios olhos, sei como é. - Completou exatamente com o que eu queria dizer. 
-Isso mesmo. Agora me sinto mais leve, não tenho mais aquela curiosidade atrás de mim dia e noite, é como se eu tivesse... 
-Se libertado. - Me completou mais uma vez quando não encontrei a palavra - Exatamente. Você precisava ir atrás dessa história, até a ultima gota, e fez isso, agora sim vai poder viver tranquilamente esta vida. 
-É o que eu mais quero, e quero também escrever e lançar meu livro. - Sorri animada - Nem acredito que ele concordou em me ceder a história. 
-Ele não negaria nada a você. - Ela falou como se o conhecesse - Mas me diga, como se sentiu quando estava frente a frente com Lorenzo Filho? Quando mergulhou em seu próprio passado? 
-Com ele eu me senti bem, muito bem, é um senhor maravilhoso. E quanto ao meu passado... Não encarei nada disso como se fosse MEU de alguma forma sabe vó, é a história de Lorenzo e Cecília, só. A minha história, estou vivendo agora. 
-Sábia resposta. Agora dedique-se ao livro, tenho certeza que vai ser um sucesso...  E dedique-se a essa vidinha que esta aqui dentro também! - Tocou minha barriga. 
-É, vão ser minhas prioridades agora, além de Luan e dos gêmeos, é claro. 

Conversamos bastante naquela manha e quando eu estava me despedindo, lembrei-me de que ela não tinha lido minha mão naquele dia, então perguntei:
-Não vai ler minha mão desta vez? 
-Não, acho que desta vez não precisa, algo me diz que nos próximos tempos sua vida estará plena, só aproveite isso. - Sorriu e me abraçou forte.
-Confio na senhora. 
Disse apenas isso e fui embora, mais uma vez renovada pelo encontro. 

Na volta, passei para pegar os gêmeos pois já estava na hora e levei-os para casa, lá almoçamos tranquilamente, quando meu telefone tocou, era Luan:
-Boas notícias! - Falou de imediato. 
-Diga... - Já sorri. 
-Arranjei 5 dias de folga pra gente curtir em família. Vai ser daqui duas semanas, já tenho tudo programado. - Falou animado. 
-Perfeito! - Vibrei - Ai amor, nem acredito! 5 dias podem parecer pouco para outros, mas para nós, nossa família vai ser mais que perfeito. 
-Vai sim. Eu estou devendo isso a vocês... 
-Te amo, te amo muito! 
-Te amo também. 

E foi aí que entendi porque Vó Amélia disse que os próximos tempos seriam plenos. E eu só queria que eles durassem muito, e fossem longos tempos de plenitude e felicidade. 


[Continua]





Amorecos, 
primeiro de tudo estou um pouco melhor, 
OBRIGADO pela preocupação e pelos comentários de carinho, 
vocês são umas lindas... 

Em fim... 
Nic conseguiu dar o empurrãozinho que Marcela e Valter precisavam, 
quanto a Lorenzo Filho conhecer Luan, os meninos, não se preocupem, 
vai acontecer! 
No mais, teve Vó Amélia que tava sumida, 
e Luan conseguiu folga para ficar com a família, 
e o que vem agora?
Capítulos de amor e carinho! 
hahaha' 

Beijos

Mayara
@Luansmyway