Capítulo 220

Antes de começar, quero dedicar este capítulo a minha leitora mais ciumenta de todas, nossa queridíssimo e IMPORTANTÍSSIMA, Nara! Não se preocupa mor, aqui tem Mayara para todo mundo e carinho para todo mundo também, sempre! Beeeeeeeeeeeeijo ;)

(Outra coisa, imploro de joelhos que leitam este capítulo ouvindo esta musica MA-RA-VI-LHO-SA que tem tudo a ver com o momento! )

(John Mayer - Free Fallin')

[...]

Depois de acarinharmos um pouquinho nossa pequenina ela foi levada para os procedimentos necessários, enquanto eu fui para outro lado fazer a mesma coisa. Confesso que não vi direito o tempo passar, nem nada acontecer, estava tão maravilhada com o nascimento de Manuela que para mim o resto pouco importava. Tinha sido tudo tão lindo, tão maravilhoso, um momento tão nosso. 

Em fim, horas depois eu já estava no quarto, sob os carinhos de toda a família, inclusive de Luan. Todos estavam empolgados, já tinham visto Manuela no berçário e só comentavam dela. Dona Marizete disse que antes de vir tinha passado lá em casa e os gêmeos ainda dormiam, mas Yara falou que quando o dia amanhecesse e eles acordassem, os trariam para conhecer Manuela. 

-Com licença, com licença, a bebê mais linda do mundo acaba de chegar para mamar. - Marcela entrou no quarto trazendo Manu nos braços, toda enroladinha em uma mantinha rosa que eu mesma tinha preparado. 
-Awwwwn. - Todos disseram em coro. 

Mas logo tiveram de ser retirados do quarto para não passarem germes da rua para a pequenina, ficando apenas eu, Luan e Marcela, além de Manu, claro:
-Ai, acho que não quero te dar ela não, vou levar para mim, olha só como é quietinha, nem chora. - Marcela falava. 
-Nada disso, faça os seus.- brinquei - Ela é uma princesa linda e comportada. - Falei com voz de bebê enquanto ela me entregava a neném. 
-É mesmo, mas agora vou deixar a família a sós nesse momento da primeira mamada. Volto daqui a pouco. 
-Pode demorar bastante. - Luan brincou também. 

E então ficamos a sós, nós três. Coloquei Manuela no peito e ela pegou de primeira, enquanto isso eu e Luan a ficamos admirando em silêncio:
-Estou muito feliz, mas ainda sinto como se faltasse algo. - Ele quebrou o silêncio. 
-Lorenzo e Henrique. - Completei. 
-É... 
-Estou com medo da reação deles quando a verem, porque tipo, uma coisa é ter a Manuela na barriga, outra é tê-la assim, nos braços, entre nós, tomando todas as atenções. - Falei preocupada. 
-Também já pensei nisso, especialmente aquele dia que João Henrique  disse que todo mundo só falava nela, tenho medo que se sintam enciumados, ou rejeitados, sei lá. 
-Não quero que isso aconteça. - Olhei para Manu em meus braços - Eles tem que amá-la, e protegê-la, sempre. 
-Isso mesmo. - Luan passou os dedos pela cabecinha da pequena. 
-Tive uma ideia. - falei de susto. 
-Qual? 

E assim lhe contei meu pequeno plano que tinha bolado em segundos para que Lorenzo e Henrique aceitassem bem a chegada de Manuela, ele gostou e aceitou colocá-la em prática, então, depois da mamada de Manu, saiu para resolver tudo. 

O dia já havia amanhecido, depois de mais alguns processos, Manuela passou a ficar no quarto comigo e assim seria até o dia de nossa alta, afinal, ela era completamente saudável em todos os sentidos.

Logo Luan voltou trazendo o que tínhamos combinado, e então ligou para Yara para que trouxesse os meninos que haviam faltado aula naquele dia, mas era por uma boa causa. Então, por volta das 10:00 da manha eles chegaram. 

Ao entrarem, percebi dois pares de olhinhos curiosos pescando tudo que estava a sua volta, e quando me viram juntamente com seu pai, se aproximaram rápido, nos abraçando:
-Ei, Bom Dia! - Falei animada. 
-Bom Dia mãe, bom dia pai. - Responderam naturalmente. 
-Como estão? Já tomaram café da manha? - Luan puxava assunto. 
-Sim, mas Yara disse que não íamos a escola hoje. - Lorenzo contava. 
-Porque tínhamos que vir aqui conhecer a Manuela que saiu da sua barriga. - Henrique completou. 
-Isso mesmo, ela saiu da minha barriga e esta louca pra ver vocês. - Comentei animada. 
-Onde? 
-Bem ali. - Indiquei o bercinho. 
-Vão lá. - Luan incentivou. 

No começo eles se entreolharam, ficaram meio inseguros, mas depois resolveram ir até lá. Se aproximaram devagarinho e esticaram o pescoço, finalmente vendo Manuela que dormia. Ficaram olhando em silêncio por um tempo, depois se voltaram para nós:
-Ela parece a boneca que a Isabel leva pra escola né Henrique? - Lorenzo comparou com o irmão. 
-É, ela não vai acordar mãe? - Henrique me olhou esperançoso. 
-Acho que agora não. - Sorri de canto. 
-Vamos para casa agora? - Lorenzo voltou para junto de mim. 
-Vocês vão daqui a pouco, mas eu e Manuela ainda vamos ficar um pouquinho. - Expliquei. 
-E a gente não pode ficar também? - Henrique quem fez a pergunta dessa vez. 
-Não filho, quem vai cuidar da nossa casa e da Penélope? - Luan dei a ideia empolgado. 
-E outra, quem vai brincar com os presentes que a Manuela trouxe pra vocês? - Confessei de uma vez. 
-Ela trouxe presentes pra gente? - Perguntaram animados, numa sintonia absurda. 
-Estão vendo aqueles embrulhos ali no canto? Foi ela que trouxe para vocês.- Luan apontou os dois embrulhos enormes que tinha trazido. 

Sem pensar os meninos foram para os embrulhos e os rasgaram de imediatado, descobrindo os brinquedos. Essa era a ideia que eu tive, comprar presentes para eles e entregar como se fosse sua irmã que tivesse trazido, assim, a chance de gostarem da presença dela seria bem maior. 

Eles ficaram radiantes, trouxeram os brinquedos para os mostrar e agimos como se não soubéssemos de nada, até que Luan falou:
-Não vão dizer obrigado a sua irmãzinha? 
E então eles voltaram até o bercinho de Manuela e ficaram na pontinha dos pés para falar:
-Obrigada Manuela. - Lorenzo foi o primeiro. 
-É, obrigada Manu. - Henrique falou em seguida, achei fofíssimo ele a chamando de Manu. 
-Viram só como ela é legal? Gostaram dela? - Perguntei. 
-É, ela é legal. - Henrique falou com seu jeitão. 
-Eu gostei muito dela mamãe. - Lorenzo fofo como sempre. 

E assim respiramos aliviados, problema parcialmente resolvido, agora era só incentivar para que gostassem mais e mais dela, que participassem de tudo e para que não se sentissem menos importantes. Mas eu sabia que isso jamais aconteceria. 

Então, os dias que eu e Manu tínhamos que ficar na maternidade voaram como o vento e logo voltamos para casa. Nos primeiros dias a muvuca foi generalizada lá em casa, minha família veio toda, a de Luan também estava sempre por lá, além das visitas de amigos que recebemos. Todos ficaram absolutamente encantados com a pequena Manuela que estava sempre calma, quase não chorava, era um amor. 

E assim os dias foram se passando, tudo foi voltando ao normal, as nossas famílias voltaram para suas casa e aquela família voltou a ficar só novamente, claro que agora com a nova integrante. E em determinada noite, depois de uns 15 dias do nascimento de Manu, fomos colocar as crianças para dormir,como era de costume. 

Levamos os gêmeos para o quarto deles, mas resolvemos fazer diferente naquela noite. Peguei a cadeirinha do carro de Manu e a posicionei entre as duas camas dos meninos, assim, a coloquei lá dentro, pertinho de seus irmãos. Pertinho dos três também, estávamos eu e Luan, sentados no chão, eu balançando a cadeirinha de Manuela e ele com o violão em punho, cantando uma canção tranquila e gostosa, e assim, os três dormiram embalados pela voz de anjo de seu pai. Eu poderia congelar aquele momento para sempre, uma verdadeira poesia solta no ar, onde entendi como o arcanjo maior, cantando para os três anjinhos dormirem tranquilos, algo tão bonito que nunca se veria em nenhuma tela de cinema. E eu.... Aproveitei ao máximo aquele momento lindo, agradecendo por poder fazer parte daquilo. 

E depois do ultimo acorde, os três suspiravam baixinho, e Luan falou:
-É, acho que a missão esta cumprida. - E me banhou com seu sorriso mais lindo, deixando o violão de lado e se aproximando mais de mim. 
-Não esta sendo tão difícil assim controlar três, está? - Me aninhei em seus braços. 
-Para mim, esta sendo maravilhoso. - Beijou minha cabeça. 
-Para mim também. - Busquei seu olhar. 
-Em pensar que se eu não tivesse te salvado naquela madrugada, hoje ão teria nada disso. - Ele falou e mergulhou em meus olhos. 
-Se você não tivesse me salvado naquela madrugada, teria salvado outro dia, outra hora, mas eu sei que teria aparecido de alguma forma, você não me deixaria sozinha... - Acariciei seu rosto. 
-Tem razão, eu jamais deixaria minha menina sozinha. - Voltou a sorrir. 
-Obrigada por ter me salvado, e por ter me dado tudo isto. - Apontei para as crianças. 
-Eu não lhe dei nada, Deus quem deu para nós dois, assim como nos deu e abençoou nosso amor, um amor que é para sempre. 
-Para sempre. 

Repeti e selamos aquele momento com um beijo, afinal, não tinha jeito melhor. Aliás, comparado aquele momento, nada nunca seria melhor, estávamos onde deveríamos estar, onde queríamos chegar, no tão sonhado vale onde mora a felicidade. 

...

Ai gente, na boa... 

Não quero que isso acabe nunca! 

Pode ser mais perfeito? 

Isso mesmo, não. 

Confesso que quase chorei fazendo essa ultima parte e ouvindo a musica, 

tô muito apegada  essa família, 

como é que faz em? 

Thielle, usei a ideia, viu lá!

hahaha' 

Vocês, minhas leitoras, TODAS, são as melhores do mundo, 

tem as melhores ideias e me fazem muito feliz. 

Agora vou embora porque estou muito sentimental hoje, 

adeus! 

kkkkk'

Mayara

@Luansmyway