Capítulo 17

[...]

Eu ainda estava meio desnorteada por conta do beijo quando ele voltou ao seu lugar de frente pra mim e começou a falar:
-Já que estamos colocando tudo em pratos limpos, agora é minha vez. - Ele segurou minha mão - Nicolle, eu acredito em destino, acredito que as vidas são traçadas pelo cara lá de cima sabe? Cada passo que  gente dá, cada pessoa que a gente encontra e com você não foi diferente. A gente se encontrou na situação mais inusitada do mundo, depois o destino tratou de nos colocar frente a frente de novo, e aí, eu comecei a entender que tudo tinha um verdadeiro propósito, que você não estava ali por acaso. E dentre tudo isso eu comecei a gostar de você, do seu jeito, da sua companhia e a gente tava se dando bem. Mas aí você acabou com tudo, sem mais nem menos e eu fiquei tentando entender o porque de ter feito isso. Mas nesse momento, também percebi que eu sentia sua falta, de uma maneira muito grande sabe? porque eu já estava apegado demais a você. - Ele sorriu de canto, parecia envergonhado com o que falava - Eu estava realmente disposto a ir te procurar sabia? Alegando que eu precisava saber o que tinha por trás do fato de você ter me dispensado sem mais nem menos, mas agora, vejo que eu estava usando esse pretexto só porque queria te ver de novo e tentar te convencer a voltarmos a ser como era antes. Mas aí, o destino, mais uma vez nos colocando frente a frente hoje mais cedo, como se fosse um sinal de que tinha que ser assim. - Ele acariciou minha mão com aponta do dedo - Eu sempre fui bom em falar de sentimentos, em definir o que eu estou sentindo, mas dessa vez é diferente. Você tem um tipo de efeito sobre mim, algo que eu ainda não consigo definir bem o que é mas, é forte. Eu não quero mais ficar longe de você ou sem você e não me peça pra explicar o porque pois eu não faço ideia. Foi tudo muito rápido mais ao mesmo tempo muito intenso, eu tenho certeza que pra você também, e esse beijo foi a ultima prova de que eu precisava pra ter certeza de que a gente tem que ficar junto. 

Eu estava completamente atônita ao ouvir tudo aquilo saindo da boca de Luan, mas me soou tão verdadeiro, tão bonito e sincero que eu nem sabia o que dizer, não sabia o que pensar, mas sabia que eu também sentia algo daquele tipo, que não tinha explicação, mais existia:
-Ah, fala alguma coisa vai... - Ele pediu bem humorado. 
-Eu...  - Gemi baixinho, não sabia o que dizer.
-Você disse que esta com medo de gostar de mim mas acho que eu acabei gostando de você primeiro.
-Isso é sério? Porque se for alguma brincadeira eu... - Por um momento me vi nervosa mas ele me interrompeu.
-Porque você nunca acredita em mim? - Falou com seu ar de menino. 
-Porque eu não sou.. Eu não tenho... O que você veria em mim Luan? 
-Tudo que eu sempre procurei em outras, mas nunca encontrei Nicolle, simples assim, você é diferente e isso me encanta. 
-E se o encantamento acabar? - me encolhi olhando pra ele.
-Pelo menos a gente viveu tudo até o fim. 
E foi lançando a mesma frase que Juliana já tinha me falado, que ele me ganhou por completo e dessa vez fui eu quem mudei para a cadeira ao lado para beijá-lo.

O medo ainda estava em algum lugar de mim, mas a felicidade por ter ouvido todas aquelas coisas era maior que tudo, então resolvi me deixar levar pela emoção, pois como Luan mesmo disse, agora eu estava disposta a viver tudo até o fim, até a ultima gota e falei com urgência e sem pensar:
-Vamos pro meu apartamento? - minha voz saiu rouca, ainda bem perto da boca dele, pude sentir seu sorriso. 
-Mas a gente nem tocou na comida. 
-Dane-se a comida. 
E foi preciso apenas esse minuto de loucura pra sairmos urgentes do restaurante e entrarmos no carro. Lá dentro, nos beijamos um pouco mais, e depois voamos pra casa enquanto eu tentava esconder minha euforia por tê-lo de novo. A partir dali, sofrer seria um risco quase certo,mas eu não conseguiria seguir em frente se não tentasse ao menos uma vez me jogar na vida sem pensar no que viria depois. 

Não vi quase nada, apenas o momento em que ele me tomava em seus braços, me beijando suavemente enquanto uma de suas mãos adentrava meus cabelos e a outra agarrava forte minha cintura:
-Acho que... o meu medo era porque eu já estava gostando de você, desde os primeiros momentos, mas não queria admitir isso pra mim mesma. - Falei quase num sussurro enquanto procurava uma maneira de tirar a jaqueta dele. 
-No fundo é bom saber disso. - Ele sorriu e estendeu os braços pra baixo facilitando meu trabalho. 
Nos beijamos de novo, agora sem tanta urgência, aproveitando o momento e o toque das mãos travessas que passeavam por ambos os corpos:
-Eu sinto como se... você já fosse minha... - Ele falou ofegante. 
-Também sinto como se fosse sua... 
-A muito tempo! - Falamos juntos, exatamente ao mesmo tempo, numa sintonia assustadora. 

Depois disso, nos olhamos por um instante, sorrimos e nos beijamos de novo. Agora, nada mais foi dito com palavras e deixamos o desejo falar, os corpos se expressarem e dançarem na cama numa sintonia tão perfeita quanto a de minutos atrás. Ali eu pude me dar conta do quanto eu estava sentindo falta dele, de seu toque, seu cheiro sua pele na minha e era isso que eu queria, acima de tudo, independente do que fosse acontecer depois. E mais uma vez eu estava ali, entregue a ele e totalmente refém de todas as sensações que ele me causava. 

Após sermos vencidos pelo cansaço, ficamos ali, curtindo o silêncio, de mãos entrelaçadas - isso já estava virando um hábito - até ele começar a falar:
-Você sabe cozinhar? - Me surpreendi totalmente com aquela pergunta, depois de tudo que falamos um pro outro e de termos acabado de nos amar. 
-Como é que é?
-É, porque você me fez sair do restaurante sem comer nada, por tanto, estou com fome. - Ele falava como se aquilo fosse óbvio. 
-Não tô ouvindo isso. - Comecei a rir. 
-Do que você esta rindo? 
-De você, consegue transformar tudo em brincadeira. - O olhei e fiz um carinho em seu rosto. 
-Já você, leva tudo muito a sério. - Ele beijou minha mão.
-Como ficamos a partir de agora? - Perguntei mudando totalmente de assunto, voltando para a seriedade. 
-Não falei? Sempre falando de assuntos sérios. - Ele continuou a brincar.
-Então o papinho mole foi só pra me trazer pra cama mais uma vez. - levantei com uma ponta de raiva me corroendo por dentro.
-Ei, ei, calma. Brincadeira muié! - Ele levantou atrás de mim e me segurou pelo braço - Agora ficamos juntos ué. 

O olhei nos olhos buscando verdade no que ele dizia, em fim encontrei:
-Eu não brinco com assuntos sérios Luan e meu coração pra mim é algo bem sério. - falei tentando intimidá-lo. 
-Eu percebi coisa linda - selinho - Estamos juntos, juntos de verdade, pra valer. Tranquila agora? 
-Talvez. 
-ótimo, e agora? Vai me conseguir algo pra comer? - Ele falou de um jeito lindo e eu me desfiz, em fim, sorrindo dele. 
-Uma pizza seria uma boa pedida, o que acha? - Sugeri, tudo que eu menos queria naquele momento era cozinhar. 
-Perfeito. 

Assim pedi a pizza e enquanto esperávamos conversamos pouco, nos beijamos muito. E agora eu estava mais tranquila, porque sabia que aquilo tudo não era fruto da minha imaginação fantasiosa, mas sim, verdade. E agora, eu e Luan estávamos juntos, independente do que viria pela frente e mal sabia eu que não era coisa boa. 

Enquanto isso, perto dali, Diogo e Erica estavam juntos mais uma vez e Erica tinha acabado de lhe contar sobre as coisas que tinha me falado na noite da festa para fazer minha cabeça de deixar Luan:
-Então, joguei a verde e colhi a madura porque como você me disse que ela é romantiquinha e ingênua, deve ter acreditado em tudo que eu disse e terminado com o Luan. - Erica sorria satisfeita.
-É, talvez. Mas só pra ter certeza, agora quando eu sair daqui, vou passar lá no prédio dela e perguntar ao porteiro que é muito meu amigo se o cantorzinho anda passando por lá. - Diogo falava. 
-Perfeito, assim sabemos se deu mesmo certo ou não. 

E naquele instante, se despediram com beijos e depois Diogo seguiu rumo ao meu prédio. Chegou juntamente com o cara da pizza que já estava pronto pra me interfonar pra buscar, mas Diogo foi mais rápido:
-Essa pizza é pra Nicolle? Deixa que eu pago e vou entregar pra ela. 
E antes que Alvaro, o porteiro, pudesse dizer alguma coisa, Diogo pagou ao entregador e pegou a caixa. Depois saiu caminhando sem dar moral pra nada:
-Diogo, espera, você não pode subir! - Alvaro gritava.
-Relaxa que eu me resolvo com a Nic, não vai pegar nada pra você Alvaro.
-Mas ela esta acompanhada! 
Quando Alvaro disse isso já era tarde demais, Diogo não podia mais ouvi-lo e já estava a caminho do meu apartamento.

[Continua]

Gente, seguinte...

Estou com uns problemas e prefiro não falar aqui do que se tratam, em fim, por isso, hoje o capítulo foi pequenino e sem gracinha.

Mas vou resolver tudo, prometo, e aí, volto a ser o que era antes ok?

Só peço um pouquinho de paciência, só um pouquinho ta?

E por favor, não me deixem agora, preciso MUITO de vocês comigo, de verdade!

Paula Vieira, seja bem vinda e obrigada pelas palavras, fico feliz que esta gostando da história e de mim haha' Conhece as outras histórias? segureaminhamaols.blogspot.com.br 

teamareimilvidasls.blogspot.com

Espero que continue sempre por aqui, beijãão! 

Gatinhas minhas, vamos se identificar nos comentários? Colocando o seu nome, o user do Twitter, ou até um apelido, sei lá. Mas se vocês escrevem em Anônimo e não assinam, não tem como eu responder pra vocês aqui. Ficamos combinadas assim? Obrigada desde já.

Quero dizer também que todas as sugestões dadas nos comentários de ontem por anônimos vão ser aplicadas na medida do possível, vou tentar ser mais "concisa", já reclamaram disso na web passada, que eu detalho demais as coisas, é que sei lá, é meu jeito. kkkkk Vou melhorar, prometo. 

E quanto aos capítulos de "ação" e pá, como falaram, peço calma, ainda estamos aquecendo as turbinas. haha' Comparar com a fic passada é inevitável, eu faço isso também, mas cada caso é um caso. Confiam em mim? 

Desculpem qualquer coisa.

Beijokas

Mayara

@FCAsCoelinhasLS