Capítulo 8

O capítulo de hoje vai pra minha nega linda @DomingosKarol que tá comigo aqui já faz um booom tempo né? haha' Espero que goste amor, beijuu ;) 

[...] 

Enquanto eu me martirizava com meus pensamentos sobre Luan, ele por sua vez estava chegando em uma nova cidade, para um novo show e enquanto ia na vã com sua equipe, olhava distraído pela janela, quando uma coisa lhe chamou atenção. Uma moça de longos cabelos pretos presos num rabo de cavalo, corria com seus fones de ouvido completamente desligada do mundo a sua volta e por um momento ele achou que fosse eu, apertou os olhos e se aproximou mais da janela:

-É a Nicolle cara! - Falou e Rober que estava sentado ao seu lado, ouviu e olhou também.

-E o que a Nicolle estaria fazendo em Uberlândia, Minas Gerais Luan? - Rober lhe atirou um balde de água fria.

-Ah, nos estamos em Minas... - Ele suspirou ainda olhando a moça que agora tirou os fones e olhou para os lados pra atravessar a rua.

-É, o que deu em você em? Falou nessa menina todos esses dias. 

-Eu não sei, não paro de pensar nela, lembrar dela, estou sentindo falta. - Luan falou cabisbaixo.

-Você viu a mulher uma vez na sua vida e tá assim? - Rober o olhou - ta de zoeira com a minha cara né? 

-Não, é sério... Ela, mexeu comigo de alguma forma. 

-Mexeu? Que papo é esse? Ta falando como se estivesse apaixonado. 

-É estranho, eu sei. Mas é verdade! - Luan tentava fazê-lo entender o que nem ele entendia. 

-Ah ta, foi amor a primeira vista. Cê sabe que eu não acredito nisso né? - Rober ria. 

-Tô falando sério cara, pô, queria ver ela de novo, mas perdi o contato. 

-Você quer pegar ela de novo, porque alguma coisa de muito boa ela tem que ter, só isso. 

-Não dá pra conversar com você! - Luan voltou-se pra janela de novo.

-Cê quer me dizer o que? Que está apaixonado pela garota que só viu um dia em sua vida?

-E se eu estivesse? Isso pode acontecer não pode? 

-Não acredito que tô ouvindo isso!  Rober continuava rindo.

-Só quero... ver ela de novo. - Luan se encolheu. 

-Ótimo, quando formos pra São Paulo, daremos um jeito de vocês se verem de novo se é isso que tanto quer, mas vai ver que depois de mais algumas noites esse encanto vai passar, foi assim com a Erica né? - Rober lembrava.

Luan não respondeu. Mas com certeza sabia que o que existiu entre ele e Erica era totalmente diferente do que existiu entre nós. Ele não sabia o que se passava em seu peito, mas queria me encontrar de novo e isso já estava mais que provado. 

...

Sábado, fazia exatamente uma semana que Luan tinha me salvado daquele assalto, que nos encontramos na academia, que fui ao seu show, que passamos a noite juntos e que ele não me procurou mais. Aqueles pensamentos tinham me atormentado por toda a semana e nem que eu me esforçasse eles não saiam da minha mente um só segundo do dia, e isso estava me deixando com raiva de mim mesma.

Era tarde e eu estava no supermercado com Ju, fazendo algumas compras pra casa enquanto conversávamos:

-E Luan? Nem sinal? – Ela perguntou enquanto abria um saco de batatinhas ali mesmo.

-Não quero falar disso! – Respondi mal humorada empurrando meu carrinho.

-Sabe amiga, quando eu te incentivei a ir no show, ficar com ele, foi sabendo que seria apenas uma noite de diversão e que não ia dar em nada. Mas da forma que tudo aconteceu, de tudo que você me contou, por um momento eu achei que pudesse rolar um algo mais. Só que não foi assim, então vamos voltar ao plano A ok? Só uma noite, nada mais.

-Eu queria poder pensar assim Juliana, só que meu corpo não me obedece. É estranho, pensei nele todos os dias dessa semana, é como se... como se... – Eu não sabia explicar, coloquei mais coisas no carrinho com raiva.

-Como se estivesse apaixonada? – Ela arregalou os olhos – Não tem como se apaixonar por um cara em um fim de semana Nicolle!

-É, não tem.

-Mas se tratando de você...

-Eu não estou apaixonada por ele! Só não consigo explicar o que é...

-Aham, sei. Ele é o príncipe que você sempre sonhou, lindo, gentil, simpático, te salvou do perigo, te deu uma noite maravilhosa, é isso não é?

-Talvez, não sei, não quero falar mais sobre isso Juliana, da pra ser? – Parei e a encarei.

-Ta bom, ta bom!

E assim consegui terminar as compras vendo Ju flertar com o empacotador. Depois disso, voltamos pra casa.

Naquela noite meu chefe me ligou pra cobrir uma reportagem de sobre um marido bêbado que tinha batido em sua mulher, e depois que voltei pra casa já de madrugada, tentei dormir, e depois de muito me revirar, finalmente consegui.

“O por do sol se aproximava quando Bianca chegou a casa de Cecília lhe convidando pra tomar um sorvete como foi combinado. E assim, saíram as duas com a promessa de voltarem antes do anoitecer. Quando chegaram a praça, Bianca foi para a sorveteria e Cecília foi a procura de Lorenzo:

-Isso é loucura! – Repetia baixinho pra si mesma enquanto sentia borboletas no estômago.

Até que finalmente encontrou o aviador, com os cabelos perfeitamente penteados de lado e roupas em tons claros, lindo. Estava sentado em um banco por trás de um arbusto em uma das extremidades da praça, encarando o chão, esperava por ela:

-Olá... – Cecília falou nervosa ao se aproximar.

-Você veio! – Lorenzo abriu um enorme sorriso e beijou a mão dela.

-Dê graças a minha amiga Bianca, ela que me convenceu a vir.

-Ah não diga isso, achei que tivesse vindo por mim. – Ele brincou e ela avermelhou as bochechas. – Sente-se. – Ele indicou o banco.

-Então você vai mesmo ficar na cidade? – Ela perguntou tentando disfarçar a timidez.

-Encontrei um belo motivo pra ficar. – Ele a fitou por um tempo.

-E qual seria esse motivo? – Ela queria ouvir com todas as letras.

-Você. – Ele se aproximou e ela recuou encarando o chão.

-Assim como outras também foram motivos pra você ficar em outras cidades? – Ela rebateu e ele sorriu.

-Mulheres nunca me fizeram fincar raízes em lugar nenhum, até porque eu gosto de voar e você sabe. Mas agora é diferente...

-Estaria mesmo disposto a fincar raízes aqui? – Ela finalmente o olhou.

-Se minhas raízes se entrelaçassem com as suas... – Ele se aproximou mais uma vez e ela que já estava na beirada do banco não tinha mais pra onde fugir.

-Palavras muito bonitas Lorenzo, mas eu não me convenço tão fácil. – Ela levantou-se.

-Deixe- me adivinhar então... Você quer provas de que estou sendo sincero? – Ele a observou agora de pé, linda como uma flor.

-Eu disse isso? – Ela o olhou por cima do ombro.

-Seus olhos dizem isso. – Ele levantou e se aproximou dela tocando sua mão novamente.

-Eu tenho que ir. – Ela o encarou – Prometi ao meu pai que voltaria antes do anoitecer.

-Quando poderei te ver de novo?

-Eu não sei...

-Amanha, na plantação de girassóis nos extremos da cidade, uma hora mais cedo do que hoje. 

-Eu não posso! - Ela murmurou mesmo querendo fazer aquilo.

-Vou te esperar Cecília. 

E mais uma vez ele saiu sem dar chance de ela dizer nada. Enquanto ela o olhava ir embora, sentindo um turbilhão de sensações misturadas dentro de si, nunca tinha se sentido de tal forma, mas estava gostando e sim, ia se encontrar com ele na plantação de girassóis no dia seguinte."

Acordei assustada, era a terceira vez que eu sonhava com aquelas pessoas, aquela história. Como podia ser possível aquilo? Levantei e fui tomar um copo d'água, mas resolvi esquecer aquilo tudo, até porque eu tinha outras coisas com que me preocupar. Meu menor problema agora eram sonhos seguidos que não mudariam em nada a minha vida. 

No dia seguinte, mesmo sendo domingo, trabalhei. Tudo que eu menos queria era ficar em casa pensando besteira o dia todo e também pra aumentar o orçamento no fim do mês e quem sabe conseguir fazer umas comprinhas. Mas naquela noite não tive mais sonhos iguais aos de antes e na segunda, fui trabalhar normalmente de novo. Mal sabia eu o que estava acontecendo ali bem perto. 

[Continua]

Hum, não tenho o que falar hoje...

kkkk'

Só, aguardem!

Beijos

Mayara

@FCAsCoelinhasLS