Capítulo 62

[...]

O resto dos dias daquela semana se passaram rápido e logo o tão esperado sábado chegou. Mas, enquanto isso, Erica já tinha conquistado totalmente o coração de Valter, meu chefe. Eles saíram todos os dias daquele resto de semana, e ela estava conseguindo chegar onde queria, mas tinha que esperar o momento certo para dar o bote. 

Por outro lado, pela manha eu ia em direção ao aeroporto, partiria para Minas Gerais ao encontro de Luan que tinha show em uma cidade de lá naquele sábado e no dia seguinte, voltaríamos para ir a casa de meus pais. 

Cheguei lá a tempo de almoçarmos juntos e no restaurante, algumas fãs nos abordaram pedindo fotos, comigo inclusive. Então posei com elas e depois voltamos para o quarto do hotel. Enquanto isso eu pensava em como toda a poeira da notícia do nosso namoro já tinha baixado. Algumas fãs ainda me xingavam, mandavam coisas horríveis nas minhas redes sociais mais eu guardava aquilo pra mim, não queria que Luan ficasse chateado com isso, em compensação, outras era super amáveis, me elogiavam e tudo. 

Em fim, chegamos ao quarto e nos beijamos sem nenhum pudor, matando a velha saudade guardada:
-Acordei mais cedo hoje só pra te esperar. - Ele falou sorrindo.
-É o mínimo né? - Brinquei - Como se comportou sem mim? 
-Muito bem, eu sou um menino comportado. E você? 
-Sou um exemplo de comportamento, você sabe. - Me joguei na cama, estava um pouco cansada da viagem. 
-Como está nossa Penélope? - Ele deitou-se ao meu lado, entrelaçando os dedos nos meus.
-Muito bem, crescendo. Deixei com a Ju, espero que ela sobreviva até eu voltar. - Sorri.
-Ainda acho que devia ter trazido ela, tadinha. 
-Hoje ia ficar tudo bem, mas e amanha? Minha mãe detesta cachorros, esqueceu? 
-Ah é, estou com saudade dela. 
-E de mim, não estava com saudade? - Subi em cima dele num movimento rápido, ele sorriu iluminando meu dia, minha vida. 
-Quem é você? A Nicolle selvagem e fatal? Ou a menina meiga? - Ele brincou, sorrimos juntos. 
-Você que escolhe. - Sussurrei sensual em seu ouvido e mordisquei sua orelha, senti que se arrepiou.
Sem esperar mais ele me beijou com sede, então deduzi quem ele queria naquele momento. 

O beijei mais uma vez, ferozmente e ele correspondeu na mesma intensidade, então tratei logo de arrancar sua camisa. Ainda sentada sobre ele, fiz com que erguesse suas mãos acima da cabeça e o olhei nos olhos: 
-Vamos brincar Luan Santana? - Sorri maliciosa e ele me acompanhou - Não pode me tocar usando as mãos, tem que manter elas paradinhas, se não vou te castigar! - Enquanto falava isso, tirei a blusa e a bermuda que eu vestia.
-Não vou conseguir. - Ele me olhou por completo.
-Vai ter que conseguir, vai ver como vai ser divertido. - Em segundos tirei sua calça enquanto ele permanecia com as mãos imóveis. 

Voltei pra cima dele e o beijei na boca mais uma vez, senti ele mexer o braço de leve, mas logo parou. O olhei nos olhos e sorri vendo sua expressão, depois mordi seu pescoço, seu queixo, descendo com beijos e mais mordidas pelo peito e barriga. Vi que ele agarrou o colchão, se controlando para não me tocar e continuar com a brincadeira. Deslizei meu corpo sobre o seu, sempre olhando em seus olhos,  voltei a boca de novo e mordi seu lábio devagar, depois fui ao seu ouvido:
-Viu, não é tão difícil quanto parece... - Ouvi ele arfar. 
-Queria ver se estivesse no meu lugar. - Sua respiração estava entrecortada. 
-Qualquer dia invertemos as posições, mas hoje, você é meu. 

E depois de mais alguns minutos daquela brincadeira extremamente exstante, Luan não resistiu e usou as mãos, vindo como um leão pra cima de mim, então me deixei levar, me entregando mais uma vez, saciando e sendo saciada, de uma maneira só nossa, sempre fora do comum, cada vez melhor. Nada me fazia mais realizada do que ver o desejo e o prazer nos olhos dele, a fome que tinha de mim, a chama que se acendia com apenas um toque. Sempre mágico, sempre perfeito, sempre o melhor, assim era o nosso amor. 

-Esse negócio de não poder usar as mãos foi golpe baixo. - Ele falava ainda ofegante, agora deitado ao meu lado enquanto eu percorria os dedos sobre seu peito suado.
-Você não sabe brincar, eu podia te castigar agora. - Falei fazendo o desenho de sua tatuagem.
-E como seria esse castigo? - Ele me encarou - Trouxe um chicote na bolsa? - Rimos juntos.
-Tô cansada demais para mostrar. 
-Você é incrível sabia? Impossível enjoar de você, da gente junto. - Ele segurou minha mão, olhando pra ela.
-Bom saber disso, daqui a alguns anos você vai mudar de opinião. - Falei enquanto ele beijava minha mão.
-Boba. Eu te amo, e isso é pra sempre. 
-Também te amo, pra sempre. 
Nos beijamos de novo, só que agora com ternura, carinho. Depois, o cansaço finalmente nos venceu e cochilamos juntos. 

Não tinha sensação melhor do que acordar e encontrar aquele rosto de anjo próximo ao meu, em seguida, o sorriso que mais parecia o sol de tão iluminado, e os olhinhos de menino, sempre dizendo tantas coisas:
-Me olhando dormir? Que clichê. - Brinquei sem me mover muito. 
-O amor é clichê, você não acha? - Selinho.
-Não, você é sempre clichê, mas eu gosto. - Acariciei seu rosto.
-Já é noite sabia? 
-Mentira! - Sentei com o susto - Não acredito que dormimos a tarde toda. 
-Quase isso. Mas ainda temos um tempinho antes do show. 
-Ah é, nem me lembrava do show. Você me faz esquecer até meu nome! - Me deitei de volta, agora mais perto dele. 
-Isso é bom? - Ele sorriu.
-Eu gosto. Quanto estou com você não tenho problemas, deveres, preocupações, defeitos, nada. Somos apenas você, eu e todo esse amor. - Selinho.
-Agora é você quem está sendo Clichê. - Risos.
-O amor é clichê. - Repeti a frase dele. 
-Eu te amo tanto, nem imagina o quanto... - Ele me olhou nos olhos, passando o indicador em meus lábios.
-Tenho certeza de que não mais do que eu. 
Nos beijamos por um longo tempo, e depois daquele beijo vieram outros, e mais conversa, mais declarações de amor, até chegar a hora de nos arrumarmos para o show. 

Depois de prontos, jantamos primeiro, depois seguimos para o local do evento. Nada de diferente aconteceu naquela noite a não ser um pessoal da imprensa que pediu para nos fotografar juntos e nada mais. O show foi perfeito, tudo correu normalmente e no final, Luan voltou para o camarim, pra falar com as ultimas pessoas antes de irmos embora.

Eu estava num canto conversando com a assessora dele quando em determinado momento a moça, intitulada "Rainha" da festa - vestida apenas com um sutiã cheio de brilhos, micro short, botas e chapéu - entrou no camarim para falar com Luan. Se cumprimentaram e em seguida ela pediu um autógrafo:
-Claro, cê tem um papel ai? - Luan respondeu.
-Não quero no papel, quero aqui. - Ela apontou o seio farto quase pulando pra fora e criando vida própria. 
Luan olhou pra ela, maneou a cabeça para o lado, me olhou rapidamente e sorriu sem graça:
-Não moça, ai não tem jeito não, cê sabe que eu sou um cara comprometido.
-Ah, não faz mal, é só um autógrafo inocente. - A loira sorria convidativa pra ele.
-Aqui na barriga então, pode ser? 

Antes dela responder Luan deixou sua assinatura rapidamente ali na barriga sarada da moça. Enquanto isso, minha visão ficou vermelha do nada, eu já conhecia aquela sensação - Ciúme - Puro e simples. Situações como aquela podiam acontecer todas as noites, e qual era a reação dele quando eu não estava ali? - "Pra Nicolle, para com isso! Ele te ama, isso é da profissão" - Eu tentava me controlar, mas era inevitável, aquela era eu, ciumenta.

[Continua]

Como prometido, mais um capitulo pra vocês.

Pequenino talvez, mas o que vale é a intensão né?

haha'

Erica tá seguindo com seu plano,

aguardem o que ela vai aprontar nos próximos capítulos.

Nossa casal está junto de novo,

e depois de muuuito amor, 

vem o tal do Ciúme. 

Diogo não mentiu em relação ao ciúme de Nicolle,

Será quem vem briga por ai?
~~aguardem~~

Beeeiijuuuus
Mayara
@FCAsCoelinhasLS