Capítulo 75

[...]

Assim que cheguei em casa, recebi um telefonema de minha mãe dizendo que eles chegariam em instantes. - Não mencionei antes mas tive que passar a semana choramingando para que meu pai viesse a festa, por fim ele aceitou - Então, comecei os trabalhos pelos cabelos, iria fazer cachos neles naquela noite, para diferenciar. Quando estava quase finalizando, meus pais chegaram:
-Ah filha, Feliz Aniversário, tudo de bom pra você, muita saúde, paz, felicidade... - Minha mãe me abraçou forte. 
-Obrigada mãe. - Correspondi o abraço.
-Parabéns filha, só você para me fazer pegar a estrada a essa hora e vir até aqui. - Meu pai brincou do jeitão dele. 
-Awn pai, obrigada por ter vindo, é muito importante pra mim.
-Eu também contribuí para que ele viesse ok? - Antonela saltou - Afinal, não poderia perder isso. - Nos abraçamos forte.
-Claro que não, você é peça fundamental. - Brinquei.

E depois de matar um pouquinho a saudade e abrir meus presentes já de cara. Ju chegou lá em casa com a afobação de sempre, conversou com todos e me deu meu presente também, ela me deu uma bolsa em estilo retrô, totalmente a minha cara. Amei. 

Logo depois disso, ela voltou pra sua casa, disse que ia se arrumar e que nos encontraríamos na casa de Luan. Então, deixei meus pais e Antonela lá e me tranquei no quarto para continuar a transformação e só saí depois de pronta: Eu vestia um conjunto preto com detalhes dourados, de saia justa ao corpo e blusa também justa, mostrando um pedaço da barriga, o que fez meu pai torcer o nariz e Antonela vibrar. Nos pés, uma sandália dourada. Já na maquiagem, olhos e boca marcados. 
-Uau, nem parece a minha irmã. - Antonela falou, fiz careta para ela.
Nesse mesmo instante a campainha tocou, era Luan que não sei porque foi pontual bem naquela noite. Abri a porta pra ele que me olhou por completo e sorriu, depois me beijou com cuidado:
-Você está mais que linda. - Falou baixinho.
-Tudo pra você. - Respondi sorrindo. 
Depois disso ele cumprimentou minha família - Antonela quase pulou no pescoço dele - e finalmente seguimos. Nos dois na frente e meus pais seguindo, e no caminho, conversávamos, até que finalmente chegamos. 

Na porta, a família de Luan veio nos receber com toda simpatia do mundo, me parabenizaram e fizemos as apresentações das duas famílias ali mesmo. Minha mãe já começou a tagarelar com a de Luan e meu pai ficou mais na dele, conversando com meu sogro, Já Antonela estava deslumbrada com tudo e com todos, assim como eu. 

Pra quem tinha dito que era apenas uma comemoraçãozinha, a casa estava um deslumbre, cheia de luzes, alguns balões, mesas, garçons e musica. Sem falar na quantidade de pessoas que vieram falar conosco, e a frase que eu mais tinha ouvido falar desde a hora em que chegamos foi "Que incrível, vocês fazem aniversário no mesmo dia!" Mas estava tudo mais que perfeito, eu estava gostando de verdade e Luan também. 

De repente, Juliana chegou, balançando seus cabelos loiros chamou atenção. Ao lado dela, Athos, também impecavelmente arrumado, então vieram até nós:
-Amiga, isso aqui está ma-ra-vi-lho-so! - Ela falou pausadamente - Luan! Parabéns! - E assim ela o abraçou forte, ele sorriu.
-Oi Ju, quanto tempo em! 
-É, bastante, mas acho que ainda somos amigos certo? - Ela colocou as mãos na cintura.
-Claro, sempre. - Ele respondeu animado.
-Aqui está o seu presente. - Ela entregou uma caixa média a ele.
-Ah não precisava, obrigada viu, vou abir com carinho depois. - Se abraçaram novamente. 
-Olha Luan, esse é o irmão da Ju, Athos, meu convidado. - Apresentei. 
-E aí cara, fica a vontade viu. - Se cumprimentaram formalmente. 
-Ah, com certeza eu vou ficar a vontade. - Ju sorriu mordendo o lábio e olhando em volta. 

Depois disso, posamos para várias fotos, conversamos com mais pessoas e num breve momento em que ficamos sozinhos, Luan me abraçou pela cintura e perguntou:
-Está gostando? 
-Tudo perfeito. Acho que nunca tive um aniversário assim. - Falei olhando em volta.
-Que bom. - Selinho.
-Ainda não dei seus parabéns... - Falei o encarando.
-Eu também não dei os seus, faremos isso mais tarde ok? Só eu e você. - Sorrimos um para o outro, mas logo chegou mais um amigo de Luan e fomos falar com ele. 

Depois que todo mundo tinha chegado e as "turbinas" já estavam devidamente ligadas, a música rolava solta, comida e bebida a vontade, dei uma olhada em volta. Meus pais estavam completamente entretidos com os pais de Luan, Antonela nem sinal, Ju conversava animadamente com o cantor Lucas Lucco, Athos na mesma empolgação com a irmã de Luan e eu, já estava totalmente familiarizada com toda a "galera" do meio musical.

Claro que para mim ainda parecia totalmente estranho estar no meio de todos aqueles famosos, mas agora menos. Estava me acostumando aquela loucura toda que era a vida de Luan e não queria sair dela nunca mais. 

Logo chegou a hora do "Parabéns", onde trouxeram um bolo de 3 camadas, metade era preto, metade rosa, e no centro, um coração com nossos nomes escritos e velas com o número 23, um verdadeira mimo. Assim, ficamos no centro, por trás do bolo e todos começaram a  cantar e bater palmas, no fim, apagamos juntos a vela e nos beijamos para selar aquele momento enquanto todos gritavam e aplaudiam:
-Que pedido você fez?  - Ele perguntou sorrindo. 
-Pedi você, para sempre. - Falei junto a ele - E o seu?
- A mesma coisa. 
Então nos beijamos novamente e depois, cortamos o bolo. 

Após esse momento simbólico a festa continuou a todo vapor, e chegou a hora de Luan dar seu show junto com seus amigos. Eles subiram no pequeno palco montado em um canto do jardim e brilharam, enquanto isso Ju assistia a tudo do meu lado:
-Ah o Lucas é perfeito não é amiga, ai estou apaixonada. - Ela falava enquanto bebia. 
-Bem bonito mesmo, já ouvi Luan falar dele. - Falei querendo prestar atenção na musica. 
-E olha lá o Athos, se arranjou com a irmã gata do Luan, ele não é bobo. - Rimos juntas.
-Ela é linda, simpática e tem quase a mesma idade que ele, feitos um para o outro. - Comentei.
-E você estrela da noite, como está se sentindo? - Ela me cutucou.
-Não tenho nem palavras pra expressar o tamanho da minha felicidade amiga, ta tudo perfeito, as pessoas me adoram, eu e Luan estamos em plena sintonia... - Falei como uma boba. 
-Então vamos brindar esse momento maravilhoso em nossas vidas. 

E assim, erguemos as taças e brindamos. Se não me engano aquela era a segunda taça de bebida que eu bebia na noite, não queria me embriagar e perder os bons momentos, fora que trabalharia no dia seguinte, depois do meio dia - graças ao meu chefe maravilhoso - mas trabalharia, então tinha que me controlar.

-Atenção aqui um minutinho gente! - Luan chamou a atenção de todos que silenciaram para prestar atenção - Bom, eu queria falar umas coisinhas aqui e...
-Discurso não Luan! - Alguém interrompeu gritando e todos caíram na risada.
-Ô, me deixa falar aqui, prometo que não é discurso. Eu só queria agradecer, de coração a presença de cada um de vocês aqui nessa noite tão especial, pra mim e pra minha Nicolle que ta ali. - Ele apontou e todos me olharam, sorri envergonhada - E aí todo mundo pergunta, nossa vocês fazem mesmo aniversário no mesmo dia? Sim, é verdade, mas não é só isso, a gente nasceu no mesmo dia, 13 de março de 1991, quase na mesma hora também, e eu e ela costumamos falar que isso não foi por coincidência, e sim porque a gente nasceu um para o outro, tinha que ser assim. Então, eu queria dizer que estou muito feliz, não só por estar aqui hoje com meus melhores amigos, mas por ter ao meu lado essa mulher tão incrível e maravilhosa. Te amo Nicolle, parabéns, que a gente passe muitos outros aniversários juntos e essa aqui é pra você. 

Todos aplaudiram e ele começou a cantar olhando fixamente para mim enquanto eu segurava as lágrimas nos olhos e sorria para ele, só pra ele. O mais perfeito dos homens, o meu Luan, sempre se superando. 

Terminado o "Showzinho", todos foram para a pista improvisada ali no jardim e a música eletrônica tomou conta do ambiente. Mas ele veio até mim, me abraçou forte e me beijou com ternura:
-Obrigada pelas palavras, eu te amo muito e também quero passar muitos aniversários ao seu lado. - Falei o olhando nos olhos. 
-Então é só você querer, porque se depender de mim, vamos passar todos juntos. 
-Eu não mereço você. 
-Nunca mais diga isso, você é perfeita pra mim. Nascemos um para o outro lembra? - Ele falou sério.
-É, nascemos um para o outro. - Sorri e o beijei.

Mas nosso beijo foi interrompido por meus pais que vieram se despedir, já estavam indo embora pois meu pai trabalharia no dia seguinte e ainda tinha muita estrada pela frente, insisti para que eles ficassem, a mesma coisa a mãe de Luan fez, mas não teve jeito, então os abracei forte, agradeci e eles se foram. 

Já era inicio de madrugada, quando precisei ir ao banheiro e Luan foi para sua roda de amigos. Enquanto atravessava o jardim avistei Ju e Lucas aos beijos num canto escuro, - pelo menos eu acho que eram eles - e em outro ponto, Athos e Bruna ainda estavam só na conversa. Entrei, fiz o que tinha que fazer e me ajeitei um pouco no espelho, depois encontrei dona Marizete e troquei algumas palavras com ela, mas quando cheguei de volta no jardim, vi Luan com o braço no pescoço de uma mulher loira, riam e conversavam bem próximos - Próximos demais - Ela segurava uma garrafa de bebida e gargalhava escandalosamente enquanto ele se mantinha "abraçado" nela, por fim, a moça segurou seu rosto como se fosse beijá-lo, e quando vi, eu já estava do lado deles, os olhando como uma assassina furiosa, doida para sangrar o pescoço de alguém ali mesmo. 

Que tipo de cena era aquela? O que pensar do que eu tinha acabado de ver? Nada. Porque quando o ciúme tomava conta de mim, eu não conseguia pensar, apenas agir no impulso do momento e naquela noite não seria diferente. Então, esqueci totalmente todas as declarações de amor que ele fez a mim naquela noite, tudo e apagou e eu só conseguia ver ele a aquela mulher, nada mais. 

A moça soltou o rosto de Luan da mesma forma que ele tirou o braço do pescoço dela. Continuei os olhando enquanto meu sangue borbulhava tanto quanto água fervente, então ela deu um passo a frente e disse:
-Oi, Parabéns viu, muito legal essa coisa de vocês fazerem aniversário no mesmo dia. 
-Obrigada. - Não esbocei expressão - Luan, podemos conversar um minuto? 
-Claro, da licença Mari, depois a gente se fala. - Ele agia naturalmente e isso só fez minha raiva aumentar. 

Depois de alguns passos ele disse:
-Pronto, pode falar.
-No seu quarto, por favor. - pedi sem olhá-lo.
-Porque? É coisa séria, sua cara não está boa e... - Não respondi, apenas caminhei e ele me seguiu.

Quando chegamos ao quarto, o ar de Luan já era de preocupação, enquanto eu, estava completamente tomada pelo ciúmes:
-Nic o que... - Ele tentou falar mais eu interrompi.
-Luan, que tipo de cena foi aquela que eu acabei de ver? - Perguntei de cara.
-Como assim? Que cena? 
-Ah não se faça de idiota Luan, você de agarramento com aquela mulher, o que foi aquilo? - Fiz gestos com as mãos, já estava pra lá de nervosa. 
-Que mulher? A Mari? Ela é minha amiga Nicolle. - Ele explicou.
-Ah vi bem, você é um cara cheio de amigas né Luan? Umas te ligam de madrugada, outras quase te beijam, super natural isso! 
-Ela bebeu um pouco, foi só isso... 
-Não Luan, não foi só isso, mais que droga, justo hoje, no nosso aniversário? - Dei dois passos e fiquei mais perto dele. 
-A gente já conversou sobre isso amor, para com esse ciúme bobo. - Ele continuava paciente. 
-Ciúme bobo Luan? Se poe no meu lugar, não acha que já aguentei demais não? - Eu estava completamente nervosa, fora de mim. 
-O que quer dizer com isso? - Ele me olhou atento.
-Quero dizer que você não faz o mínimo esforço para que isso não aconteça, você gosta disso tudo não é? Mas eu não gosto! - botei pra fora o que estava guardando. 
-Quantas vezes eu tenho que te dizer que te amo? Que sou fiel a você? Porque você nunca acredita em mim? - Ele começou a ficar nervoso também.
-Porque você nunca me dá motivos para acreditar! - Falei alto. 

Silenciamos, ele parecia chocado com aquela ultima frase dita ali. Nossa primeira briga de verdade estava acontecendo:
-Esse ciúme não é normal Nicolle, já parou pra pensar que você implica com tudo? Com o assédio das mulheres, com quem me liga, com que chega perto de mim! - Ele rebateu. 
-O que não é normal é isso que eu acabei de ver, não acha que me deve o mínimo de respeito? - franzi o cenho, senti vontade de chorar.
-Eu te respeito muito. 
-Não Luan, você não me respeitou nem no dia do meu aniversário. Imagina o que faz no outros dias né? - Sorri irônica, rindo da minha própria desgraça. 
-Porque está comigo se não confia em mim? Se não acredita no que eu falo? - Ele tinha mágoa na voz e no olhar - Você não acreditou em mim a primeira vez Lembra? Mas eu te perdoei, só que agora está fazendo a mesma coisa, está se deixando levar pelo ciúme. 
-É algum crime sentir ciúme? - Falei alto mais uma vez.
-Não, não é, mas desse jeito é loucura Nicolle. - Ele falou mais alto que eu.
-Já me chamou de louca, o que vem agora? 
-Não vou discutir mais com você. - Ele virou-se para sair do quarto.
-Vá, volte pra Lari, Mari, ou seja lá qual for o nome daquela vadia. 

Ao ouvir isso, ele parou, virou-se para mim novamente e disse:
-Você estragou a nossa noite que até então tinha sido tão perfeita, pense nisso.
E depois, finalmente saiu do quarto. Foi quando eu me permiti chorar, mas não de arrependimento e sim de raiva, de ciúme e tudo de ruim. 

[Continua]

Capítulo grandinhoo!

\õ/

A festa esta ótima, linda, perfeita...

Até que Nicolle sentiu ciúmes e dessa vez a coisa foi maior que das outras,

pois gerou até briga. 

Ela teve motivos ou não? 

Como isso vai terminar? 

#Sugestões? 

Aguardo comentários

beijos

Mayara

@FCAsCoelinhasLS