Capítulo 68

[...]

Depois de trabalhar até tarde cheguei em casa quase meia - noite naquele dia, dormi feito uma pedra, e sonhei com Lorenzo e Cecília mais uma vez:

"O médico veio as pressas a casa de Cecília para examiná-la e viu que ela estava bastante agitada, não respirava direito e reclamava de dores fortes na cabeça, mas não quis voltar ao hospital:
-Não vou voltar para o hospital! Não vou! Eu quero o Lorenzo aqui! - Ela gritava e chorava desesperadamente. 
-Calma Cecília, você vai piorar! - O médico tentava acalmá-la.
-Eu quero o Lorenzo aqui comigo, o Lorenzo e ninguém mais! - Ela se debatia.

Então, rapidamente o médico lhe aplicou uma injeção calmante na veia, enquanto ela ainda gritava:
-Eu não quero dormir! Não quero dormir! 
Mas depois de alguns minutos a bela menina amoleceu mais uma vez, viu tudo ficar turvo e o sono lhe puxando cada vez mais e mais até mergulhar no inconsciente. 

Depois de algumas recomendações o médico foi embora, então, seus pais começaram a  discutir o assunto:
-Tem certeza que é melhor pra ela tirar esse rapaz assim, de uma vez? Porque daqui a algumas horas Cecília vai acordar e vai chamar por ele novamente. - Sua mãe falava.
-Eu sei o que é melhor pra minha filha e esse rapaz não é! Será que só eu enxergo as coisas claramente aqui? Ele levou nossa filha escondido, foi por causa dele que ela sofreu o acidente e podia estar sem andar, se falar agora. Por um milagre de Deus ela não teve sequelas e...
-Ele levou Cecília porque ela quis ir! - A mãe de Cecília se exaltou - Você a conhece bem, sabe que ela não iria a lugar nenhum contra a vontade. Foi uma aventura de jovens que acabou mal Antônio.  
-Você quer que sua filha fique falada na cidade? E se esse Lorenzo não quiser casar com ela? Quem vai querer depois de tudo isso? De saber que eles se encontravam as escondidas pra fazer Deus sabe o que! - O velho continuava irredutível.
-Eu e você sabemos que não vai ser tão fácil assim mantê-los longe um do outro. 
-Pois se depender de mim, eles não se vêem nunca mais! Nunca mais! 

Algumas horas se passaram e Cecília abriu os olhos devagar e se deparou com sua mãe ali ao seu lado, segurando sua mão e sorrindo pra ela:
-Por quanto tempo eu dormi? - Cecí perguntou esfregando os olhos. 
-Algumas horas, como se sente? 
-Mal, mas não por conta do acidente. Estou mal do coração, porque vocês não deixam que Lorenzo venha me ver! - os olhos da menina se encheram de lágrimas. 
-Ah minha filha, você tem que entender que o que fizeram foi errado, saíram escondido. Você caiu de cima de um barranco e bateu a cabeça em uma pedra Cecília, podia ter perdido os movimentos, a fala, a visão, ja pensou? - Sua mãe falava calma. 
-Mas não perdi, estou bem agora! O Lorenzo não teve culpa de nada mãe, eu caí sozinha, eu! - Agora ela chorava.
-Mesmo assim, você e ele passaram por cima das ordens de seu pai...
-Eu o amo mãe... E sei que ele me ama também. Isso não conta? - Cecília suplicou.
-Claro que conta meu amor. - Se abraçaram - Tenha calma, tudo vai se resolver. Mas não enfrente seu pai Cecília, por favor. 
-Você pode me ajudar mãe, pode trazer ele aqui enquanto papai não está em casa! - Se olharam nos olhos - Me ajuda mãe! 
-Calma, se recupere primeiro, descanse, depois pensamos no que fazer. - Ela acariciou os cabelos negros da filha - Agora vou preparar algo para você comer. Ah, Bianca veio aqui mas você estava dormindo, ela disse que volta no inicio da noite. 
E assim, a mãe de Cecília deu um beijo nela e saiu, enquanto lágrimas rolavam no rosto alvo da bela menina. Seus pensamentos estavam nele, a saudade apertava seu peito e mal sabia ela que em algum lugar dali, ele sentia o mesmo.

Sentado na asa de seu avião, Lorenzo olhava descrente o por do sol, o mesmo que tantas vezes admirou junto com Cecília no Campo de Girassóis, enquanto isso, algumas lágrimas escorriam no rosto de anjo do rapaz. Fazia quase um mês que tinha acontecido o maldito acidente e que ele tinha visto sua bela menina pela ultima vez.

De repente, pedro, seu melhor amigo, juntou-se a ele e também encarou o sol que já ia sumindo:
-Sabe Lorenzo, nunca pensei em ver você assim, tão apaixonado, chorando de saudade de uma mulher. - Pedro brincou para animar o amigo. 
-Não vá contar isso pra ninguém. - Lorenzo tentou entrar no clima. 
-Sente muita falta dela não é? - Agora Pedro o olhou, ele por sua vez continuou encarando as montanhas.
-Eu a amo Pedro e nada pelo que já passei nesta vida foi pior do que esse mês longe dela. - Ele confessou.
-Soube que ela já teve alta e está em casa.
-Também soube, Bianca veio me contar. 
-Porque não tiramos ela de lá? Eu posso te ajudar, sabe que pode contar comigo. - Pedro falou animado.
-Cecília ainda está frágil, por pouco não ficou sem andar, sem falar ou com algum dano grave no cérebro e precisa descansar. Não podemos fugir assim, pelo menos não agora. - O aviador enxugou uma lágrima que insistia em cair. 
-O que pretende fazer então? 
-Não sei, tentar não enlouquecer já é um começo. Mas mandei uma carta por Bianca, explicando algumas coisas, vamos ver se ganho uma resposta. 
Pedro não falou mais nada, apenas ficou ali, dando seu apoio ao amigo em silêncio, Lorenzo por sua vez, esperou o sol se por totalmente e depois foi para casa com sua dor.

No inicio da noite, Bianca foi até a casa de Cecília e quando chegou lá, encontrou a menina jogada na cama, olhando para o nada, com o rosto molhado de tanto chorar. Se abraçaram calorosamente e Cecília se lamuriou:
-Ai amiga, meus pais não querem deixar Lorenzo vir me ver, nem hoje nem nunca. Meu pai disse que acabou namoro, acabou tudo... 
-Eu sei, já sei de tudo isso. Estava no dia que seu pai disse essas mesmas palavras ao Lorenzo. - Bianca enxugou o rosto de Cecí.
-E como ele está, tem o visto? Você conversa com ele? Ele ainda me ama? Ainda me quer Bianca? - Cecília parecia desesperada.
-Claro que ama amiga, ele não deixaria de te amar nunca! E a prova disso está aqui, ele mandou esta carta já que não pode vir aqui te ver e disse que está esperando uma resposta. 

Ao ouvir isso os olhinhos de Cecília brilharam e ela pegou a carta nas mãos, sentiu o perfume dele e morreu de saudades:
-Bom, hoje não posso me demorar muito, além disso você tem que descansar e seu pai ainda está furioso porque acobertei sua mentira. Leia a carta com atenção e escreva outra para ele, amanha cedo venho buscar e vou entregá-lo em mãos. Vou ajudar vocês amiga, prometo! - Bianca beijou as mãos de Cecília e ela fez o mesmo.
-Obrigada amiga, Obrigada de verdade! Pode deixar que vou ler e responder sim. 

Então, depois que Bianca saiu dali, Cecília trancou a porta do quarto para não ser incomodada, depois, começou a ler a carta do seu amado..." 

Então, acordei. Mas tentei novamente retomar o sono para saber o que Lorenzo tinha escrito na carta, porém, foi tudo em vão, perdi o sono de vez:
-Droga, o que tem na carta? Vou morrer de curiosidade até o próximo sonho! - Resmunguei enquanto ia até a cozinha beber um copo d'água - Meus Deus, olha o que eu estou dizendo, sou uma maluca, me internem!  

Já que tinha perdido o sono, peguei o notebook para continuar a escrever. Mesmo assim, o ultimo sonho não saia de minha cabeça, o que teria na carta que Lorenzo mandou pra Cecília? De certo, coias lindas e românticas. - "Eu preciso sabeeeeer!" - A curiosidade me mataria até o próximo sonho. Logo Penélope se juntou a mim e ficamos ali, escrevendo até o dia amanhecer. 

Na quarta feira tudo correu normalmente e na quinta, recebo uma ligação de Luan com a seguinte conversa:
-Oi amor! - Ele falou todo animado.
-Oi amor... - Sorri.
-Tenho novidades.
-Diga. - Imaginei o sorriso dele do outro lado da linha.
-Vamos passar dois dias juntos esse fim de semana num lugar super mega ultra especial! 
-Hum, estou gostando dessa conversa. Sábado e domingo? 
-Não, Sexta e sábado. 
-Você só esquece que amanha eu trabalho né? - Sorri dele, sempre distraído.
-Conto com você para inventar uma desculpa convincente para o seu chefe. Te espero no aeroporto as 8:00 em ponto. 
-Luan, eu não posso fazer isso e...
-tem certeza? - Ele falou manhoso - Vai recusar dois dias comigo de puro amor em um lugar incrível? - Quase pude ver seu beicinho. Suspirei.
-Você acha que tudo pode ser do jeito que você quer, na hora que você quer, só porque você faz seus horários Luan Santana? - Fingi falar sério.
-Não, mas quebrar as regras de vez enquanto é bom né? - Ele ria.
-Vou tentar, mas não garanto nada. 
-Ah, você vai conseguir, confio em você, te amo, estou morrendo de saudades, te ligo mais tarde. 
-Também te amo seu inconsequente. - Risos. 

E assim desliguei, agora, teria que pensar em algo para dizer a Valter, mas o que? 

[Continua]

Amoooooorzinhoooos

Sei que ando falhando demais com vocês,

Dicupam eu? Pufavô? 

kkkkk'

Mas é que minha vida tá uma bagunça, meus horários estão loucos, minha cabeça ta louca, minha família ta louca, meu coração ta louco, ta tudo louco! 

Ai não consigo escrever, porque pra mim não adianta nada fazer capítulos ruins porque tô com a cabeça em outro lugar né?

Mas em fim, estou tentando arrumar tudo aos poucos. ;)

Quando a história...

Mais uma parte linda da história de Lorenzo e Cecí,

gostaram? haha'

O que será que tem na carta?

Quanto tempo eles vão ficar separados?

Será que eles vão fugir?

Será que o pai de Cecí vai mudar de ideia? 

Já Luan e Nic...

Será que Nic vai conseguir matar o trabalho para ir com Luan?

O que ela deve dizer ao chefe?

Pra onde ele vai levá-lá? 

Muito romantismo está por vir viu negas, 

mas depois do amor...

~~Aguardem~~

Beijos gostosos pra vocês

Minhas Leitoras sempre fiéis!

Mayara

@FCAsCoelinhasLS