Capítulo 70

"Nós não sabíamos, mas tudo tinha uma explicação, lógica ou não, havia uma explicação, para cada detalhe, cada mania, cada batida. Estava escrito, tinha que acontecer, pertencíamos um ao outro de uma maneira inexplicável e nosso amor seria eterno, seria eterno." 

[...]

Fomos até a parte de fora da pousada e caminhamos um pouco até onde um homem nos esperava com dois cavalos, um preto e um marrom, devidamente selados e preparados para montar:
-Cavalos?! - Perguntei num tom natural.
-É, já montou alguma vez na vida? - Luan perguntou.
-Quando era criança, mas nunca sozinha. 
-Então essa será sua primeira vez. 

Gostei da ideia, então com a ajuda dele consegui montas no cavalo marrom - depois de me certificar ao menos 3 vezes de que ele era manso - e Luan montou no preto, assim, o homem nos deixou e saímos lentamente pelos campos verdes do lugar:
-Como descobriu esse lugar? É a primeira vez que vem aqui? - Comecei com as perguntas.
-Internet, sim, é a primeira vez. - Ele sorriu. 
-É maravilhoso. Sabe jurei que ia me levar para alguma praia, ou algo do tipo. - O olhei enquanto os cavalos caminhavam devagar lado a lado.
-Queria fazer diferente, e sei dos seus problemas com água, embora ainda não tenha desistido de mudar isso. - Ele segurou minha mão - Também não quer dizer que aqui não tem água. 
-Hum, longe dela por enquanto. - Fiz careta e ele riu.
-Boba. 

Ficamos em silêncio alguns instantes, enquanto a brisa leve batia em nossos rostos. Era incrível a imensa paz que aquele lugar transmitia:
-Você está indo bem. - Ele me olhou, se referia a minha montaria.
-Ah, bom saber. - Brinquei.
-Que tal um pouco de moção agora? - Ele sorriu malicioso, entendi o que ele queria. 
-Não faça isso.
-Ah vamos lá amor! 
E ao dizer isso ele fez com que seu cavalo disparasse, correndo como o vento e aquela sensação parecia tão maravilhosa que mesmo com medo eu quis experimentar também, então sem pensar fiz o mesmo. 

O vento sacudia meus cabelos enquanto eu via apenas o vulto de Luan a minha frente, podia ouvir também sua risada, e depois de alguns minutos, ele parou. Diminuí a velocidade  me aproximei, ele olhava admirado, uma queda d'água que existia ali e embaixo dela um rio de correnteza forte.

Engoli seco por um instante, o barulho da água caindo ferozmente me apavorou por um instante, misturada coma  sensação de saber que estávamos em cima de uma espécie de barranco - Exatamente como no sonho com Cecília:
-Olha que lindo isso. -  Ele falou ainda olhando. 
-É, lindo... - Eu mal conseguia falar, um nó se formou em minha garganta, dificultando minha respiração, recuei com o cavalo. 
-Ia te convidar para um banho, mas acho melhor não né? - Ele finalmente me olhou e viu minhas reações.
-Com certeza não, rios me dão um pânico ainda maior, não sei.... água corrente. - Coloquei a mão no pescoço - Esse lugar também me lembrou, o acidente de Cecília. 
-Ah, é verdade, nem tinha me tocado. Vem, vamos sair daqui. 

Então trotamos mais um pouco, até chegar em baixo de uma grande árvore onde descemos e prendemos os cavalos, depois, sentamos ali, ele encostado no tronco e eu dentro de seu abraço, como nos filmes:
-Acho que já vi essa cena algumas vezes, nos cinemas. Um casal apaixonado, encostado numa árvore, fazendo planos para o futuro. - Sorri comentando isto.
-Ah, vai dizer que você nunca quis fazer isso? - Ele me olhou e me beijou na bochecha.
-Talvez. 
-A culpa é minha, eu sou um romântico meloso, as mulheres não gostam disso. 
-As outras mulheres eu não sei, mas eu adoro, de verdade. - O encarei e dei um selinho demorado - Você tem tudo na medida certa, na hora certa, como eu já disse antes, é perfeito.
-Não fala assim que eu acabo acreditando. - Risos.

Depois disso, nos beijamos ouvindo apenas o barulho da natureza, por fim, passei meu nariz no dele em sinal de carinho, sorrimos juntos:
-Você também é perfeita, parece que, esperei por você a vida toda. - Ele fez um carinho no meu rosto - Tão linda, tão minha. 
-Esperamos um pelo outro a vida toda. - Afirmei - Por isso que não deu certo com outras pessoas. 
-Agora sim eu acredito nisso. - Ele abriu um largo sorriso, me apaixonei de novo. 
Nos beijamos novamente, impulsionados por todo aquele amor, todo aquele carinho que transbordava de nossos corações. Sim, se existia mesmo essa coisa de par perfeito, alma gêmea, metade da laranja, eu tinha encontrado, era ele e sempre seria. 

Depois de mais um tempo ali, voltamos para a pousada apostando corrida e ele me deixou ganhar - sem graça! - em fim entramos e na varanda, uma bela mesa de café da manha - apesar de já serem quase 11:00 horas - nos esperava, farta de tudo, mas o que me chamou atenção mesmo, foi o girassol no centro dela:
-Porque você prefere os girassóis? Sei lá, a maioria das mulheres gosta de rosas. - Luan comentou enquanto comia.
-Não sei, só gosto, desde criança. Acho que eu não sou como a  maioria das mulheres. - Me encolhi.
-Não, você é especial, mais que isso. - Ele beijou minha mão delicadamente. 
-Estranha eu diria. - Brinquei.
-Perfeita pra mim e fim de conversa, aliás, tudo que eu menos quero nesse momento é conversar. - Ele levantou-se e me puxou, enlaçando-me pela cintura. 
-É? O que quer então? - O olhei convidativa.
-Você, agora e pra sempre! 

Aquilo bastou para que eu me entregasse mais uma vez, totalmente sua, inteiramente sua, como nunca fui de ninguém. Nos amamos enquanto a luz do dia invadia o quarto, sentindo o cheiro bom do amor e inundamos mais aquele lugar com nosso sentimento. Mais uma vez incrível, mais uma vez perfeito, mas uma vez inexplicável. O encontro de duas almas predestinadas a serem uma, apenas. 

Depois do amor, descanso, sono e bons sonhos. Acordamos por volta de duas da tarde e descemos para almoçar. O frio que antes fazia agora tinha sumido e dado lugar a um sol lindo, perfeito para darmos mais uma caminhada e apreciar o lugar. Depois assistimos juntos ao por do sol, foi quando a mulher que nos recepcionou, seu nome era Sheila, veio nos avisar que a noite seria realizada a "Sexta dançante" no salão da pousada o qual ainda não tínhamos conhecido:
- A presença de vocês é indispensável! - Sheila falou animada. 
-E eu que pensava que esse lugar era só calmaria. - Falei.
-Nada disso, animação é essencial. 
-Eu não sei dançar, você sabe Nic? - Luan perguntou.
-Não. - Talvez eu tenha mentido em partes, mas a timidez não me permitia essas ousadias. 
-Eu disse que quero vocês lá, não disse que precisam dançar. - Sheila argumentou - E outra, depois de alguns drinques, todo mundo sabe tudo meus caros. Até a noite! 

E assim ela desapareceu mais uma vez, fazendo passinhos animados de dança enquanto riamos dela. Aquela seria mais uma aventura que enfrentaríamos, mas tudo indicava que seria divertido. Então a noite, nos arrumamos e fomos ao salão para a tal noite dançante. 

[Continua]

Nhaaaaaac' 

Suas lindas, maravilhosas e Divas!

Viu, nem dói aparecer aqui e me deixar uns comentários. haha'

Entendo as que leem pelo celular e que não tem tempo, afinal, a vida não tá fácil pra ninguém ne minha gente! kkk'

Mas em fim, Obrigada pelos esforço. Obrigada pelas LINDAS que me cobriram de elogios, sobre eu ter um "Dom" e tal, amei de verdade!

E pra "Anônima" que disse que não comenta porque eu não dou bola pra ela nunca: Eu não faço isso, Ruum! Procuro responder a todas, talvez se você deixasse seu nome e tal.... kkk'

Bom, é isso,

Obrigada de novo e continuem assim,

me deixam muito feliz! ;)

Quanto ao capítulo...

Luan e Nic num love eterno,

Mas o que essa noite reserva em?

haha'

Beijos

Mayara

@FCAsCoelinhasLS