Capítulo 77

[...]

Na manha de sexta, acordei bem tarde, mas ainda era manha. Olhei para o lado e vi Luan dormir, de olhinhos fechados, expressão séria, aquela cena devia ser uma das 7 maravilhas do mundo. Só perdia para o sorriso que seria sempre o meu preferido.Fiquei longos minutos admirando e pensando mais uma vez em como alguém podia ser tão perfeito, por fora e por dentro. Se os anjos realmente existissem, eles seriam algo parecido com Luan, com toda a certeza.

Mas o que mais me deixava feliz era o fato de eu estar ali, com ele. Depois daquela noite tão linda onde comemoramos, e nos amamos - Vamos esquecer a briga - Estar ao lado dele parecia algo tão surreal e ao mesmo tempo tão mágico que era difícil de descrever em palavras. Eu eu tive a certeza de que poderia passar uma eternidade ali, apenas olhando e amando aquela criatura tão minha. 

Percorri de leve as pontas dos dedos pelo rosto dele que estranhou e se mexeu, depois dei-lhe um beijo carinhoso e ele finalmente abriu os olhos. Se espreguiçou, esfregou os olhos e se encolheu agarrando as cobertas com movimentos tão perfeitos e graciosos quanto os de um semi-deus:
-Bom Dia! - Falei baixinho e sorri.
-Bom Dia, acordada a muito tempo? - Ele também sorriu, agora sim eu podia morrer feliz. 
-Passei uns dez minutos admirando sua perfeição. 
-Muito bom acordar ouvindo elogios. Também é muito bom acordar e ver seu rosto. - Ele puxou minha mão direita e entrelaçou na dele.
-Então aproveite, só você tem esse privilégio. - pisquei e sorri.
-Ainda bem que sou só eu. - Ele mordeu meu braço. 

Depois disso me puxou para um beijo, depois acarinhei o rosto dele e disse:
-Me desculpa de novo por ontem. 
-Você disse que não vai mais acontecer, acredito em você. - Ele falou sério, me olhando nos olhos e entendi que aquilo tinha sido um indireta. 
-Quando disse que não acreditava em você, foi da boca pra fora. Desculpe por isso também. - Tentei concertar.
-Doeu, mas vou te ensinar uma coisa, preste bastante atenção. - Ele tocou a ponta do meu nariz - As coisas ruins a gente esquece, sabe pra que? Pra dar lugar as lembranças boas. 
-Nossa, vou tatuar isso no meu corpo, pra não esquecer. - brinquei.
-Você podia mesmo fazer uma tatuagem. O que acha do meu nome, bem grande, aqui na testa. - Gargalhei.
-Ah, tava pensando em fazer seu rosto no bumbum, mas a sua ideia também é boa. - Continuei a brincadeira.
-Não, no bumbum não, não vai ficar legal. - Ele falou sério, ri mais ainda. 
-Você já esta tatuado no meu coração e na alma, ninguém vai tirar. - Falei por fim.
-Ninguem vai ver também. - Ele deu de ombros ainda fazendo graça.
-Ah seu idiota. Sai, não quero mais brincar. - Fiz que ia levantar mas ele me puxou de volta.
-Brincadeira, foi lindo o que você disse. Te amo. - Selinho.
-Te amo só um pouquinho. - Tombei a cabeça para o lado - Mas se me der mais o beijo o amor pode aumentar. 

Então ele me beijou de verdade, com desejo, depois me olhou como se esperasse uma resposta:
-É, aumentou um pouquinho só, vai ter que fazer melhor. - Falei sorrindo.
Ele sorriu, mordeu o lábio e ficou por cima de mim, me beijando mais uma vez, com mais vontade e por mais tempo, eu tive que fazê-lo parar:
-Tudo bem, muito amor e pouco ar agora. 
-Assim que eu gosto. - Ele gargalhou.

Depois que recuperei o fôlego, sentei-me e fiz um coque desajeitado nos cabelos, ele me olhava, até que falei:
-Preciso ir.
-Trabalha hoje? Seu chefe não te deu folga? Como ele teve coragem? - Ele parecia indignado.
-Ele foi um anjo em me dar essa manha de folga. - Defendi.
-Não, ele foi mal, muito mal. - Ele sentou também. 
-Você viaja daqui a pouco também. 
-É, mas eu sou eu, você é você e trabalha demais. - Levantei enquanto ele falava - Quando a gente casar, você vai ficar em casa, cuidando dos nossos filhos. 
-Em? Quando a gente o que? Cuidando de quem? - Parei de vasculhar a bolsa que eu tinha trazido com uma roupa reserva. 
-Isso mesmo que você ouviu. 
-Ah ta, tudo bem, até lá a gente conversa melhor sobre isso. - Comecei a me vestir. 
Luan apenas sorriu e voltou a se deitar, já eu ignorei o fato de ele estar falando de casamento em menos de 3 meses de namoro, devia ser só brincadeira. 

Terminei de me arrumar e ele finalmente levantou e se vestiu. Saímos do quarto e  enquanto descíamos as escadas ele me agarrava e pedia manhoso:
-Toma café comigo...
-Isso não é hora de tomar café amor. Tenho mesmo que ir. 
-Ah, odeio isso. - Ele resmungou.
Quando terminamos de descer, encontramos a  família dele na sala, conversamos brevemente, agradeci mil vezes por tudo e me despedi:
-Pego um taxi. - Falei pra Luan.
-Daqui até a sona leste? Vai ficar uma fortuna. Te levo. - É, realmente ele tinha razão.
-Não precisa amor, descansa mais e...
-Tenho que resolver umas coisas agora, te levo Nicolle. - Seu Amarildo se ofereceu.
-Tudo bem. - Sorri.

Assim, me despedi por completo de Luan, pois sabia que se ele fosse me levar, ele iria entrar e se ele entrasse, enrrolariamos e eu chegaria atrasada ao trabalho. Então aceitei a carona do pai dele, cheguei rápido depois de uma conversa agradável, tomei banho, engoli uma comida, alimentei Penélope e voei para o trabalho. 

Trabalhei sorrindo a tarde toda lembrando apenas das coisas boas e olhando toda hora para o anel lindo que ele tinha me dado. Seria até meio perigoso andar com aquela joia na rua, mas era tão lindo que eu não queria tirá-lo nunca mais. Assim, encerrei aquela sexta feira com um passeio na praça com Penélope, depois voltei e Ju estava a minha espera, conversamos loucamente sobre tudo que tinha acontecido na festa na noite anterior e depois eu dormi. 

Já no sábado, fui fazer um extra no trabalho aproveitando uma oportunidade que surgiu. Enquanto isso, tudo acontecia pelas minhas costas. Naquela manha, Diogo tinha ligado apara Alvaro a pedido de Erica e perguntado se eu estava lá, Alvaro disse que eu estava no trabalho e eles comemoraram. 

...

-Hoje é o dia perfeito para pegar a Nicolle de jeito. - Erica falava sorridente. 
-Você ainda não me disse o que vai fazer? - Diogo perguntou natural.
-De inicio, mais tarde, você vai ao apartamento de Nicolle o qual você tem a chave e vai deixar umas coisinhas lá. - Ela explicava.
-Que coisinhas? Olha lá em Erica, não somos criminosos. - Diogo falava sério.
-Ué, são coisinhas normais, ela vai gostar. Vai achar que foi Luan quem mandou. - Erica mordeu o lábio de Diogo.
-E qual a finalidade disso tudo?
-Quero que ela vá a um lugar achando que é Luan quem está lá, mas serei eu entende agora? 
-E...? 
-E que nós duas vamos ter uma conversinha, a sós. 
-E que lugar é esse? 
-Lembra que pedi a chácara daquele meu amigo emprestada? Aquela saindo pelo sul? - Erica já tinha pensado em tudo.
-Lembro, achei que era pra gente. - Diogo reclamou.
-Não, mas grandes coisas vão acontecer naquele lugar hoje. - Ela abriu um largo sorriso.
-O que está pensando em fazer com ela Erica? - Diogo ficava cada vez mais assustado.
-Já disse, vamos conversar, só nós duas. 
-Não tô gostando disso. Você vai levar a Nicolle pra um lugar afastado, porque? Pra que? O que você vai fazer realmente? Olha Erica, até agora fiquei tranquilo porque você só fez coisas leves, mas está começando a  ficar obcecada  com isso, tenho medo que...
-Que isso em Diogo? - Ela alterou o tom de voz - Ta com medo de que? Você queria isso tanto quanto eu e agora quer dar pra trás? Você acha que eu seria capaz de cometer algum crime, embora ela mereça? Já disse que vamos apenas conversar. E você está tão sujo quanto eu nessa história, não tem o direito de querer tirar o copo agora! Você vai fazer o que eu mandar e acabou.
-E se eu não quiser? - Diogo enfrentou.

Naquele momento, Erica percebeu que Diogo estava querendo sair fora da "parceria" que eles tinham, então pensou rápido e viu que enfrentamento não era o melhor caminho, mas sim a sedução. Então respirou fundo, o abraçou forte e falou num tom doce:
-Me desculpe meu amor, desculpe por essas besteiras que falei, fiquei nervosa. Eu não sou ruim, você sabe, só quero que Nicolle pague pelo que ela nos fez. Mas eu seria incapaz de fazer alguma coisa grave, você me conhece. 
-Ah, melhor assim. - Ele disse apenas isso.
-Me perdoa? Em? - Deu vários beijos - Vamos tentar só mais essa vez, se não der certo juro que largo tudo e vamos viajar, viver nossa vida. 
-Jura? - Ele a olhou com esperanças.
-Juro, pelo nosso amor. 
Depois se beijaram e ela comemorou por dentro pois conseguiu dobrar Diogo mais uma vez para poderem seguir em frente. Então, quando chegou a hora, Diogo foi até meu apartamento e entrou com a  ajuda de Alvaro que mais uma vez caiu na conversa mole dele. Deixou as coisas lá e saiu sem ser percebido.

...

O dia passou e voltei para casa um pouco mais cedo pois já tinha terminado meu trabalho. Mas quando entrei, tive uma surpresa. Em cima da mesa, um buquê de rosas vermelhas me esperava e junto com elas um cartão, mas não estava escrito a mão e sim, digitado que dizia:

"Meu amor, meu show de hoje foi cancelado e voltei pra cá só pra poder ficar com você. Mas hoje vai ser diferente, me encontre neste endereço abaixo, tenho uma surpresa pra você e não me ligue, na correria acabei perdendo meu celular. 

Te espero, 

Com amor...

Luan. "

-Rosas vermelhas? Mas ele sabe que eu prefiro girassóis. - Resmunguei estranhando -Ah, vai ver foi a pressa. E perdeu o celular de novo? Depois eu que sou a distraída né? Mas tenho certeza que uma coisa linda me espera. - Sorri.

E depois disso tomei um banho, me arrumei e segui para o endereço escrito o cartão, crente que era Luan quem estava lá a minha espera, só que não. 

[Continua]

Eitaaaaaaa! 

Entenderam né, 

Erica conseguiu atrair Nicolle para sua armadilha. 

E agora gente? 

Aguardem fortes emoções. 

E, se vocês olharem logo mais abaixo, vão ver que coloquei esse nogócinho ai que não sei como chama, pra vocês marcarem o que acharam do capítulo. Isso foi sugestão da Thielle que eu super gostei, pras leitoras de celular que não tem tempo de comentar, ai é só marcar e ser feliz. haha' ;) 
Mais sugestões para melhorar isso aqui, podem mandar. 

Beijos

Mayara

@FCAsCoelinhasLS