Capítulo 69

[...]

Depois de pensar e repensar numa desculpa para dar ao Valter meu chefe, para poder faltar no sia seguinte e ir sei lá pra onde passar dois dias com Luan, não encontrei nada convincente o bastante, então decidi que ligaria pra ele no dia seguinte dizendo que estava doente e não poderia trabalhar.

Então, terminei meu expediente e fui pra casa normalmente, chegando lá preparei uma mala pequena com coisas essenciais e enquanto fazia isso, pensava em como Luan era maravilhoso, sempre tentando me surpreender, fazendo mistério de onde iriamos, do que iriamos fazer e era isso que me encantava, que tornava nossa relação tão perfeita, mas tão perfeita que parecia algo fora do real, mas no fundo eu sabia que existia. 

Depois, fui até o apartamento de Ju contar que iria viajar e pedir a ela que mais uma vez cuidasse de Penélope pra mim:
-Nic, na boa, eu tenho mesmo cara de babá de cachorro amiga? Porque aceitou esse bicho se você não tem tempo de cuidar? - Ju e sua eterna sinceridade. 
-Ai amiga, o que é que custa? - Fiz cara de pidona - Ela é importante pra mim, como uma filha, e só deixo com você porque confio. Mas se não quiser eu...
-Não, não, eu sei. Desculpe, tive um dia cheio hoje. Claro que fico com ela pra você, é só dar comida e água mesmo, mas se ela fizer xixi nos meus sapatos de novo não me responsabilizo pelos meus atos. - Ju apontava o dedo pra Penélope.
-Ainda estamos treinando essa coisa do xixi. Brinca com ela também amiga, tadinha! 
-Eu brinco com ela, adoro cachorros né Penélope, vem com o tio. - Athos entrou na conversa e pegou Penélope no colo.
-Ah que bom, pelo menos sei que vou encontrar ela viva quando voltar. - Sorri de canto.
-Ei, eu cuido bem dela ok! - Ju ficou brava.
-Você não cuida nem de você mesma Juliana. - Athos falou sério - Vai tranquila Nic, vamos cuidar dela. 
-Athos, isso é um segredo ta? Para todos os efeitos estou doente e trancada em casa. 
-Tudo bem senhora Santana. - Ele bateu continência brincando.

E enquanto eu passava as recomendações para que eles cuidassem bem da minha pequenina nesses dois dias, em algum lugar dali, Erica chegava em casa exausta e deu de cara com Diogo deitado em sua cama vendo TV:
-E aí gata, como foi lá no asilo? 
Diogo fez esta pergunta porque naquela Quinta Feira Erica tinha voltado ao asilo de vó Amélia para continuar seu "Trabalho Social".
-Péssimo, estou exausta de aguentar aqueles velhos chatos e babões o dia todo. Foi horrível Diogo, você tinha que ver, meu queixo está doendo de tando sorrir e pra piorar a velha vó da Nicolle não deixou nem que eu me aproximasse dela acredita? - Erica se jogou na cama ao lado dele.
-É, não vai ser tão fácil quanto você pensa. 
-Mas eu não desisto fácil e você sabe. 
-E como sei. Sei também que se você fizer alguma coisa com a velha, Nicolle vai pirar. - Diogo sabia do meu apego com minha avó.
-É exatamente isso, vou tocar na ferida mais profunda da Nicolle, você vai ver. - Erica sorria.
-Ainda não me contou o que pretende fazer. - Diogo a  encarou.
-Calma gato, tudo no seu tempo. - Ela subiu em cima dele - Agora vem cá que eu tô precisando relaxar, vem. 

...

Depois que saí do apartamento de Ju, voltei para casa com Penélope, tomei um banho e continuei a escrever a história de Lorenzo e Cecília até uma certa hora, só parei quando Luan me ligou para acertar os últimos detalhes da viagem, depois de combinar tudo com ele, guardei o notebook na mala, na esperança de sonhar novamente e registrar alguma coisa ali, depois dormi. 

Na manha seguinte, acordei cedo, me arrumei, deixei Penélope na casa de Ju e depois liguei para Valter e fiz voz de doente para falar com ele que acreditou piamente na minha mentira e me fez sentir tão culpada quanto quem acaba de matar uma pessoa. Mas para amenizar a situação, prometi a ele que trabalharia o domingo inteiro e entraria pela noite para compensar minha falta.

Em seguida fui ao encontro de Luan no aeroporto onde ele já me esperava ao lado de seu jatinho. Sorria, vestido com uma calça cinza e camisa branca de mangas longas pois fazia um pouco de frio, na cabeça, uma touca preta extremamente charmosa acompanhada de um belo óculos de sol, lindo. Nos beijamos apaixonadamente matando a saudade daqueles poucos dias e depois eu disse:
-Achei que iria te ver menos, afinal, você tem muitos compromissos, ou pelo menos, devia ter né? - Brinquei e ele tirou o óculos para me olhar.
-É que eu faço vários sacrifícios pra estar com você, inclusive, desmarco compromissos sabia? Não gostou de me ver? - Ele arrumou uma mexa do meu cabelo que o vento insistia em bagunçar. 
-Hum, me senti importante agora. Claro que amei te ver, aliás, também fiz um sacrifício pra estar aqui hoje, menti para o meu chefe que é sempre tão bom comigo, me senti uma criminosa. - Falei isso e ele riu de mim.
-Uma mentirinha a toa não faz mal, e outra, nem você sabe para onde estamos indo, então isso é um grande segredo. - Selinho.
-Já que comentou, não vai mesmo me falar pra onde estamos indo? - Maneei a cabeça para o lado como uma criança.
-Não, surpresa é surpresa. - Ele tocou a ponta do meu nariz - Bora? São só uns 20 minutinhos de avião. - Ele me ajudou a entrar.
-Então isso quer dizer que não vamos sair do estado? - Palpitei.
-Ah, assim você estraga tudo. Não vamos mais falar sobre isso! - Ocupamos nossos lugares. 

E depois dos 20 minutos que Luan falou - e que nm vimos passar porque estávamos nos "pegando" como se não houvesse amanha - Chegamos, de lá, pegamos um carro no qual ele mesmo dirigiu e depois de mais de 40 minutos de estrada, finalmente chegamos ao local misterioso.

Tudo era cercado do mais lindo verde e de arvore altas. Uma grande porteira de madeira foi aberta para passarmos e a placa indicava o nome de uma pousada em Campos do Jordão, depois dela, tudo foi ficando mais e mais lindo, até chegamos a uma grande pousada, incrível, onde uma mulher de seus 40 e poucos anos veio nos receber:
-Luan, estamos esperando por você! - A mulher nos cumprimentou quando descemos do carro. 
-Bem que me disseram que esse lugar é mesmo lindo. - Ele falou olhando em volta.
-Ah, isso é só o começo, venham, vou mostrar o quarto de vocês. 

E enquanto ela seguiu na frente, eu e Luan fomos devagarinho atrás acompanhando enquanto eu olhava tudo. Tudo naquele lugar era um estilo rustico porem muito sofisticado. Móveis em madeira, cortinas pesadas e quadros pendurados nas paredes. Pouca movimentação e o mais incrível de tudo era o nosso quarto, todo em creme, lençóis brancos, impecavelmente arrumado sem falar que era maior que meu apartamento:
-Bom, espero que tenham gostado. - A mulher falava sorridente.
-Adoramos né Nic? 
-É... - Sorri.
-Quanto a sua reserva para o... - Ela ia falar, mas Luan interrompeu.
-Não fale, é uma surpresa para a Nicolle. - Ele sorriu pra ele e depois pra mim. 
-Ah, entendi. Só ia avisar que já está tudo pronto. 
-Obrigado.
-Agora vou deixá-los. Boa estada. 

E assim a mulher simpática nos deixou a sós, então falei:
-Eu achei que esta fosse a surpresa, tem outra? 
-Claro que tem, tem várias! - Ele me abraçou pela cintura. 
-Hum, estou curiosa. - Selinho.
-Acho que vai gostar, mas agora, eu quero mais um beijo, ainda não matei a saudade completamente. 
E assim nos beijamos, e mais uma vez ele me levou a alguns metros acima do céu com o toque suave de seus lábios, porque tudo com ele era fascinante, sempre melhor, sempre Luan. E era isso que o tornava tão único, tão meu.
-Eu te amo, te amo muito obrigada por isso. - Falei baixinho, perto da boca dele.
-Já está agradecendo antes de começar? - Ele sorriu, glorioso. 
-Já porque sei que tudo vai ser perfeito. Você é perfeito. 
-Só tento dar o que você merece, apenas pra te fazer feliz. - Ele acariciou meu rosto.
-Não quero que isso acabe, nunca! - Falei de olhos fechados sentindo o toque dele.
-Não vai meu amor, nunca.

E então nos beijamos novamente, selando mais uma promessa de apaixonados de tantas que já tínhamos feito. Se todas seriam cumpridas eu não podia saber, mas pelo menos aquela, de que nosso amor nunca ia acabar, ele teria que cumprir, nós teríamos que cumprir juntos, pois já estava num ponto, que eu não saberia mais viver sem Luan, pra falar  a verdade, acho que eu nunca soube e só comecei a viver de verdade depois que o encontrei e a única certeza que eu tinha, era que não podia perdê-lo, nunca. 

Pude sentir seu sorriso ao fim do beijo, ainda de olhos fechados ficamos ali sentindo a respiração um do outro, até que ele falou:
-Vamos, tem algo nos esperando. 
-Com você eu vou para qualquer lugar, sabe disso. 
Então caminhamos até a próxima surpresa daquele dia que mal tinha começado. 

[Continua]

TÔ BRAVA! 

Muito brava com vocês viu! Ruum' 

Tô brava porque tem um montão de "Leitoras Fantasmas" que não querem aparecer pra mim! 

Isso me deixa irritada! Muito irritada entenderam?

...

kkkkkk'

Brincadeira, não consigo ficar brava com vocês,

mas o fato das "Fantasminhas" não comentarem me deixa mal sim,

parece que estou fazendo tudo isso em vão. 

O que acham de aparecerem hoje em? em?

Vou ficar feliz...

Tô esperando! 

haha'

Quanto ao capítulo...

-Erica continua com seu plano misterioso,

o que será?

Já Luan e Nic estão em Campos do Jordão,

massa né?

Mas o que será que vem por ai? 

#Palpites?

Quero ver todo mundo aparecendo pra mim hoje em! Se não fico brava de verdade! 

Beijokas

Mayara

@FCAsCoelinhasLS