Capítulo 149

[...]

Ao sair da garagem eu já podia sentir a diferença do meu carro novo para o antigo, era como se eu pudesse flutuar, sempre precisar fazer nenhum esforço graças aquele câmbio automático. Minhas mãos deslizavam no volante enquanto eu sentia aquele cheiro maravilhoso de carro novo e cortava as ruas da cidade de São Paulo. 

O tempo não se decidia se era chuva e frio ou só frio. O sol parou de lutar com as nuvens e se escondeu de vez, mas nada estragaria aquele dia, nada estragaria os momentos que eu estava prestes a passar com Luan. 

Liguei o rádio e relaxei enquanto ouvia as músicas e me recostava ao máximo naquele banco macio. Querendo eu ou não, Luan tinha acertado em cheio no presente, mas o preço dele gritava a cada vez que eu respirava la dentro, ainda achava que tinha sido um exagero, um exagero maravilhoso, mas um exagero. 

Quando dei por mim, já estava deixando a área dos prédios, casas, estabelecimentos comerciais e tudo mais. Trafegava agora somente pela estrada, a minha volta, tudo era verde, então, conferi de novo o GPS pra saber se estava no caminho certo, e estava. Aos poucos comecei a imaginar onde Luan estava querendo me levar, se tratando dele e de seus gostos não seria muito difícil de saber, então continuei. 

Depois de mais alguns minutos embalada pela música e curtindo aquela máquina, ouço a instrução para "Virar a esquerda a 100 metros", então diminuí a velocidade e fiquei mais atenta, no fim dos 100 metros avistei uma estradinha de cascalho a esquerda com espaço para somente um carro, acima, uma placa que indicava "Chácara Girassol".  

Segui pela estradinha sorrindo e me perguntando se o nome da chácara tinha alguma coisa a ver e começando a ficar mais ansiosa pelo que me aguardava. Depois de quase 5 minutos seguindo reto pela estrada de cascalho finalmente avistei uma casa. 

Mas não era qualquer casa, era uma "senhora" casa, imensa olhando assim de frente, dois andares, toda revestida em madeira marrom, tinha até uma chaminé e dela estava saindo fumaça. Algumas janelas estavam abertas, outras fechadas assim como a porta principal. A frente tinha também piscina que reluzia mesmo sem o auxílio do sol, a sua volta cadeiras luxuosas, duas mesas redondas amparadas por dois guarda-sois enormes. Na outra parte, uma grande área formada por um gramado verde com um chafariz em forma de anjo no centro, exatamente como nos filmes. 

Estacionei o carro ali mesmo e desci, não sei por quanto tempo mais fiquei olhando maravilhada todo aquele cenário que combinava perfeitamente com o dia nublado. Depois, comecei a caminhar lentamente pela grama, para não me aproximar muito da piscina e corre qualquer perigo. Quando finalmente atravessei toda a área verde, cheguei aos pés da casa, só então percebi que a porta estava entre aberta e isso fez meu coração palpitar, eu estava ansiosa como uma adolescente, sem saber o que mais esperar de Luan. 

Abri a porta devagar, ela não fez nem um tipo de som, e quando coloquei meus olhos dentro daquele ambiente, me senti ainda mais dentro de um filme. Por dentro a casa também era toda revestida em madeira marrom, os móveis seguiam os tons escuros até chegar no creme, a primeira coisa que meus olhos registraram foi a lareira acesa - era de lá que vinha a fumaça da chaminé - e de frente para ela, ficando assim de costas para a posta, uma poltrona marrom e nela eu, mesmo de costas eu conseguia ver um braço apoiado, segurando uma taça de vinho. 

Eu daria minha vida se aquele não fosse o braço de Luan, então sorri, coloquei meu corpo para dentro, fechei a porta devagar e caminhei até lá. Só quando sentiu a presença de meu corpo ao seu lado foi que ele notou que eu tinha chegado:

-Se não fosse você eu teria ficado assustado. - Falou sorrindo enquanto levantava. 

-Vinho, a bebida dos apaixonados. - Falei lembrando-me de uma vez que ele me disse aquela mesma frase e indiquei a taça em sua mão - Demorei tanto assim que não pode me esperar para um brinde? - Maneei a cabeça para o lado, sua boca estava tão rosada, não sei se do vinho, ou do frio, mas eu queria beijá-lo mais do que nunca. 

-Todo tempo que espero por você me parece uma eternidade, mas podemos brindar agora que chegou. - Ele me banhou com seu melhor sorriso. 

-Antes, um beijo. 

E assim, lhe beijei depois do aviso, e coloquei naquele beijo toda a minha alma, todo o meu amor. Queria lhe dizer tantas coisas com aquele gesto, mas em vez disso, ele quem me disse, me levando mais uma vez até alguns metros acima do céu, me fazendo caminhar pelas nuvens:

-Eu teria que te dar milhões de beijos para te agradecer por tudo, pelo presente, por esse lugar maravilhoso, por você existir... - Comecei a falar, meus braços envolviam seu pescoço, um dos seus minha cintura, o outro continuava a segurar a taça de vinho e nossas testas cladas. 

-Porque está agradecendo agora? Nem começamos direito. - Ele sorriu de novo - Vamos ter tempo para os agradecimentos, eu prometo. Também vamos ter tempo para os milhões de beijos, ou não vamos viver uma vida inteira juntos?

-Claro que vamos. - Sorri também. 

-Então vem, vamos ao brinde agora, para começar bem os trabalhos. 

Ele pediu que eu segurasse sua taça, depois pegou outra taça e a garrafa pousadas sobre uma mesinha próxima ali e imediatamente notei que aquele vinho era o mesmo que tínhamos tomado na noite quem que fomos ao mirante na ilha de porchat, como esquecer aquela noite e tudo que vivemos... Emfim, ele serviu, entregou-me a taça e pegou a sua de volta, depois nos sentamos em frente a lareira, em cima do grande tapete que cobria quase a sala toda, algumas almofadas vermelhas estavam espalhadas por ali ao nosso redor, tudo parecia perfeitamente arrumado e pensado. A única luz que nos iluminava era a das chamas do fogo que dançava a nossa frente, imediatamente me senti aquecida, pelo fogo e pelos braços de Luan me envolvendo:

-Um brinde ao nosso aniversário, ou melhor, a mais um aniversário que passamos juntos. - Ele falou erguendo sua taça alguns centímetros. 

-Um brinde ao homem mais maravilhoso do mundo, que sempre tem as melhores ideias românticas, sempre me proporciona momento incríveis e que acima de tudo é o meu homem. - Fali repetindo seu gesto. 

Assim, tocamos as taças e demos um gole enquanto olhávamos um nos olhos do outro, daquele nosso jeito que dava pra ver até a alma só pelo olhar:

-Gostou mesmo do lugar? - Ele perguntou, agora mais sério.

-Se eu gostei? Amei, é perfeito, ilha essa casa, essa decoração rústica e luxuosa ao mesmo tempo, essa lareira, esse clima, esse vinho, é incrível como você pensa em tudo, como põe tudo em prática. 

-Que bom que gostou, dessa vez encolhi pensando no meu gosto, não é minha cara isso aqui? - Ele olhou em volta - É mesmo incrível, e romântico, para uma ocasião especial como essa. - Selinho.

-Sinceramente, não consigo te imaginar, gastando seu tempo pensando em maneiras  de me surpreender. - Confessei. 

-Falando assim até parece que você não é importante para mim. - Ele fez careta - Vou confessar uma coisa, eu penso em você o tempo todo. - Essa parte ele sussurrou em meu ouvido, me arrepiei de imediato. 

-Hoje você está se superando nos gestos e principalmente nas palavras Luan Santana! - Falei tentando velar um sorriso. 

-Você ainda não viu nada. 

O olhei por um instante, seus olhos estavam mais acesos naquele dia, mais brilhantes, mais vivos. Ele deu mais um gole em seu vinho enquanto eu captava cada traço maravilhoso seu, era perfeito, ou algo mais que isso:

-Acho que agora podemos falar sobre o carro não é? - Perguntei lembrando-me, ele sorriu imediatamente.

-Gostou? É lindo né? Achei sua cara. - Ele falava natural.

-Muito bom saber que eu tinha cara de um milhão de reais. - brinquei. 

-Argh, porque você se apega tanto a números? O que vale mais é a intensão, o gesto, a pessoa que lhe deu o presente... - Ele enumerava. 

-Você sabe o que eu penso sobre... - Comecei mas ele me interrompeu. 

-Sim, sim, você acha que mulheres que recebem presentes caros de caras como eu são oportunistas, aproveitadoras, safadas e não quer ser taxada assim. Conheço esse discurso de cor, só que a diferença é que você não é nem uma namoradinha minha, nem um caso momentâneo a quem quero comprar com presentes caros. Você é minha mulher, a mãe dos meus filhos e eu só lhe dou o que você merece. 

-Belo discurso. - Brinquei de novo - Se você tivesse me deixado terminar de falar, ia dizer que mesmo sendo um enorme exagero, adorei o carro e já estou totalmente apegada a ele. 

Sorri contemplando sua cara de surpresa ao ouvir isso:

-Nossa, achei que ia ter que brigar com você aqui para te fazer deixar de ser cabeça dura e aceitar meu presente. - Ele suspirou - Não sabe como ouvir isso me deixou feliz. Acredite, não escolhi o carro para lhe dar pelo valor, ou pelo luxo, foi por amor, somente. - Daí , abriu novamente um sorriso. 

-Eu sei disso, você nunca faz nada por mal. - Segurei seu rosto com uma das mãos e o beijei - Como disse no telefone mais cedo, você só quis nos dar conforto, vivo pra lá e pra cá com os gêmeos, vamos ao médico, visitar vó Amélia, Ju, fazer várias coisas... Eles sim merecem o melhor. 

-Por falar nisso, como eles estão? Estou morto de saudades. 

-Ótimos, sob os cuidados da tia Bruna. Mas suponho que você não vai ser um pai desnaturado e vai passar em casa para ver eles antes de ir embora não é? - Fiquei séria, esperando uma resposta. 

-Claro que não boba. - Selinho - Só não pedi que trouxesse os dois porque esse momento tem que ser do casal. 

Ao dizer isso, ele tirou a taça da minha mão e juntamente com a dele, as colocou bem longe, depois, me beijou e fez com que eu me deitasse ali mesmo, sobre o tapete, em frente a lareira:

-Hum, eu estou gostando disso, mas achei que fosse almoçar primeiro. - Falei presa sob o corpo dele. 

-A única fome que eu tenho nesse momento é de você. 

E foi preciso apenas isso para que eu me entregasse de vez a ele. 

Fizemos amor ali mesmo, e foi uma experiência incrível e excitante. Mas o romantismo predominou, mais uma vez ele foi um príncipe, e "brindamos" de verdade todo aquele momento especial. O melhor presente que ele podia me dar era aquele momento, era se entregar de corpo e alma para mim como fez. Me fazendo a mulher mais feliz e completa do mundo, me regando com seus beijos e toques e me deixando fazer o mesmo com ele. Mais uma vez o ápice do amor aconteceu, o momento onde colocávamos pra fora todo o sentimento que existia entre nós, nos surpreendendo com a intensidade. Estar nos braços dele era maravilhoso em qualquer lugar, qualquer situação, mas ele fazia questão de criar o ambiente perfeito, o melhor clima, o diferencial. E depois que nos encontramos exaustos, nus e abraçados um ao outro ali naquela sala, cobertos apenas pelo calor da lareira, fechei meus olhos e agradeci baixinho ao universo por ter me dado aquele homem, também pedi com toda a minha força que nunca o tirasse de mim. 

[Continua]

Nhaaaaaaaac'

♥

Antes de mais nada, falhei de novo ontem, 

não vou nem pedir desculpas

kkkk'

Vamos tocar pra frente! ;)

"É amor, Só amor..." (8 

Eu amei esse capítulo, 

não sei porque, gostei do jeito que eu fiz, 

e vocês? 

Outra coisa... 

Pra Anônima que comentou ontem, 

me cobriu de elogios, disse que me acompanhava desde a primeira Fic, 

E NÃO DEIXOU O NOME! 

Obrigada mesmo assim kkkkk'

Adorei ler suas palavas, e ficamos assim:

-Você não me abandona, eu também não te abandono certo? 

haha' 

Você pediu também os links, das Web's da Brenda né? Então, vamos lá:

" http://brendinhaeluan.blogspot.com.br/ ~~> Sua voz que me guia"

" http://soufelizporqueamovoce.blogspot.com.br/ ~~> Sou Feliz porque amo você" 

E essa que não é com o Luan, mas é ela que escreve também. Começou, deu uma parada, mas vai voltar agora nessas férias ~~>  http://quenossoamorsejaalemdestavida.blogspot.com.br/

Agora, por favor deixa o nominho aqui pra Mah ficar feliz!

haha' 

E falando mais um pouco do capítulo...

E aí? 

Gostaram do clima romântico?

Ainda não acabou, 

Aguardem

Beijos

Mayara

@Luansmyway