sexta-feira, 11 de julho de 2014

Capítulo 162

[...]

Na manha seguinte, nos permitimos dormir até um pouco mais tarde. Como sempre eu acordei primeiro, e fiquei olhando Luan dormir ao meu lado. Imediatamente lembrei-me da briga de ontem e constatei que quando brigávamos, por menor que fosse a discussão, era como se um pedacinho de mim entristecesse até chegar a morte e eu acho que esse pedacinho, era um pedacinho do amor que morria. Acho que com todo casal é assim, e é por isso que os amores por ai "acabam" ou "morrem". Quando as brigas viram rotina, a cada nova discussão, morre um pedacinho do amor, ai chega o dia que não sobra mais nada, e eu não queria que acontecesse isso conosco. 

Fiquei ali por mais um tempo, olhando para ele e jurando a mim mesma que evitaria as brigas o máximo que pudesse - isso não quer dizer que seria sempre, se não viraria bagunça. 

Nesse momento os gêmeos acordaram e reclamaram atenção, foi ai que levantei para vê-los.
...
Quando abri os olhos, a primeira coisa que vi foi a silhueta de Nicolle em pé, junto ao berço dos bebês. Ela conversava com eles que faziam barulhinhos animados, como se quisessem lhe dizer que estavam entendendo tudo que ela dizia. Quase pude ver seus sorrisinhos gorduxos e as covinhas nas bochechas, iguais a minha. Mas logo essa cena se desfez de minha mente, quando lembrei-me da discussão que eu e Nic tivemos na noite anterior - é, terminou tudo bem, fizemos as pazes, mas a marca fica, sempre fica. 

Repensei tudo que foi dito por nós dois enquanto ela continuava a conversar com os bebês, sem perceber que eu tinha acordado. Eu sabia que a culpa não tinha sido toda dela, e entendia - em partes - sua preocupação, o que não queria dizer que eu não achava exagerada. Mas na hora da discussão a gente fala demais e sem pensar, e foi isso que aconteceu. Talvez eu a tenha interpretado mal, talvez ela tenha me interpretado mal, em fim, o fato era que desde a noite anterior eu tinha ficado com a sensação de que tinha que lhe dizer algo, que lhe devia alguma coisa, e aquela era a hora.

Levantei sem fazer barulho, fui até ela quase flutuando para que não percebesse, então, ao chegar perto pude sentir seu cheiro bom, sorri involuntariamente com isso. Depois, tirei seu cabelo para o lado e beijei seu pescoço levemente:
-Bom Dia. - Falei baixinho e pude ver um sorriso quando ela se virou para me olhar. 
-Bom dia. - Disse isso e segurou meu rosto entre as mãos e me deu um selinho demorado. 
-Desculpe por ontem... - Falei de olhos fechados, nossas testas estavam coladas, passei as mãos por seus braços em sinal de carinho. 
-Esqueça... - Ela continuou a acarinhar meu rosto, a interrompi segurando suas mãos, abri os olhos e pude mergulhar naquele mar negro que eram os dela. 
-Não. Não quero deixar fios soltos, jogar para debaixo do tapete, fingir que nada aconteceu. É você mesma que diz que tudo se resolve conversando. - Beijei suas mãos entre as minhas, ela deu meio sorriso - Entendo sua preocupação, mas continuo achando exagerada... 
-Luan... - Ela quis me interromper mas não permiti.
-Mesmo assim, eu também errei. Olhe só para eles... - Indiquei os bebês no berço, olhamos juntos - Tão frágeis, precisam mesmo ser protegidos. Acho que fui meio insensível, mas não quero que daqui a 20 anos você esteja arrependida a amargurada porque dedicou a vida toda somente a eles e não sabe mais o que fazer consigo mesma. 
-Você tem razão, tem toda razão. - Ela abaixou um pouco o olhar - Mas é que tudo foi tão difícil, a gravidez, o parto... E eu os amo tanto, tanto! 
-Eu sei de tudo isso, afinal, eu estava com você. - Fiz com que erguesse o rosto e me olhasse - Mas não é assim que as coisas funcionam. Temos que pensar neles sim, em primeiro lugar, sempre! Mas temos que pensar em você, em mim, e principalmente em nós. 

Sorri e ela me sorriu também, aquele sorrisinho de quem precisava se conformar, mas já foi suficiente. Segurei mais forte suas mãos junto ao meu peito:
-Já posso vê-los, um dia, crescidos, homens feitos, ganhando o mundo. - Olhei ao longe - E você? Como vai ficar ãh? 
-Nem brinque com isso, ainda temos muuuuuito tempo. - Ela sorriu por completo agora, e se eu a conhecia bem, para esconder que tinha ficado desesperada com aquele meu comentário - Pare de falar como se fosse um velho, eles ainda são dois bebês. Mas não foi só isso não é? Você queria ter esticado a noite ontem, te conheço. - Me olhou travessa, seria bom se ao em vez de brigar ela sempre falasse daquele jeito. 
-Eu estico todas as noite Nicolle, não vou a festa, eu "faço" a festa. Uma balada a mais, uma a menos não importa para mim, acredite. 
-Tudo bem, vou acreditar nisso. - Ela fez com que eu envolvesse sua cintura e segurou em meus braços - Você esta dizendo coisas muito sábias esta manha, o que aconteceu? 
-Nada, só quero deixar tudo claro para não termos mais motivos para brigar. - Selinho. 
-Não vamos mais brigar, prometo. 
-Aham, vamos ver até quando vai essa promessa. - Brinquei. 
-Você tem que cooperar também. - Deu um soquinho no meu peito. 
-Vou, sempre. Eu amo você, mesmo com essa cabeça dura. - Beijei sua testa. 
-Ah, duas cabeças duras se entendem bem. Também amo você. 

Então, finalmente nos beijamos de verdade, num beijo daqueles que a gente perde a noção do tempo, quando seus pés saem do chão, uma sensação maravilhosa. Amar Nicolle era como voar, e seu toque era como as nuvens. Querendo ou não ela era a mulher para mim, mesmo com todos os defeitos sempre difíceis de reparar, aquela era minha mulher, a que passaria o resto da vida comigo, não tinha outra saída. 
...
Depois daquela reconciliação matinal que eu realmente adorei, podia-se dizer que nós eramos um casal maduro que resolvia as coisas na base do diálogo e que nada nunca seria forte o suficiente para nos abalar, nem as minhas paranoias de super-proteção. 

Em fim, depois daquilo, brincamos um pouquinho com os gêmeos, deixando eles engatinharem felizes pelo quarto e depois fomos dar-lhes banho pois nessa brincadeira toda já era quase hora do almoço, ou seja, perdemos uma manha em roma, mas compensaríamos tudo a tarde. 

Almoçamos todos juntos enquanto os outros contavam como tinham sido suas aventuras na noite naquelas terras estranhas, claro que demos muitas risadas. Depois disso, fomos para mais um passeio pelas ruas de Roma. Passamos pela Galleria Borghese, pela Piazza Del Campidoglio, pelo O Panteão e pela Escadaria Espanhola. Depois tivemos que voltar porque a noite, seria o grande show. 

É claro que dentre esses passeios todos Luan foi reconhecido, por poucas pessoas, mesmo assim, reconhecido e teve que parar para tirar fotos. Porém, nem se comparava ao Brasil onde não podíamos colocar o pé na calçada que tinha alvoroço e era notável como ele gostava da liberdade de andar pelas ruas, mas isso não queria dizer que ele não sentia falta do "rasga-rasga" do Brasil, falou isso várias vezes. 

O show foi perfeito, como já era de se esperar. Cerca de 30 Mil pessoas num teatro fechado e deslumbrante de Roma. Luan estava radiante, lindo, brilhante e perfeito como sempre, animou as pessoas que cantaram junto e sabiam as músicas de cor, resumindo, foi um perfeito sucesso. 

Depois, é claro que tivemos que sair para comemorar aquele sucesso todo. Naquela noite sim, deixei os gêmeos com Yara, porque era uma ocasião para lá de especial e eu devia isso a Luan, então, varamos a madrugada comemorando pelas ruas de roma, como um bando de adolescentes inconsequentes mas felizes e não me arrependo disso.

Na manha seguinte, por volta das 10:00 nos despedimos de Roma e partimos para Florença. Depois de 3:00 horas de voo - dessa vez tudo correu bem, Lorenzo e  Henrique não reclamaram de nada, o universo estava conspirando - chegamos e fomos direto em busca de um lugar para almoçar. 

O clima de Florença era um pouco mais frio que de Roma, por volta de 15 graus. Depois de comer fomos nos instalar no hotel e daí tínhamos a tarde para explorar mais uma cidade, porem, o show seria naquele dia mesmo, então, alguns tiveram que começar a trabalhar mais cedo. 

Assim, eu Luan, os bebês, Yara, Bruna e sua amiga saímos para dar uma volta a Florença que não ficava para trás em beleza e Cultura. Naquela tarde vimos a Catedral de Santa Maria del Fiore, a Piazza della Signoria e o Palazzo Vecchio, compramos algumas lembranças e depois voltamos para nos preparar para o show. 

Tudo corria normalmente, mal sabia eu as fortes emoções que me esperavam naquela noite. 

[Continua]





Oiiiê, 
desculpem por ontem, 
tive problemas técnicos, 
depois compenso ;)

Mas olha ai, 
Luan e Nic lindos, fofos, se amando, se desculpando...

Maaaaaaaaas
Vem tempestade por ai, 
O que acham que pode ser? 
haha'

Aguardem ;)

Beijokas

Mayara
@Luansmtway

8 comentários:

  1. Vishh, deve ser alguma piriguete cara de pau dando em cima do Luan,ouuuu a Erika! Ou pior! DIOGO! Meu Deuus, tuuudo pode acontecer! kkk

    Priscila

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  2. visssh nem sei, mas pode ser Diogo
    @mylifeluanjo

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  3. A primeira coisa que pensei quando vi a palavra 'tempestade' foi Diogo, mas como ele fez sua aparição (nada agradável) no casamento, acho que agora é a vez de Érica aparecer e Nicolle dá suas crises de ciúmes! Será que eu estou certa? Arrgg, quero saber o que vai acontecer loogooo!
    Thielle

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  4. Eitaa,oq sera q vai aprontar eim? Tenho ate medo @lsmeuamoor_

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  5. Diogo não por favor :( agora não, qualquer coisa menos eleve que se for briga a Nic não esteja errada pelo menos agora já viu quase sempre ela nossa :/
    To sentindo falta de drama ti falei já ne varias vez nas outras histórias q adoro drama pessoas doente ainda mais quando e nic kkkkkk achei q vc não fosse posta hj :/ vou ver se vai recompensa msm vc não ta mais dedicando cap ne faz tempo meu utilmo foi ano passado me esqueceu ?;( to sempre aqui as vezes só não comento uai
    Leitora fiel

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  6. OMG .. será q meu Lindo do Diogo vai dar seu ar da graça ? hahaha
    @SonhocomOLuanS

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  7. vixi sempre tem algo pra estragar a felicidade deles, curiosidades a mil aq, tomara q ñ seja nada muito grave e q eles se resolvam logo, continuaaaa amore, bjoos

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