segunda-feira, 21 de julho de 2014

Capítulo 172

[...]

-Pois é Juliana, agora o doutor Adriano namora com a Marcela. - Falei com um sorriso nervoso. 
-Ah é? - Ju olhou para Marcela e finalmente se despendurou do pescoço do médico - Que legal, agora vamos ser todos uma grande família, porque Marcela está sempre em todas por aqui né? - Ela sorria, e eu sabia que aquilo não era deboche, era só o jeito de Ju mesmo. 
-É... - Ela respondeu não muito contente. 

Ficamos um pouco em silêncio, eu e Luan nos entreolhamos por um instante, Marcela e Adriano fizeram o mesmo, até que a própria Ju quebrou o silêncio: 
-Bom, o papo está ótimo mas vou falar com os aniversariantes! - Ela bateu palmas animada. 
-Ótimo, vou com você. Luan leva a Marcela e o Adriano para a mesa por favor? 
-Claro. 
-Marcela, já vou la ver se precisa de algo. - Sorri amarelo. 
-Tudo bem. - Ela me devolveu o mesmo sorriso amarelo. 

Enquanto Luan encaminhava Marcela e Adriano - que ficou mudo durante toda a situação constrangedora - eu puxei Ju para o outro lado:
-Juliana! Você e o doutor se pegaram? 
-Nos pegamos muito eu diria! - Ela falou empolgada - Ele é maravilhoso, gostoso, tudo de bom...
-E agora, namorado da Marcela, por tanto, respeite isso. Você viu que clima chato que ficou? - Falei baixinho para que ninguém nos ouvisse. 
-Quando cheguei e o vi não sabia que eles estavam juntos. E outra, não fiz nada demais, só cumprimentei um velho amigo. - Ela deu de ombros. 
-Já conversamos sobre esse seu jeito de cumprimentar as pessoas. - Me lembrei dos milhões de vezes que passamos pela mesma situação nos tempos da faculdade - E outra, porque nunca me contou que tiveram... um lance? 
-Porque que eu me lembre você não ia muito com a cara dele lembra? E quando você não gosta de alguém, fica insuportável. - Aquilo era verdade. 
-Ainda não vou com a cara dele, mas pelo visto terei de engolir agora né? - Fiz careta. 
-É, mas não se preocupe, nos ficamos a tanto tempo que quase não me lembrei. Se seu medo é que eu vá pra cima e passe a doutora para trás, fique tranquila. Agora se o bonitão chegar em mim... - Sorriu maliciosa. 
-Juliana não brinque comigo! Olhe quantos homens a sua volta... - Aponte para os amigos de Luan. 
-É, tem razão. - Ela observou também, seus olhos brilharam. 
-Então! Seja discreta em relação ao seu passado negro com Adriano ok? 
-Tudo bem, tudo bem, vou ser Nic. - Ela ria de mim - Você não muda não é? A mesma careta de sempre. O que você acha? Que pessoas que ficaram não podem mais conviver no mesmo meio social?
-Sinceramente eu não ia ficar feliz se você tivesse ficado com Luan e estivesse no meu meio social. - Falei séria. 
-Sua sorte foi que não conheci ele antes de você. - brincou - Brincadeira amiga. 
-Olha os gêmeos lá, vai ficar com eles um pouco e quieta esse facho! 

Depois de deixar Ju lá com as crianças, voltei até a mesa onde Luan tinha deixado Marcela e seu namorado indiferente, notei que eles já tinham sido servidos de bebida e pareciam tranquilos:
-Mah, pode vir aqui por favor? - Sorri sem jeito - Doutor, não se importa de ficar sem ela um instante não é? - Me dirigi educadamente a Adriano. 
-Claro que não, e me chame só de Adriano. - O sorrisinho que ele deu pareceu meio forçado.
-Ok, Adriano, prometo que vou ser rápida. - Repeti o gesto. 

Marcela veio comigo e começamos a caminhar pelo salão, então falei:
-Me desculpe pela minha amiga... 
-Ai Nic, imagina, você não tem que se desculpar. Conheço Adriano e seu passado, lembra que lhe disse que nos conhecemos desde a faculdade? - Ela falava tranquila. 
-Lembro, aliás, como aconteceu... tudo isso? - Eu não sabia bem como perguntar. 
-De uns tempos pra cá voltamos a nos falar, a nos ver.. foi rolando. 
-Posso ser sincera com você? - Perguntei franzindo a testa. 
-Pode. - Ela sorriu como se já soubesse o que estava prestes a vir. 
-Ele é tão... Sério. - Tentei ser delicada - E você é tão gente boa. 
-Imaginei que fosse dizer isso. Mas Adriano sabe ser bonzinho quando quer, carinhoso também. Sei que por fora ele parece meio arrogante, pretensioso, mas por baixo dessa casca exite um coração. - Ela falou com ar de quem está apaixonado. 
-Espero mesmo, porque ele não me tratou nada bem no nosso ultimo encontro. - Fiz careta - Ah, desculpa, mas eu precisava falar isso. 
-Não tem problema, amigos tem que ser sinceros. - Ela piscou para mim.
-Isso mesmo. De qualquer forma, espero que sejam felizes e desculpe de novo, prometo que não vai mais acontecer. 
-Já disse que não precisa se preocupar, vou ficar atenta. - me sorriu de novo. 
-Tudo bem, agora volte para seu doutor que ja já vamos cantar o parabéns. 

Depois de liberar Marcela tive um tempinho pra falar com Luan de novo. Mesmo assim, era um olho nele e um nas crianças, sorte que Yara estava lá pra me ajudar: 
-E aí? Resolveu a saia justa entre Ju, Marcela e Doutor Adriano? - Ele me abraçou sorrindo. 
-Resolvi. - Suspirei - A Ju não é fácil, já pegou essa cidade inteira. 
-Ela só... curte a vida. - Ele deu de ombros. 
-Existem maneiras de curtir a vida com uma pessoa só, veja o meu caso. - Fiz bico. 
-É, tem razão. Sinceramente, eu gosto bem mais desse jeito. -Disse isso e me deu um beijo rápido. 
-Esta gostando? Acha que estamos indo bem? - Mudei de assunto. 
-Estou amando, estamos indo super bem. - Falou animado. 
-Ótimo, agora vamos dar atenção para as pessoas e para nossos filhotes que estão soltos por ai. 

Conversamos com pessoas, brincamos muito com os gêmeos em todos os brinquedos que tinham ali para eles e para as outras crianças. Eles estavam se divertindo tanto, mas tanto que até Henrique estava sorrindo naquela tarde. 

E assim o tempo foi passando, até que chegou a grande hora do "Parabéns". Nos posicionamos, vários flash's começaram a iluminar  a nossa volta. Luan segurava Lorenzo, eu segurava Henrique e assim acendemos as velinhas, começamos a cantar, no começo eles ficaram um pouco assustados com tudo, mas depois entraram na onda batendo palminhas também, no fim, sopramos as velinhas e todos aplaudiram. 

Partimos o bolo que foi servido imediatamente, Lorenzo e Henrique comeram também e acabaram melecando toda a fantasia:
-Ei seus porquinhos, olha só o que fizeram com a fantasia, e agora? - Abaixei-me para falar com os dois que estavam de pé, lado a lado, ambos com as mãos e a bocha cheias de bolo. 
Enquanto eu me distraí um segundo olhando para Henrique, Lorenzo veio e passou a mãozinha suja no meu rosto, depois sorriu todo travesso:
-Ah não filho! - Acabei sorrindo junto da brincadeira e tive uma ideia - Luan, vem cá! 

Chamei e quando ele se abaixou também, peguei as mãos dos bebês e esfreguei no rosto dele que quase caiu sentado de susto:
-Ei, isso não pode! - Reclamou limpando o rosto. 
-É só bolo papai! - Brinquei. 
-Papá! - Henrique falou animado. 
-Vocês adoram um mal feito né? - Riu e mordeu a mão de Henrique que ainda estava cheia de chantili. 
Depois da pequena brincadeira, imediatamente voltaram a brincar com as outras crianças. 

Como é de praxe, depois desse momento simbólico as pessoas começaram a se despedir, aos poucos foram embora e acabaram ficando apenas os amigos mais chegados. Minha família também se foi, tive que me despedir mesmo sem querer de vó Amélia e depois dali começou a velha e boa roda de viola de Luan e seus amigos. Enquanto a música rolava eu, os meninos e Yara ficamos devorando o resto da mesa de doces. 

Quando chegamos em casa já era noite, imundos, exaustos porém muito felizes. Demos um bom banho nos pequenos e eles rapidamente caíram no sono depois de toda aquela farra. Depois disso foi a nossa vez de cair em algum lugar:
-Ah, meus pés estão me matando. - Falei enquanto me jogava na cama - Mas valeu a pena, viu como eles se divertiram. 
-Com certeza, vamos fazer isso todos os anos! - Luan falava enquanto desabotoava a camisa. 
-Nossa, quanta animação. Eu por enquanto só quero pensar no hoje e no banho de banheira que vou tomar nesse momento. 
-Hum, isso é um convite? - Perguntou sorrindo. 
-Se você quiser... - Lancei-lhe um olhar convidativo. 
-Com você? Quero tudo, sempre. - veio até mim e selou meus lábios devagar. 
-É bom saber disso. 

E então partimos para a banheira, a principio relaxar, ter um momento só nosso que era bem importante. Ficamos ali abraçadinhos, sentindo o calor da água e dos corpos, falando sobre coisas banais e sobre o nosso amor, daquela maneira clichê que era tão nossa. Como sempre, os planos para o futuro vieram, as promessas também, e eu sabia que executaríamos tudo aquilo:
-Sabe no que eu estava pensando esses dias? - me perguntou e depois segurou minha mão esquerda, a esticando para a frente, de forma que nós dois pudêssemos olhá-la. 
-O que? 
-Que quando a gente fizer 10 anos de casados, a gente podia cravar um diamantezinho aqui na aliança, o que acha? - Perguntou como se ter um diamante nas mãos fosse a coisa mais natural do mundo. 
-Nossa, é bem... ousado. -Sorri. 
-Mas é legal não é? Ai a cada 10 anos que se passarem, cravamos mais um diamante e assim vai... 
-Então quando fizermos 50 anos de casados, teremos 5 diamantes cravados aqui? - Perguntei ainda observando minha mão e a dele.
-Isso mesmo, quando fizermos 200 anos, 20 diamantes. - Brincou sorrindo. 
-Quem me dera viver mais 200 anos... - pensei ao longe. 
-Já vivemos muito mais que isso. - Ouvi essa frase baixinho ao pé do meu ouvido. 
-Que? - Perguntei sem entender. 
-O que? - Ele repetiu. 
-O que você falou agora? A ultima frase. 
-Que frase, não falei nada... Você que falou "Quem me dera viver 200 anos". - o olhei nos olhos, estava falando a verdade. 
"Pronto, só o que me faltava, agora ouço vozes!" - Pensei comigo mesma achando que não valia a pena contar aquilo para Luan, talvez fosse o meu sub consciente, só isso. 

É difícil acreditar na vida perfeita, no homem ideal, no casamento perfeito, nos filhos maravilhosos, na casa aconchegante, na vida cheia de alegrias e plenitude. Mas eu tinha aquilo, nós tínhamos aquilo juntos, tínhamos uma felicidade só nossa, o maior amor do mundo e isso bastava. E agora, o que eu queria ver, eram aquelas alianças cheias de diamantes ao seu redor, não por causa do valor das pedras, mas porque cada um deles indicariam 10 anos felizes ao lado do amor da minha vida. 


[...]





Nhaaaaaaaaaaaac'
<3

Brenna meu anjo, seja mais que bem vinda ao nosso mundinho encantado! Muuuito obrigada pelos elogios, pelas palavras, por tudo, adorei ler o que escreveu e saber que esta gostando de tudo por aqui. Mas esse negócio ai de imprimir e dar pro Luan, nossa senhora, nem brinca, acho que eu ia ficar cheia de vergonha kkkkk' Deixa o Luan quieto no canto dele lá kkkk Beeeeijos ;)

Para a Anônima que perguntou se eu tinha outra Fic, tenho as que já finalizei, os Links tão ali do ladinho, abaixo do "Quem sou eu", confere lá haha' 

Ok, 
não rolou barraco, afinal, não era para tanto, todo mundo ali é adulto e sério
(menos nossa querida Ju, é claro)
kkkkk'

Em fim, 
a festa foi linda, 
o final dela mais ainda... 
Luan sendo lindo, 
tudo correndo bem. 

Maaaaaaaas, 
No próximo capítulo vamos dar uma adiantada no tempo da história, 
coisas novas vão acontecer
haha'

Mas não vão precisar esperar muito porque tem mais um capítulo hoje! 
\õ/
Juro juradinho! 
A não ser que o PC pegue fogo, exploda ou coisa assim, 
postarei sem falta! 
kkkkk'

Então té já, 

Beijos
Mayara
@Luansmyway

4 comentários:

  1. Ameeeei tudo e o Luan é um fofo,imaginei que vc fosse passar o tempo na fic,espero q não sejam 10 anos, 5 a 7 anos tá bom pq é aquela fase de criança que eles aprontam,fazem birra,amoooooo!

    Priscila

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  2. Ameeeei tudo e o Luan é um fofo,imaginei que vc fosse passar o tempo na fic,espero q não sejam 10 anos, 5 a 7 anos tá bom pq é aquela fase de criança que eles aprontam,fazem birra,amoooooo!

    Priscila

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  3. Foi lindo, sem mais, beeeijo!
    Rita

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  4. Obrigadaa! mais bem q seria legal isso de dar para o Luan. Mas deixa queto. Muito lindo May o capitulo. Ansiosa para os proximo.bjoss!

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