Capítulo 167

Como prometido, outro capítulo haha' Espero que gostem ;) 

[...]

-Eles não sabem distinguir o que é bom e o que é ruim. 

O cortei, mas não de maneira agressiva, minha voz era sutil, meus olhos estavam nos seus. Eu definitivamente não queria mais brigar, mas isso não quer dizer que dispensaria uma boa conversa sobre o assunto. 

Percebi quando Henrique se soltou de seus braços e quis vir em direção a mim, rapidamente criei uma barreira com o braço para que ele não caísse do sofá e o coloquei em segurança no meu colo. Luan só observou o movimento e depois respirou fundo:
-Esta disposta a me ouvir agora? - Perguntou sem mais rodeios, sua expressão era cansada. 
-Foi o combinado não foi? Em casa conversaríamos. - Segurei uma das mãozinhas de Henrique. 
-É, por onde quer que eu comece? Dizendo que eu estava completamente errado e fui um idiota ou já partimos direto para os pedidos de desculpas? - Ele quis descontrair a conversa. 
-Não tem que dizer o que eu "quero" ouvir Luan, tem que dizer o que acha que deve dizer. Se não for sincero não adianta! - Fui firme pela primeira vez, não queria que aquilo virasse uma brincadeira. 
-Tudo bem, calma, abaixe a guarda... - De uma maneira engraçada ele levantou os dois bracinhos de Lorenzo, como quem joga as mãos pro ar dizendo que não tem culpa de nada, tive que me segurar para não sorrir. 
-Quero falar sério com você... - Isso pareceu mais uma súplica de minha parte do que uma ordem. 
-Eu sei, vamos falar sério. - Abaixou os braços do bebê que lhe olhou sem entender nada - Me desculpe, de verdade, não sei onde estava com a cabeça quando aceitei ir naquele jantar. Mas você tem que acreditar que não foi por maldade, achei que Lorenzo ia ficar bem... Eu sei, foi irresponsabilidade, eu devia ter voltado o mais rápido possível, para ficar com vocês. - Ele coçou a cabeça - A verdade é que ainda não me acostumei direito com todas essas responsabilidades, esses deveres com os meninos, você tem que me dar um desconto, sou novo no assunto. - sorriu amarelo - Não foi descaso amor, e me machucou muito quando disse que eu não me importava com eles, que não os amava.... Vocês três são as coisas mais importantes da minha vida, nunca mais diga isso. 

O analisei por uns instantes e pude perceber a verdade nos olhos dele, argh, era sempre assim:
-Talvez eu tenha falado um pouco demais na hora da raiva. - Falei me encolhendo um pouco. 
-O seu problema é que você grita primeiro, conversa depois. - Ele me olhou acusadoramente. 
-E o seu problema é sair para jantar com vadias enquanto seu filho esta doente? Lembra-se? - Sorri irônica - Por tanto, vamos voltar a falar de você, pode continuar. 
-Ta bom... - Ele sorriu por completo, Henrique reclamava atenção - Me desculpe, de verdade, de coração, prometo que não faço mais, eu aprendi a lição com os gritos ferozes que você me deu, com todos aqueles xingamentos e com o fato de ter me abandonado lá, sozinho, e desistido da nossa viagem. 
-Não venha reverter a culpa para mim ok? Você mereceu todos os gritos, xingamentos e o abandono. Só quero o melhor para nós Luan, e principalmente para nossos filhos, quero que você esteja presente ao máximo na vida deles, quero que saibam que podem contar com você sempre que precisarem, principalmente nos momentos difíceis. 
-Mas eles podem contar comigo sempre! - Ele pareceu nervoso com isso - Você também, eu vou sempre estar para você meu amor, sempre! 
-Então mostre isso Luan! - Insisti - Cometer um erro uma vez é aceitável, a gora repeti-lo não. 
-Não vai mais acontecer, prometo. Mas você também não pode arrumar as malas e ir embora sempre que brigarmos, ainda mais levando nossos filhos com você. - Ele queria mesmo reverter a situação, Lorenzo acabou encontrando suas pulseiras e tentava arrancá-las a todo custo. 

Suspirei. É, talvez isso não tenha sido de total aproveitamento, mas eu queria chamar a atenção dele, de certa forma funcionou: 
-Fiz isso porque estávamos na Itália, se a briga fosse aqui em casa quem tinha saído com as malas era você. - Talvez aquilo tenha sido brincadeira, talvez não. 
-Não senhora, ninguém vai a lugar nenhum. Quando alguma coisa te incomodar você tem que conversar comigo, não gritar e brigar... Logo você amor que é tão centrada, tão sensata. - Enquanto ele falava ajeitei Henrique que queria sair de meus braços. 
-Eu sei, mas é que as vezes você me irrita de um jeito...! - Cerrei os punhos, ele riu de mim - O que me desestabilizou foia  foto, você parecia tão feliz ao lado daquelas... daquelas... 
-Ah não, ciúme não, nem vamos falar sobre isso ok? lembre-se que o ciúme já nos separou uma vez. 
-Não consigo me controlar quanto a isso, terá que ser paciente. - Confessei. 
-Eu já sou muito paciente. - Ele sorriu glorioso - Quantas vezes tenho que dizer que só existe você para mim? 
-Muitas, muitas vezes. 
-Boba. 

Nesse momento ele chegou mais perto de mim, consequentemente Lorenzo veio junto. Luan tentou me beijar, me esquivei:
-Ei, quem disse que pode isso? Eu desculpei você? - Brinquei em tom sério. 
-Ah não, tem dó vai. - Ele suplicou acreditando naquilo - O que mais quer que eu faça? Que me ajoelhe? 
-Não. Mas não é só a mim que você tem que pedir desculpas... - Apontei para Lorenzo em seus braços. 

Ele segurou o bebê e fez com que ficasse de frente para ele, lhe olhou alguns segundos e depois disse por fim:
-Desculpa filho, papai nunca mais vai fazer o que vez. Nunca vou deixar você, sempre estarei por perto quando precisar de mim, eu juro. Amo você! - Em seguida o beijou e o abraçou forte - E você também Henrique, de certa forma falhando com um estou falhando com o outro - ele buscou a mãozinha de Henrique e a beijou - Também prometo estar sempre com você, em todos os momentos da sua vida. Te amo viu? 

Não vou negar que me emocionei com aquela cena, e de alguma forma eu sabia que tudo que ele estava falando era verdadeiro, acreditava que ele não ia mais repetir o erro, que tinha aprendido a lição e que cumpriria a promessa de não falhar mais com nossos meninos. E enquanto eu pensava nisso, tivemos um grande e feliz surpresa:

-Pa...papa... papá! - Lorenzo falou estendendo os bracinhos para Luan e sorrindo com aquelas bochechas gordas e covinhas lindas. 
-Ah! Ele falou! - Soltei um gritinho - Ele falou papai! 
-Aê filho, fala de novo, pa-pai... - Luan vibrou. 
-Ma.. mamã... mamã! - Mas não foi Lorenzo quem disse isso, e sim Henrique que não ia deixar seu irmão ter o mérito sozinho, chamava por mim, com a mesma expressão feliz de seu irmão. 
-Awwwn meu Deus, assim meu coração de mãe não aguenta! - Cheguei a chorar de emoção. 
-Ta, agora vamos trocar, porque eu quero ouvir os dois falando papai e mamãe! - Luan sugeriu a "troca dos bebês". 
-Ta, mas pega o celular pra gente gravar isso, são as primeiras palavras! 

E assim ficamos ali feito dois bobos, insistindo que eles repetissem para que gravássemos. Eles até falaram mais algumas vezes, mas depois só queriam fazer farra com a nossa cara, engatinhar atrás de Penélope pela casa, então, os deixamos libres um pouco:
-Você viu isso! Meu Deus que lindos, nossos filhos lindos! - Luan falou isso e me abraçou num impulso. 
-Você que tem que ver isso, que temos dois filhos lindos, super inteligentes que merecem todo amor e atenção do mundo. - Cutuquei de leve. 
-Eu sei. Me desculpa mesmo por tudo... - Agora ele falava sério mas ao mesmo tempo terno, me olhava nos olhos, seus braços enlaçando minha cintura. 
-Tudo bem, o que eu queria que você enxergasse, você enxergou. Me desculpe também por qualquer coisa, sei que sou meio exagerada e difícil as vezes, mas é o meu jeito. - Dei de ombros. 
-Claro. - Selinho - Agora vamos seguir a partir daqui, eu tento melhorar, você tenta melhorar e assim a gente vai se moldando, um para o outro. - Sorrimos juntos. 
-Isso mesmo, se moldando um para o outro. 

Foi ai que finalmente aconteceu o beijo tão esperado. Aquele com gostinho de reconciliação, de amor, de perdão... Mas tivemos que encerrá-lo ao ouvir o latido alto de Penélope em algum lugar da casa:
-Filhos, não machuquem a Penélope, coitadinha! - Sabia que algum deles a tinha a machucado de alguma forma, isso sempre acontecia, puxavam seu rabo, a pegavam pelas orelhas. 
-Vai lá salvar a Pê. - Luan riu me soltando. 
-Ah, eles estão cada dia mais terríveis, agora falando, quero só ver isso. - Falei sorrindo também. 
-Espera. - Ele me segurou antes que eu fosse - Você ainda me deve algo para a reconciliação ser completa... - Depois me lançou aquele seu olhar convidativo acompanhado de um sorrisinho cafajeste. 
-Ih, vai ter que esperar até a noite, Yara esta de folga hoje meu bem, vamos ter que passar a tarde gastando energia com aqueles dois. - Nesse momento Penélope latiu de novo - Ai deixa eu ir! 
E assim, fui salvar Penélope das garras daqueles pequenos desnaturados enquanto Luan só ria de mim.

Felizmente tínhamos conseguido nos entender, mais uma vez a boa conversa foia chave de tudo, e o amor é claro, que é sempre maior e mais forte do que qualquer desavença. Não em arrependo de ter dito as coisas que eu disse - ta, talvez algumas sim - nem de ter vindo embora mais cedo, foi assim que fiz Luan perceber seu erro e querer corrigi-lo. Agora era esperar para ver se aquilo acabaria ou persistiria. 

Mas muita coisa ainda estava para rolar naquele dia... 

[Continua]

Nhaaaaaaac' 

Eles se acertaram, 

e os anjos cantam ~~~

hahaha' 

Em fim, 

OS GÊMEOS FALARAM! 

aaain que lindo <3

Gostaram disso? 

Maaaaaaaas, 

como eu disse, o dia ainda não acabou, tem muita coisa para rolar, 

muitas demonstrações de amor, de carinhos, 

mais momentos com os pequeninos, 

momentos a "sós"...

em fim... 

Vamos aguardar né? 

haha'

Por hoje é só, 

Beijokas

inté amanha ♥

Mayara

@Luansmyway