domingo, 25 de maio de 2014

Capítulo 122

[...]

Quinta-Feira, 9:03 da manha...

Levantei, tomei um bom banho, vesti um vestido azul com estampa floral, larguinho na altura dos joelhos, no cabelos um rabo de cavalo e o rosto, tão natural quanto a aluz do dia, nada de maquiagem. Depois disso desci e encontrei uma mesa parcialmente posta de café da manha, recheada de coisas saudáveis, sorri:
-Bom Dia, como passou a noite? - Dona Mari me perguntava sorrindo, estava natural e linda como sempre. 
-Bom Dia, passei bem. - Sorri e ocupei um lugar a mesa. 
-Não lhe esperei para tomar o café porque... - mas naquele exato momento, a campainha tocou - Devem ser sua mãe e sua irmã, vou abrir. 

E eram mesmo elas. Enquanto minha mãe Alice cumprimentava minha sogra, levantei-me e fui até elas, foi nesse momento que Antonela me olhou como se eu fosse outra pessoa:
-Nic? - Perguntou de olhinhos arregalados, faziam 2 meses que não nos víamos. 
-Eu mesma. - Abri os braços sorrindo e ela veio me abraçar. 
-Cara, você tá muito diferente, ta... gorda! - Ela me olhou de cima a baixo e eu revirei os olhos. 
-Ah não me diga, tenho espelho por aqui, e não sei se save, mas espero Gêmeos Antonela. - Falei. 
-Cuidado, vai explodir antes dos nove meses. - Ela me apontou o dedo sorrindo - E como estão nossos meninos em? Oi bebês, a titia chegou! - Ela tocou minha barriga. 
-Ah filha, minha filha, você está linda, e essa barriga... Ah meu Deus, eu estou tão feliz! - Minha mãe me abraçou contente. 
-Obrigada, também estou muito feliz. 
-Já tomaram café? - Marizete perguntou - Vamos para a mesa, conversaremos lá. 

E assim, seguimos todos para a mesa. Antonela estava maravilhada com a casa, os móveis, os quadros, com tudo, mas nãos e esqueceu de perguntar:
-E o Luan? Cadê? 
-Viajando. - Respondi.
-Ah, jurei que ele ia estar aqui, estou com saudades. - Ela fez careta. 
-Venho me ver ou ver Luan? - Protestei brincando. 
-Primeiro meus sobrinhos, depois Luan, por ultimo você irmãzinha. - Ela respondeu e lhe mostrei a língua.
-Mas Nic, não foi trabalhar ontem, nem hoje, está acontecendo alguma coisa? - Minha mãe perguntou.
-Bom, é por isso mesmo que pedi que viesse aqui, para contar o que esta acontecendo. - Iniciei.

Setadas a mesa de café, minha mãe e irmã prestaram toda atenção enquanto contei tudo, desde a noite em que passei mal, a descoberta da pré-eclâmpsia, a saída do trabalho e a mudança para a casa de Luan, quando terminei, senti um enorme alívio, como se tivesse resolvido um grande problema e agora poderia seguir livre e leve. 

Minha mãe e minha irmã em olhavam perplexas, como se não acreditassem no que estavam ouvindo, e por fim falei:
-Então, é isso, espero que me apoiem e compreendam porque é disso que eu mais preciso no momento. - Depois, suspirei.
-Nicolle, isso tudo é... é... - Minha mãe não tinha palavras.
-Difícil de acreditar não é? Mas é a realidade. 
-Porque escolheu ficar aqui e não conosco? - Ela me olhava como quem olha para o vazio.
-Porque estou brigada com meu pai, porque minha vida toda está aqui, porque vó Amélia está aqui, porque minha médica está aqui, e principalmente, porque o pai dos meus filhos está aqui. - Falei firme.
-Ele não está aqui. - Ela rebateu, mas seu tom era calmo.
-Mãe... essa não é a questão, uma hora eu e Luan íamos morar juntos de qualquer jeito. 
-Eu sei disso, entendo seus motivos, mas eu queria... cuidar de você, eu sou sua mãe! - Vi seus olhos marejarem.
-Eu não tenho dúvidas disso, mas dona Marizete esta cuidando de mim, melhor do que possa imaginar. Não sabe como eu queria vocês ao meu lado, mas sei que não é possível. - Tomei as mãos dela.
-Eu me mudaria pra cá por você Nicolle. 
-E deixaria meu pai lá? Porque ele não viria nem ameaçado de morte, quanto mais para cuidar de sua filha grávida e doente que ele nunca aceitou. - Falei com remorso. 
-Ele é seu pai, não tem ódio de você como imagina, só esta esperando que tome uma iniciativa. - Ela explicou.
-Já disse que não vou tomar iniciativa nenhuma. - Eu não queria falar sobre aquilo, estava magoada com meu pai, mesmo depois de tanto tempo.

Silenciamos um instante, fitei Antonela e nunca tinha a visto séria daquele jeito, mas num determinado momento, ela quebrou o gelo dizendo:
-Mãe, a questão principal não é onde Nicolle esta morando, não é o que meu pai pensa, não é o trabalho, é a saúde dela! Será que não percebe? Ela esta com uma doença grave, que pode afeta-la ou aos bebês, isso não importa pra você? - Sim, minha irmã tinha toda a razão do mundo. 
-É claro que importa, importa muito! - Minha mãe protestou, ja chorava.
-Então pare de questionar! - Antonela parecia extremamente irritada - Ela está no lugar certo, está com o pai dos filhos dela, numa cidade grande, onde tem todas as possibilidades a suas mãos, quer mesmo que ela vá lá pra casa, pra quele fim de mundo?
-Mas...
-E não me venha com essa coisa de mudar para cá, meu pai nunca aceitaria e pare de pressionar minha irmã para falar com ele, ela não pode se estressar, não vê? Nicolle tem que pensar primeiro nela, nos bebês, tem que estar com Luan porque ele sim apoiou-a desde o começo, está junto com ela pra tudo, e o que foi que o papai fez? Virou as costas. E olhe só, essas pessoas estão muito mais preocupadas com o problema do que a própria família dela. 

Naquele momento, falando todas aquelas coisas, Antonela pareceu muito mais velha e mais experiente, mas só tinha quatorze anos, mesmo assim, me emocionei ouvindo suas palavras, ela estava coberta de razão:
-Ela não nos chamou aqui para pedir nossa opinião, ela chamou para comunicar suas decisões, apenas. - Ela finalizou.

O silêncio prevaleceu mais uma vez, minha mãe parecia digerir todas aquelas palavras, mas aceitou por fim:
-Antonela tem razão, desculpe. 
-Não tem que se desculpar. - falei baixinho - Eu amo você mãe, não se afaste de mim como fez o papai, por favor. - Pedi quase chorando.
-Eu nunca faria isso meu amor! - Ela me abraçou forte - E quando a doença, você vai sair dessa, tenho certeza, e logo vamos ver esses meninos correndo por aqui. - Ela me olhou sorrindo.
-É, isso mesmo. - Afirmei.
-Fiquei tranquila Alice, sua filha é nossa filha agora, estamos cuidando dela melhor do que ninguém, acredite. - Minha sogra interveio.
-Eu sei que estão, ela não ficaria em um lugar onde não é bem tratada. - Mamãe passou as mãos por meus cabelos.
-Agora porque não mostra a elas o resto da casa Nicolle? E conta nossos planos para o quartinho dos bebês. 
-É, vamos lá. 

E assim, mostrei toda a casa para minha mãe e Antonela que ficaram ainda mais maravilhadas com aquele lugar, depois, fomos para o quarto que seria dos gêmeos, mostrei como ficaria tudo, e contei sobre o carinho das pessoas, todos os presentes que já tinha ganhado e todos os planos que tínhamos. 

Naquele dia, minha mãe ficou para o almoço, e depois, se despediu pois antes de ir embora, ia passar na casa de repouso pra ver Vó Amélia, pedi a ela que contasse tudo - embora ela já soubesse - e que mandasse meus beijos que assim que pudesse, ia lá pra vê-la. Assim, depois de muitos abraços, beijos e recomendações elas se foram. Agora tudo estava resolvido e eu poderia me dedicar tranquilamente aos meus gêmeos e a minha saúde, sem preocupações.

E assim, mais um mês se passou...

Muita coisa aconteceu. Pra começar, minha bariga cresceu consideravelmente e mesmo seguindo a dieta a risca, também cresci. Engordei um pouco mais, 3 quilos pra ser mais exata, e nem preciso dizer que estava me desesperando, mas Marcela disse que isso era normal na minha situação e a tendencia era engordar mais até os nove meses. Eu me sentia constantemente cansada, pesada e cheguei a chorar várias vezes ao pensar que Luan não em acharia mais tão bonita quanto antes. Ele por sua vez, fazia questão de me elogiar todos os dias, dizendo sempre que me amava, para que eu não me apegasse a essas bobagens, mas era inevitável, minha auto estima estava indo pelo ralo. 

Durante esse mês tive dias bons e ruins, nos bons, aproveitei para - com a ajuda de Juliana - arrumar minhas coisas e trazê-las para a casa de Luan, juntamente com Penélope que até então estava na casa de Ju e agora fazia a festa com Puff, o cachorrinho da irmã de Luan. Também em um dia bom, saí com Marizete para comprar as coisas do quartinho dos gêmeos e é claro que os paparazzi não deixaram de nos clicar, e em suas matérias malvadas, enfatizaram mais uma vez meu ganho de peso. 

Minha barriga de 6 meses era visivelmente maior - assim como meu corpo - do que a das outras grávidas que não tinham pré-eclâmpsia. Mesmo assim, isso me fazia pensar que meus bebês seriam grandes e fortes ao nascerem, incrivelmente lindos também. 

Luan voltava pra casa assim que podia, em toda brecha, já que agora eu não podia mai lhe acompanhar. Sempre trazia presentes, seus e das fãs e me fazia, cada dia mais e mais feliz. E naquele dia, ele regressava de mais uma de sua viagens, eu estava no quarto descansando, aquele dia era um dos que eu chamava de "Dias ruins", estava casada, respirando com dificuldade e sentindo uma agitação desconfortável, mas por um instante tudo isso sumiu, quando ele adentrou o quarto com um buquê de girassóis nas mãos e um sorriso de anjo no rosto. 


[Continua]





Amores...
Felizmente a conversa de Nic com sua mãe terminou bem, né? 
Graças a Antonela, sempre salvando a pátria! 
haha'
Mas e ai, 
um mês se passou, 
e agora?
O que será que vai acontecer?
Mais turbulências estão por vir amores =x

Aguardem!

Beijokas
Mayara
@Luansmyway

7 comentários:

  1. Será que não ja ta na hora de ter uma mini-equipe medica pra cuidar da Nicolle em casa,uma espécie de homecare? Pq essa dificuldade de respirar, ela poderia sei lá,fazer um pilates, ter uma enfermeira,mas pelo jeito ela ia reclamar,mas é melhor, fico com medo dela ter um treco,ate acharem ela naquela casa enooorme do Luan,ja era! (to preocupada com ela,como se ela fosse uma amiga minha) :/

    Priscila

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  2. Que bom que deu tudo certo com as duas, aeeee Antonela kkkkk.
    Lá vem você com suas turbulências, não faço a menor ideia do que seja :(
    Até amanhã bjsss

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  3. Mais turbulências??? aaaaa não :x
    @mylifeluanjo

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  4. Mais turbulências ? Sera que a Nic vai ter os bebês antes do tempo ? to preocupada

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  5. tadinha da nicole sempre quando ela acha q esta tudo bem acontece alguma coisa, e quais turbulencias seriam essas? continuaaaa logo amore, bjooos

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  6. Mais turbulências? :/
    Coitadinha da Nic :/
    Continua amor...

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