domingo, 4 de maio de 2014

Capítulo 98

[...]

Sábado, 6:10 da manha...

Isso mesmo, 6 horas e 10 minutos, um frio congelante e lá estava eu, já no aeroporto, prestes a entrar no avião para encontrar com Luan. Ai você me pergunta, "porque tão cedo?" Simplesmente porque esse foi o horário do voou que estava na passagem enviada pelo meu namorado que diz que me ama. 
-"Para ficarmos mais tempo juntos." 
Essa foi a explicação que ele me deu, mas não interessa, aquilo foi total crueldade com a minha pessoa. 

Depois de uma verdadeira luta para acordar Juliana e lhe entregar Penélope aos seus cuidados, agora eu já estava dentro do avião, decolando para o encontro do meu amor e mal podia esperar pra vê-lo de novo. 

Depois de quase 2 horas de voou, finalmente cheguei ao me destino, onde Rober me esperava com enormes óculos de sol, provavelmente para esconder a cara de sono:
-Bom Dia Donzela sempre em perigo! - Ele falou sorridente.
-Ah, você ainda lembra disso? Não vivo mais tão em perigo assim. - Dei-lhe um abraço.
-Claro, eu tenho uma memória excelente. Mas e você, como está? - Ele perguntou enquanto caminhávamos até o carro.
-Com sono, aliás, quem foi o responsável pelo voo as 6 da manha? - Fingi estar brava.
-Luan! Não tive nada com isso. - Ele jogou as mãos pro ar.
-Hum, então vamos acertar as contas depois. 
-Eu sabia que essa separação de vocês não ia longe. - Ele sorriu descontraído enquanto tateava os bolsos em busca de algo.
-É, a gente foi meio precipitado, cabeça dura. - Admiti.
-Eu que sei, mas o que importa é que estão juntos novamente. 

E quando ele terminou de dizer isso, chegamos até o carro, ele acomodou minha mala no porta-malas e em seguida abriu a porta traseira para mim. Só quando eu já estava lá dentro percebi outro corpo bem ali, era Luan que usava uma touca creme, óculos, camisa azul e calça clara, mas o melhor de tudo era o sorriso, aquele que eu tanto amava, bem ali, todinho pra mim. 

Sem nada dizer o puxei para um beijo, que deu seguimento a outro e depois outro. Eu poderia ficar naquilo para sempre, mas parei para falar um pouco:
-Achei que tinha ficado no hotel dormindo, ainda é tão cedo. - Acariciei seu rosto de anjo.
-Confesso que só cochilei, mas tinha que vir aqui te buscar. - Selinho.
-Com certeza, afinal, foi você que inventou essa palhaçada de voo as 6 da manha. - Me afastei enquanto Rober ria e dava partida.
-Queria ficar mais tempo com você. - Ele falou manhoso, me puxando para um abraço.
-Tudo bem, por esse motivo, está perdoado. - Selinho.

Fomos nos curtindo até chagar ao nosso destino, subimos discretamente e quando finalmente chegamos ao quarto, tudo que eu queria era me jogar naquela cama macia e dormir um longo  gostoso sono, logo depois é claro, de comer alguma coisa. 
-Ta com fome? - Ele pareceu ler meus pensamentos enquanto fechava a porta e pousava minha mala no chão.
-Muita. - Respondi tirando o casaco.
-Ótimo, vem... 

Então ele me puxou delicadamente até a pequena varanda que tinha ali, mostrando-me uma mesa farta, cheia de coisas gostosas junta a uma vista perfeita da cidade:
-Não foi você que fez isso. - Falei aquilo sem pensar. 
-Pedi que alguém arrumasse tudo enquanto ia te buscar, pro pão ficar quentinho. - Ele puxou a cadeira para mim, um verdadeiro cavalheiro.
-Ah, boa desculpa. - Brinquei.

Enquanto ele sentava-se a minha frente, percebi dois girassóis em um vasinho colocados no centro da mesa, sorri feito boba ao perceber a delicadeza daquele gesto, ele sempre pensava em tudo.

Começamos a comer enquanto conversávamos amenidades que aconteceram enquanto estávamos separados, e depois de muitas risadas, quando estávamos quase no fim do café, ele lembrou-se:
-Você disse que tinha uma coisa pra me contar? Lembra? 
-Lembro. - Meu sorriso sumiu instantaneamente naquele momento.
-Então...

Notei a forma como ele deu um gole na xícara e depois a colocou gentilmente sobre a mesa para que não fizesse barulho e senti como se eu já o tivesse visto fazer aquilo um milhão de vezes. Logo sacudi a cabeça para espantar esses pensamentos e foquei no que tinha que contar:
-Diogo foi me procurar ontem. - Fui direto ao ponto e ele ficou completamente sério, mas deixou que eu continuasse - E eu aproveitei para falar sobre nós, sobre tudo, em fim, dizer que o queria longe de mim. 
-E ele? - Luan perguntou apenas isso.
-Ah, quis questionar no começo, mas depois disse a mim que me procurou para se despedir. 
-Despedir? - Agora ele demonstrou interesse no assunto.
-É, esta indo hoje para Portugal, com uma mulher que conheceu. - Observei atentamente sua reação e encontrei alívio em seus olhos.
-Por isso você disse que eu ia gostar da notícia? - Agora ele sorriu sem me olhar.
-É, não gostou? 
-Pra ser sincero? Claro que gostei. - Ele confessou.
-Então ótimo, - Procurei sua mão e segurei - A partir de agora, selamos um recomeço, sem ninguém pra nos atrapalhar.
-Só eu e você. - Ele completou e beijou minha mão.

Silenciamos e voltamos a comer, logo depois ele perguntou:
-Disse mesmo a Diogo para não se aproximar mais? 
-Eu prometi não foi? Prometi que não deixaria nada mais nos abalar, nos separar. Mesmo que eu tenha que fazer grandes sacrifícios. 
-Se afastar de Diogo é um grande sacrifício pra você? - "Hum, Droga, não devia ter falado isso."
-Não amor, quis me referir a outras coisas. Mas vamos mesmo insistir nesse assunto? - Fiquei nervosa. 
-Não, recomeço, você mesmo falou. - Ele sorriu pra mim, relaxei.

Depois disso, deixei meu lugar e foi sentar-me em seu colo, enlaçando seu pescoço com os braços e lhe dei vários beijos enquanto o vento batia de leve em nós:
-Obrigada pelo café da manha. - Falei baixinho, perto da boca dele.
-Queria que você ficasse bem chia de energia. 
-É? Pra que? 
-Pra gente gastar bem ali, na cama. - Ele falou sedutor e mordeu meu lábio inferior.
-Ótima ideia. 

Quando dei por mim já estava na cama, sob o corpo dele, presa na melhor prisão de todas, de onde eu nunca mais queria sair. Seus dedos percorriam meu corpo devagar, como se quisesse encontrar alguma coisa que ainda não tinha percebido antes, mas não encontraria, pois ele já me conhecia milimetricamente bem e eu a mesma coisa. Mesmo de olhos fechados, eu podia imaginas cada centímetro de seu corpo, e a sensação de também tocá-lo era incrível, sua pela era macia, ombros largos, braços fortes perfeitamente combinados com um rosto de anjo. A cada beijo ele me fazia sorrir involuntariamente, a sensação de sua boca tocando minha pele me fazia arrepiar, meu corpo respondia fielmente a cada toque seu, assim como o dele ao meu. 

Eramos perfeitos cúmplices, os mais apaixonado amantes e dançávamos na cama numa plena sintonia, como se carregássemos a experiência de séculos. Os movimentos dele eram firmes e sutis ao mesmo tempo enquanto eu, agia perfeitamente ao seu comando. Ali estávamos completos, era o momento onde nossas almas se encontraram, e quando ele me olhava nos olhos, eu conseguia mergulhar totalmente dentro dele, e ele dentro de mim, descobrindo muito mais do que de qualquer outra forma. 

Como eu costumava dizer, sempre que Luan me tocava, me beijava, eu me sentia a alguns metros acima do céu, deitada sobre uma nuvem, essa era a sensação maravilhosa que ele me causava e eu torcia no meu íntimo, para que conseguisse causar uma coisa tão boa nele também. 

-Não consigo passar mais um dia sem você, sem sentir você, amar você. - Ele falava enquanto dava seguidos beijos em minhas costas nuas, eu permanecia imóvel, deitada de bruços, de olhos fechados, aproveitando cada momento.
-Me pergunto todos os dias como consegui viver 22 anos sem você. - Confessei inda de olhos fechados.
-Casa comigo... - Ele sussurrou sedutoramente em meu ouvido.
-Já somos casados, ou você esqueceu de Aruba? - Sorri, mantendo os olhos fechados mas imaginando a cara dele ao ouvir isso.
-Entendeu o que eu quis dizer. 
-E sei que esta brincando. - Rebati finalmente abrindo os olhos, ele me olhava fixamente.

Ele nada disse, apenas acomodou-se e colocou os braços acima da cabeça, olhando para o teto. Não entendi se ele tinha ficado chateado com o que falei, mas ele não poida estar falando sério, podia? 
-O que foi? Falei algo errado? 
-Não, nada. - Sua expressão voltou ao normal, dei-lhe um selinho.
-Estava mesmo falando sério? - Arqueei a sobrancelha.
-Se estivesse? 
-Eu diria que você é um cara bem... rápido, e louco. - Brinquei de novo.
-Louco por você. - Selinho.
-Hum, clichê, sempre clichê. - Fiz careta.
-Não pense que vai escapar, um dia vai se casar comigo. - Ele tocou a ponta do meu nariz.
-Já disse, já somos casados. 
Depois disso, o beijei para que não tivesse como questionar. Falaríamos daquele assunto no momento certo, ou antes do que eu imaginava.

Pelo menos eu sabia que ele me amava e isso era tranquilizador, porque com o tamanho do amor que eu sentia por Luan, se ele não me correspondesse, acho que morreria, pois não conseguiria mais viver sem ele. 

E depois dessa breve conversa, acabamos pegando no sono, afinal, estávamos completamente exaustos, foi aí que sonhei mais uma vez, com Lorenzo e Cecília...

                                                                   [Continua]






Xuxuzinhos...
Capítulo de amorzinho pra vocês
haha'
Mais tarde tem outro, 
com mais um sonho,
o que vocês querem ver no próximo capítulo? 
Quero palpites para Luan e Nic e para Lorenzo e Cecília...

Acho que posto mais um hoje!

Aguardo os comentários

Beijos
Mayara
@FCAsCoelinhasLS

Um comentário:

  1. que bom que tudo esta bem entre eles, e sera que o luan tava falando serio em relação a se casarem? tomara que sim hehe, e lorenzo e cecilia, to doida pra saber o que vai acontecer com eles, continuaaaaa logo amore, bjooooos

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