Capítulo 209

Segundo da noite, como prometido, espero que gostem ;) 

Sugiro que leiam ouvindo essa música maravilhosa que já passou aqui pelo blog e podemos dizer que é quase "O tema de Nic e Luan" haha' 

[...]

Alguns dias se passaram depois que fui a Ribeirão Bonito. Tive que me controlar para não voltar lá no dia seguinte pedindo a Lorenzo Filho que me levasse até a casa de campo. Valter aconselhou que esperássemos para não dar na cara e foi isso que fizemos. Então, tentei focar nos afazeres de casa, nos meninos e em Luan, que chegaria naquele dia, ou seja, aquele era o dia mais feliz da semana. 

Na parte da manha tudo correu normalmente, os meninos foram para a escola, voltaram para o almoço, almoçamos juntos, depois eles descansaram um pouco e chegou a hora da aula de natação - depois que eles começaram a estudar, as aulas com Vicente passaram para o turno da tarde, fora isso nada mudou.

-Então? Vamos nos aprontar? Mamãe vai levar vocês na aula de natação. - Falei. 
-Nada disso, hoje sou eu quem vai levar. - Yara saltou. 
-Claro, vamos juntas como sempre. - Sorri. 
-Não Nic, eu vou e você fica, depois, eu e os meninos vamos ao cinema ver um filme super legal que esta em cartaz. - Ela falava natural. 
-E posso saber porque vou ficar de fora desta programação? - Não entendia. 
-Porque o "patrão" me ligou, e mandou que eu fizesse tudo isso,  ele vai chegar a qualquer momento e quer você aqui e sozinha, se é que me entende. - Piscou. 
-Ah... - Finalmente entendi o que estava acontecendo. 
-Isso mesmo, se eu fosse você, tomava um banho, ficava vem linda e cheirosa. - Ela fez caras e bocas, sorri. 
-Mais alguma coisa que eu deva saber? - Perguntei. 
-Ele não me falou mais nada. - jogou as mãos para o ar. 
-Tudo bem, pode levar os meninos então. 
Me despedi dos pequeninos que saíram eufóricos sabendo que iriam no cinema depois da aula e corri para o quarto para me arrumar, como uma adolescente que tinha um encontro no sábado a noite. 

Tomei um bom banho com olhos e cremes -os que ele mais gostava - depois me vesti de maneira simples, para parecer que eu era linda em todos os momentos do dia e em meio a tudo isso sorri olhando para mim mesma no espelho:
-Como se nós não fossemos casados a quase 4 anos e ele já não tivesse me visto de todos os jeitos. - Dei uma ajeitada nos cabelos - É Nicolle, aquela menininha boba nunca vai sair de dentro de você. 
E foi com esses pensamentos que terminei de me arrumar e desci para ler "casualmente" uma revista no sofá da sala, de frente para a porta. 

...

Naquela tarde eu estava cheio de saudade dela, aliás, eu sempre estou cheio de saudades dela, é inevitável. Mas naquela tarde tudo seria diferente, eu a queria só para mim, como nos velhos tempos, então pedi a Yara que levasse os meninos para dar uma volta, assim, eu poderia ficar a sós com ela pois achava isso importante na relação e os moleques iam entender. 

Eu não tinha nada de especial planejado, apenas o velho clichê de sempre, um girassol em uma mão, uma garrafa do nosso vinho preferido na outra, mesmo assim, sabia que ela ia gostar, ela sempre gostava. A conhecendo bem eu sabia que Nicolle preferiria um momento nosso em nossa casa, do que qualquer luxo em qualquer lugar do mundo. Ela gostava da simplicidade e da minha companhia, somente, isso lhe bastava e lhe fazia ser aos meus olhos, a mulher mais encantadora do mundo. 

Ao atravessar o portão, enquanto passava pela área da piscina, fiquei mais ansioso a cada passo e comecei a me perguntar "Porque você esta assim? Já não fez isso tantas vezes!", mas eu sempre ficava ansioso quando estava prestes a vê-la, e sempre ficaria, acho que se um dia essa ansiedade acabasse, assim como a saudade, era melhor separar, pois o amor também teria acabado. 

Porém isso nunca aconteceria conosco, e eu só tive mais certeza disso quando abri a porta e pude vê-la. Estava encolhidinha no sofá lendo alguma coisa, os cabelos caindo por sobre o rosto, mas logo percebeu minha presença e levantou o olhar, mergulhando em mim como sempre fazia. Um sorriso se abriu e os pequenos olhinhos negros cintilaram, em mim ocorreu a mesma coisa. 

Fechei a porta e caminhei até ela que continuou na mesma posição, ajoelhei-me junto ao sofá, a olhando de baixo pra cima e entreguei-lhe o girassol:
-Que lindo amor, obrigada. - Pegou e cheirou como sempre fazia. 
-Queria ter trazido algo mais especial, mas não consegui pensar em nada. - Falei tomando sua mão. 
-Você aqui já é mais que especial e é tudo o que eu preciso. - Acariciou meu rosto. 
-Linda... - Nos presenteamos com um selinho, inocente e demorado, nada de pressa - Mas veja, nosso vinho também não podia faltar. - Ergui a garrafa para que ela visse. 
-Vou pegar as taças, me espera? - Perguntou sorridente. 
-Sempre, e lá no quarto. - Pisquei e ela entendeu. 

Fui para o quarto enquanto ela correu para buscar as taças, em questão de pouco tempo já estava no quarto comigo, me abraçando pelas costas, acariciando meu peito. Virei-me de frente para ela, segurei seu rosto e lhe dei mais um beijo, depois a olhei por alguns instantes e enxerguei ali aquela mesma menina de sempre, a minha menina. 

-Morri de saudade. - Falei baixinho, o rosto próximo do seu. 
-Você sempre diz isso, estou começando a desconfiar. - Brincou, leve como uma pluma solta no ar. 
-É a mais pura verdade, e você sabe. 
-Sei, e a reciproca é verdadeira. - Falou cheia de cultura - Mas me diga, mandou Yara levar os meninos, e eu lhe esperar aqui, trouxe um girassol e vinho, quais são suas reais intenções? - Se soltou os meus braços e caminhou pelo quarto, a admirei de corpo inteiro por um instante. 
-Simples, quero você só para mim. - Dei de ombros e passei a mão pelos cabelos. 
-Você já tem isso. - Sorriu travessa. 
-Você sabe do que estou falando. - Peguei em sua mão e a puxei para mim de novo - Só quero tomar um gole de vinho e falar do meu amor por você, depois colocar todo esse amor em prática. - Agora passei a mão por seus cabelos, do meio até as pontas, lindos. 
-Então que tal você falar do seu amor por mim primeiro? - Sugeriu. 
-Tudo bem, lá vai... Eu te amo muito. - Sorri de canto. 
-Ta bom, conte a novidade. - brincou. 
-Argh, nada que eu disser será novidade pra você, já sabe meu discurso de cor. - Revirei os olhos. 
-Então vamos pular essa parte também, e vamos colocar esse amor em prática logo. - Num movimento súbito pulou no meu colo, prendendo suas pernas em volta do meu quadril, a segurei sorrindo. 
-Você que manda. 

Então nos beijamos de novo, ainsa sim um beijo longo e carinhoso, bem a nossa maneira. Depois fiz com que ela caísse delicadamente por sobre a cama e me deitei por cima, a olhando nos olhos:
-Eu adoro quando você faz essas coisas sabia? Simples e encantadoras. - Falou baixinho. 
-Eu sei, tudo para fazer você feliz. - Sorri. 
-Nada do que eu dizer aqui vai ser suficiente pra expressar todo esse amor que sinto por você. 
-Então não diga nada, apenas me mostre, me faça sentir esse amor. - Falei ao é de seu ouvido, sentindo seu cheiro bom. 

E assim ela me beijou de novo, e eu realmente pude sentir todo o amor do mundo somente através de um beijo, e isso só explodiu mais ainda quando se entregou para mim, quando nossos corpos se fundiram, se tornando um só, na mesma sintonia, no mesmo compasso, vivendo o mesmo desejo. Nada se comparava a sensação de tê-la ali em meus braços, dizendo com o corpo que era minha e que sempre seria. Eu e Nicolle caminhávamos na mesma frequência e tínhamos o domínio de uma dança do amor própria. Como ela mesma dizia sempre, eramos almas predestinadas a viverem juntas pela eternidade, e víamos isso todas as vezes que fazíamos amor. 

Ela era minha, eu era seu e isso bastava, sempre bastaria. Enquanto tivéssemos um ao outro nada estaria ruim ou sombrio, ela era minha luz, eu era eu caminho, combinávamos como a lua e o mar e nada nunca faria isso mudar, nunca. 

Ela era perfeita para mim e me fazia o mais feliz dos homens. Eu não precisava de outra e nunca precisaria, queria viver com ela para sempre, queria que isso fosse possível. Depois de conhecer Nicolle desejei a eternidade, só para poder amá-la para sempre, só para senti-la como estava sentindo naquele momento, pois eu a amava e sempre amaria, essa era a única certeza que eu tinha. 

E depois de exaustos, após várias horas prazerosas de amor, fiquei a admirá-la por mais um instante, pensando em como era sortudo de tê-la para mim todos os dias, todas as horas, todos os segundos que quisesse, completamente minha. 

-Acho que agora sim podemos tomar o vinho. - Sorriu quebrando o silêncio. 
-Ótimo. - Concordei e rapidamente nos servi, lhe entregando uma taça - Vamos brindar a algo? 
-Sempre brindamos ao nosso amor, e hoje não pode ser diferente. - Me olhou profundamente. 
-Então, ao nosso amor, que todos os dias sejam como este. - Ergui a taça. 
-E que seja eterno. - Completou e brindamos.

Depois de um gole veio um beijo, e então ela se aninhou em meus braços como sempre fazia e eu... apenas relaxei, querendo fazer o tempo parar para poder ficar ali para sempre, com ela em meus braços. 

[Continua]

Nhaaaaaaaaaaaaac'

Gostaram? 

Luan narrando como vocês gostam, 

tudo para agradar minhas leitoras lindonas. 

Não tenho muito o que dizer sobre esse capítulo, 

apenas amor né?

E viva ao Amor! 

\õ/

Amanha mais dois como prometi ok? 

Beijos

Mayara

@Luansmyway