Capítulo 200

Brenna, no momento o único presente de aniversário que posso te dar é este capítulo! kkkkk Mesmo assim Parabéns, tudo de melhor que existe pra você, que Deus te abençoe, que todos os seus sonhos se realizem e que você continue por aqui por muuuuuuito tempo haha' Beijãão e obrigada ;)

[...]

-E aí? Tudo pronto? - Perguntei olhando a hora no celular, me referia ao jatinho, queria saber se ele já estava pronto pra partida, eram 3:07 da manha e eu estava correndo contra o tempo pra chegar em casa. 
-Vai demorar um pouquinho, parece que deu um probleminha e... 
-Probleminha? - perguntei desacreditando o que ouvia - Cara, eu preciso chegar em casa logo! - Falei desesperado. 
-Calma, sei disso, vai dar tempo. - Rober me olhou sério. 
-Não tô acreditando. - Levei as mãos a cabeça - Meus filhos não vão me perdoar. 
-Eles são só crianças... 
-Não! - Esbravejei - São meus filhos e eu prometi, você não entende. - Caminhei pela pista. 
-Vai dar tempo, quem está prometendo sou eu. - Tocou meu ombro - Calma! 

Tinha que dar tempo, de um jeito ou de outro, eu precisava chegar em São Paulo logo, não podia falhar com Lorenzo e Henrique, não num dia tão importante. Mas parece que o universo não estava a meu favor naquela madrugada. 

...

-O que? Problema no avião? - Perguntei não acreditando no que Luan me falava pelo telefone - Então espere o concerto, ou melhor, nem venha! Vai que esse avião cai e uma desgraça acontece... Luan, está me ouvindo? - me desesperei. 
-Eu preciso chegar. - Ele insistia. 
-Você precisa permanecer vivo, é isso que você precisa, Luan, me escuta... 
-Nicolle, é um problema pequeno, vai ser resolvido logo e eu... 
-Luan pelo amor de Deus, não brinca com isso, você sabe que é sério. 
-Eu sei que é sério, a promessa que eu fiz também é séria. - Falou decidido - Vai dar tudo certo, confia... ou reza. 
-Você não pode embarcar num avião com defeito, não faz isso, tô pedindo. - Choraminguei. 
-Fique tranquila, te ligo depois. Amo vocês. 
Falou apenas isso e desligou. 

Se eu já não estava conseguindo dormir, dali em diante que não pregaria o olho. Fiquei só pensando que ele queria muito estar conosco e faria o impossível para isso, até entrar em um avião defeituoso pra chegar  atempo, mas e se não chegasse? Coisas terríveis começaram a se passar pela minha cabeça. 

Consegui falar com ele novamente, já passavam das 4:00 e ele me avisou que o avião tinha sido concertado e estava embarcando. Seriam menos de duas horas de viagem, isso queria dizer que daria tempo. Mesmo assim não consegui respirar aliviada, dali em diante foram duas horas sem conseguir falar com ele que teve de desligar o celular, duas horas de coração na mão, duas horas de pura angústia. 

E essas duas horas se passaram, o despertador tocou, 6:00 em ponto, eu tinha que acordar os gêmeos. Tentei ligar para Luan novamente mas o celular continuava desligado, me desesperei, não sabia o que fazer. Pensei em esquecer tudo, esquecer a aula e deixar os meninos dormindo até que ele chegasse, mas não podia fazer isso, ia ser a mim que eles não iam perdoar se perdessem o primeiro dia, então tomei coragem e os acordei, e o primeiro bom dia que Lorenzo me deu foi:
-Papai chegou? - perguntava sonolento. 
-Vamos, vamos para o banho se não vão se atrasar. - Desconversei. 

E assim os aprontei e descemos para que comessem alguma coisa. Olhei a hora, eram exatamente 6:31, teríamos de estar na escola 7:15. Coloquei cereais com leite para eles e Henrique quem perguntou dessa vez:
-Mamãe, papai não vem? - Aquelas carinha me olhando eram de cortar o coração. 
-Vou ligar pra ele ta bom? Comam tudo. - Sorri amarelo, tentei ligar mais uma vez, nada. 

Os gêmeos comeram rápido, achei melhor nos apressarmos caso pegássemos transito, então pedi que cada um pegasse sua mochila e foi ai que eles disseram:
-Papai não pode vir né? - Lorenzo me olhou, estava completamente triste. 
-Deixa eu falar uma coisa pra vocês. - Abaixei-me para olha-los melhor - Tenho certeza que ele fez de tudo para vir, mas ouve um problema no avião... Ele queria muito estar aqui, mas amanha... 
-Não quero mais ir mamãe. - Henrique falou sério. 
-Tem certeza que vai perder toda a diversão do primeiro dia? - Tentei animá-los - Seu pai vai querer saber como foi quando chegar. 
-Mas ele não ta aqui. 
Nesse momento ambos fizeram cara de choro, fiquei mais desesperada, não sabia o que fazer, se seria melhor deixá-los em casa, ou levá-los mesmo assim. Também estava preocupada com Luan. 

Mas nesse momento a porta se abriu num estalo e a silhueta de Luan apareceu ofegante e sorridente bem ali a nossa frente. Os meninos gritaram de animação, largaram as mochilas e correram para ele e eu, bem, eu soltei um logo suspiro aliviado e fechei os olhos agradecendo aos céus.
-Olha que lindos vocês estão! - Falou enquanto os olhava de uniforme - Como assim iam sair sem mim? - Fez uma careta. 
-Achei que você não vinha papai! - Lorenzo enlaçou seu pescoço em mais um abraço. 
-Eu nunca faria isso com vocês. Papai sempre volta pra vocês. - Acariciou os dois. 
-Então vamos? Porque a hora não espera por ninguém. - Comentei depois de me recuperar. 
-Vamos, no meu carro! - Luan bateu palmas animado. 

Os garotos correram para o carro enquanto eu e Luan nos olhamos por um instante. Seu semblante parecia exausto e eu sabia que o meu não estava melhor, mesmo assim, estávamos ali, firmes e juntos:
-Achei que não fosse conseguir. - Me aproximei, colei meu rosto no seu e disse baixinho. 
-Você não sabe o que um pai é capaz de fazer por um filho. - respondeu em mesmo tom. 
-Você é o melhor, te amo. - Olhei diretamente em seus olhos. 
-Também te amo. Mas agora vamos? 
-Vamos. - Sorri por fim. 

E assim, seguimos para a escola e por sorte não tinha muito transito. Luan dirigia enquanto interagia animado com os meninos que agora estavam radiantes e assim, logo conseguimos chegar. 

Lá, fizemos questão de entrar - Luan chamando atenção como sempre - e deixar os gêmeos em sua salinha:
-Oi, sou Leila, a professora deles a partir de hoje. - A professora nos recebeu, já tinha encontrado com ela quando estava acertando tudo. 
-Oi Leila. - Cumprimentamos. 
-Então meninos, vamos dizer tchau ao papai e a mamãe? - Leila falou aos meninos, sorridente. 

Eles se entreolharam por um instante, depois olharam para aquela mulher estranha a sua frente e por fim nos olharam. Foi ai que nos abaixamos pra falar com eles:
-Agora vocês vão ficar aqui, e a gente vai embora como a mamãe explicou tudo bem? - Falei calmamente - Depois a gente volta pra buscar vocês. 
-É, se comportem, fiquei quietinhos, obedeçam a tia Leila e cuidem um do outro. - Luan os abraçou. 
-Ta bom, tchau mãe, tchau pai! - Lorenzo falou, mais desprendido. 
-Vocês não vão ficar aqui com a gente? - Henrique perguntou,meio receoso. 
-Não meu amor, a mamãe já explicou isso pra você lembra? 
-Lembro... Ta bom então. - Não senti firmeza no que ele disse. 
-Vem Henrique, vem! - Lorenzo chamava. 
-Vai lá filho, mais tarde a gente vem buscar vocês. - Luan reforçou. 

E assim, finalmente Henrique acompanhou o irmão, ocuparam seus lugares junto com as outras crianças e eu falei para a professo:
-Qualquer coisa pode me ligar ok? 
-Claro, pode deixar, eles vão ficar bem, não se preocupe. - Me sorriu. 
-Vem amor, eles vão ficar bem. - Luan me puxava - Tchau Leila. 

Dei uma ultima olhada nos meninos e saímos finalmente, mas quando chegamos no carro falei:
-Henrique não estava muito seguro, percebeu? 
-Você sabe como ele é, bem mais apegado com a gente que o Lorenzo que é todo desprendido. - Luan falava natural. 
-E se ele chorar, e se não quiser ficar lá? - Perguntei aflita - Ele não gosta de ficar com quem não conhece. 
-Relaxa amor, isso faz parte da vida, você passou por isso, eu passei... Ele vai gostar, vai brincar, aprender. Vai ficar tudo bem mãe coruja. - Ele riu de mim. 

Mesmo pequeninos, os gêmeos já tinham suas características bem definidas. João Lorenzo era destemido, simpatizava com todos, estava sempre sorrindo, era falante e desprendido de mim e de Luan, já João Henrique era o contrário em alguns pontos, não gostava muito de conversar com estranhos, era mais sério e mais concentrado no que acontecia a sua volta, também era muito apegado a mim e a Luan, não gostava de ficar sem um de nós ou sem Yara por perto. 

Quando chegamos em casa eu ainda estava pensando nos meus pequeninos sozinhos naquela pequena "Selva", mas tinha que me acostumar com isso, o mundo os chamava e daquele momento para a frente sempre seria assim.

-Você parece exausto, esta virado, que tal dormir um pouco? - Falei para Luan acariciando suas costas e tentando desviar os pensamentos. 
-Dormir? -virou-se para mim - Estou com saudades demais para dormir. - Sorriu daquele jeito só dele e me envolveu pela cintura. 
-Nossa, tenho inveja dessa energia toda, de verdade. - Tentei sorrir - Não consegui pregar o olho a noite toda de preocupação com você, então, se quiser alguma coisa agora, vai ter que me convencer com muito carinho, muitos beijinhos... 
-Hum, não precisava de tanta preocupação - Selou minha boca devagar - Mas tudo bem, você merece um carinho. - Beijou meu pescoço diversas vezes, carinhosamente. 
-Isso mesmo, bem assim. - Sorri sentindo seus beijos. 

Sem mais delongas subimos e lá deitados em nossa cama, nos cobrindo de beijos e carinhos, falei em um determinado momento:
-Obrigada por ter feito o impossível pra estar aqui hoje. - Acariciei se rosto - Sei que os garotos nunca vão esquecer disso. 
-Eu prometi não foi? Jamais quebraria um promessa ao meus filho, nunca vou fazer isso. - Passou a ponta do seu nariz no meu. 
-E é por isso que eu te amo. - Sorri. 
-Eu também te amo, te amo muito. 

E assim me beijou, e é claro que fizemos amor naquele momento, mas foi diferente, foi tranquilo, foi suave, com carinho como eu tinha pedido, um tipo de amor que cabia perfeitamente com aquele momento lindo, cheio de palavras bonitas sussurradas ao pé do ouvido e juras que com certeza seriam lembradas e  cumpridas. Tudo tinha dado certo no final, sempre dava e brindamos mais aquela vitória a nossa maneira, com muito amor. 

E depois do amor, caímos num sono profundo pois ambos não tinham dormido nada na noite anterior. Dormimos por horas a fio, como pedras, exaustos, mas em determinado momento senti um clique e acordei, olhei a hora e me assustei ao constatar que já eram 13:38 da tarde:
-Meu Deus, os gêmeos! 
Quase gritei, tinha esquecido de pagar os meninos na escola. 

[Continua]

Amorekos, 

Em primeiro lugar, nem tenho muito o que falar sobre os "200" Capítulos né? 

Só orgulho, amor por essa história, amor por vocês minhas leitoras fiéis e por tudo que construímos juntas. 

Só tenho a agradecer por estarem aqui comigo em mais essa conquista, 

e  a pedir que continuem comigo, sempre! 

E vamos terminar essa história né? 

Vamos seguindo,

Obrigada por tudo

♥

Mas quando ao capítulo... 

deu tudo certo! 

\õ/

hahaha'

Todo mundo sabia que ia dar né? 

Luan conseguiu chegar, 

levou os pequeninos a escola,

mas como nada é perfeito, 

esqueceram de buscar! 

kkkkkk'

E agora? 

Aguardem! 

Beijos

Mayara

@Luansmyway