Capítulo 205

[...]

-Ué Nic, só tô falando que agora as coisas mudaram, você ta grávida. 

Luan disse isso e deu de ombros, Já Valter ficou todo sem graça e eu, não sabia o que dizer:
-Olha Nic, acho melhor  agente falar sobre isso outra hora, já vou indo. - Valter falou querendo sair dali o mais rápido possível. 
-É, é melhor sim, mas eu te ligo pode ser? Ainda essa semana. - Garanti enquanto Luan me olhava. 
-Tudo bem, já vou, tô com o tempo super corrido. Tchau Luan e ... desculpa qualquer coisa. - Falou envergonhado. 
-Magina. 

E assim ele saiu o mais rápido possível depois daquele fora que Lua lhe deu, quanto a mim, fiquei o olhando por um longo instante, até ele perguntar:
-Que foi? 
-Precisamos conversar não acha? - Perguntei em tom natural e me juntei a ele no sofá. 
-Nicolle, eu realmente não acredito que você quer ficar se dispensando pra lá e pra cá no estado em que esta. - Virou-se para mim me dando total atenção e buscando meu olhar. 
-Mas meu amor, eu não estou doente, nem inválida, apenas grávida. - Gesticulei. 
-Você sabe muito bem que no seu caso não é tão simples assim. 
-Podia ser se você não ficasse me lembrando de dez em dês minutos que eu posso cair doente a qualquer momento. - Fui sincera. 
-Eu só  quero cuidar de você... - Se sentiu ofendido. 
-Eu sei Luan, eu sei que o que passamos foi difícil, foi duro, todos sofreram, e que você só quer o meu bem, só quer cuidar de mim... Mas eu me sinto bem! - Abri os braços como se quisesse que ele me olhasse por completo - E eu não quero em sentir doente, eu mais que ninguém sei o quanto é ruim sentir tudo aquilo no próprio corpo...Eu jamais colocaria a vida do meu filho em risco, nem a minha, mas por favor não me faça sentir como se já estivesse doente, vivendo com medo, no limite, pisando sempre em ovos... Pelo menos até os 5 meses que é quando a doença realmente aparece, se ela tiver que aparecer, me deixe viver como uma grávida normal. 

Me emocionei falando tudo aquilo, mas era o que precisava ser dito. Eu não queria ser tratada como uma doente, não sem me sentir assim:
-Eu entendo que se preocupe, afinal, foi tudo tão difícil. - Segurei seu rosto com as duas mãos e colei minha testa na sua. 
-Você não sabe o que eu senti, o medo, o desespero, a sensação de não poder fazer nada... Eu não quer sentir tudo aquilo de novo. - Falou baixinho. 
-Eu sei, eu também não quero, ninguém quer. Mas você prometeu que íamos acreditar que tudo ia ser diferente lembra? Que nada de ruim ia acontecer dessa vez, foi por isso que eu tentei Luan, por isso arrisquei, porque tenho esperanças que nada vai acontecer desta vez e que eu vou poder curtir minha gravidez tranquila, nós vamos, como não fizemos da ultima vez. - O olhei - E isso inclui poder transitar livremente para todo lado. - Sorri. 
-Ah meu amor, eu te amo tanto sabia? 

E após dizer isso me abraçou forte, por um longo tempo e só eu sei o quanto era maravilhoso ficar ali, dentro daquele abraço, protegida de tudo e de todos. O melhor abraço do mundo, o mais confortante, o mais gostoso de sentir:
-Queria poder ir com você, só assim iria ficar tranquilo de verdade. - Falou por fim. 
-Ei, eu sei me cuidar rapaz! - Reclamei brincando - Mas também queria que você fosse comigo. 
-Só que não posso e sabemos o porque. - Deu meio sorriso. 
-Ia chamar só um pouquinho de atenção numa cidade razoavelmente pequena. - Acariciei seu ombro. 
-Jura que vai se cuidar? Por tudo que você mais ama nessa vida? Jura que vai voltar no mesmo dia? Que isso vai ser rápido? 
-Juro, Juro, Juro, Juro. Não estou indo para a selva Luan, encare isso como se eu ainda trabalhasse como Jornalista e estivesse indo fazer uma reportagem sobre uma família de história curiosa. 
-Já reparou que você sempre consegue o que quer? E quando coloca uma coisa na cabeça ninguém tira? - Sorriu. 
-Já, e eu me gosto assim, sinto que sou uma pessoa determinada. - Enchi o peito, ele riu de mim. 
-É linda e teimosa, isso sim! - Selinho - Mas eu quero que você saiba que se voltar com uma unha lascada pra casa acabamos com isso e dessa vez não vai ter palavra bonita que me convença o contrário entendeu? Estou falando sério. - Apontou o dedo. 
-Tudo bem, entendido. - Bati continência - Vai ficar tudo bem, você vai ver e de quebra ainda vou achar o que quero. 
-Só peço a Deus que encontre logo pra ficar quieta em casa! 
Ignorei e o beijei inesperadamente, depois disso tudo ficou bem e o melhor, não teve briga nenhuma, ponto para mim. 

Tivemos mais uma noite maravilhosa naquele dia, mas no dia seguinte ele teve que partir novamente, então resolvi começar os trabalhos o mais rápido possível e para isso, fui correndo até o jornal falar com Valter:

-Primeiro de tudo me desculpe por ontem, Luan só estava preocupado. - Comecei enquanto me sentava a sua frente. 
-Eu o entendo perfeitamente, afinal, não foi fácil o que vocês passaram na gravidez dos gêmeos. Mas que coisa em, aconteceu de novo! - Sorriu. 
-Pois é, mas dessa vez eu planejei, vai dar tudo certo. - Sorri otimista. 
-Vai sim, e se esta aqui, suponho que convenceu Luan a mudar de ideia. 
-Isso mesmo, vamos em frente. 
-Tinhosa como sempre não é? - Riu de mim. 
-Sempre. Mas me diga, no que pensou para nossa ida a Ribeirão Bonito?
-Então, você não vai acreditar no que consegui... - Seus olhos brilharam - Consegui falar com alguns jornalistas lá da cidade e inventei que queria publicar aqui uma espécie de matéria sobre os idosos, s eles vivem mais no interior ou aqui na cidade grande, assim, eles vão em mandar uma relação completa dos idosos que moram lá, e quantos anos eles tem. 
-Não acredito que você conseguiu isso. - Levei as mãos a boca - É genial! 
-Então, se o tal Lorenzo filho estiver vivo, vamos saber. 
-Vamos saber que ele esta vivo, mas como faremos para encontrá-lo exatamente? 
-Então, direi aos jornalistas de lá que o próximo passo é conversar com alguns dos idosos dessa lista, então pedirei que me consigam os endereços. - Estalou os dedos, vitorioso. 
-De onde vem toda essa inteligência? - Perguntei maravilhada. 
-Anos e anos de profissão minha jovem. 
-E nada também como uns bons contatos né? - Sorri. 
-Isso mesmo. 
-Então só temos que esperar a lista do tal jornalista né? 
-É, esperar, pior coisa. - fez careta. 
-Nem me fale. Mas que tal a gente tomar um café, quem sabe eles não mandam enquanto isso.
-Ótima ideia. Mas só mais uma coisa, e se Lorenzo Filho não estiver vivo? - Mordi o lábio. 
-Bom, ai complica um pouco, mas a gente inventa outra coisa e acha a família que ele deixou, pode ter certeza. 

Então fomos até uma cafeteria ali perto, ficamos tomando café e conversando amenidades por cerca de uma hora, depois voltamos. Imediatamente Valter foi checar seu e-mail e para nossa surpresa estava lá a relação dos idosos de Ribeirão Bonito:
-Chegou! 
-E então? O nome esta ou não esta ai? 

Ele analisou por alguns segundos me matando de aflição até que finalmente me mostrou um largo sorriso:
-Esta sim, na lista dos idosos com mais de noventa anos! 
-Cadê? - Não acreditei - Lorenzo Ferraro Filho! - Quase gritei ao encontrar o nome. 
-Encontramos Nicolle! - Ele me abraçou animado.
-É, agora parta para a parte dois do plano, ligue pro tal jornalista e peça o endereço, vamos para Ribeirão Bonito ainda essa semana! - Falei decidida.

[Continua]

Oi amores, 

capítulozinho pequenino só pra manter o suspense

hahaha'

Depois de uma conversa amigável, 

Luan concordou que Nic continuasse, 

afinal, ela sempre consegue o que quer né? 

Mas e aí, o filho de Cecí e Lorenzo esta vivo!

\õ/

Agora é só conseguir o endereço e 

"Irem a caça" 

hahaha'

Aguardem fortes emoções! 

E só mais uma coisa

"Leitora Fiel", um texto sobre felicidade? Na outra História? É isso? Nuuuuus, não lembro não, mas vou dar uma procurada pra você aqui ta? Beijo ;) 

Agora sim, 

tchau tchau

Mayara

@Luansmyway