sábado, 9 de agosto de 2014

Capítulo 192

[...]

-Mas amor, supondo que essas pessoas existiram mesmo, você não sabe nada sobre elas, tipo, a cidade onde se passou toda a história, os sobrenomes ou qualquer outra coisa. 

Luan falava depois de ouvir minha ideia e tese sobre investigar o resto da vida de Cecília após a morte de Lorenzo e do filho que eles tiveram. Como ainda estávamos na cama e a noite já estava caindo, resolvi levantar:
-Mas nos temos o poder da internet meu caro, além do mais, Lorenzo não é um nome assim tão comum, não será difícil encontrar um Lorenzo aviador dos anos de 1930. - Falei enquanto catava minhas roupas pelo chão. 
-Porque você levantou? - Perguntou indignado - E outra, se tudo isso aconteceu no exterior? 
-Levantei porque já já seus pais trazem os gêmeos - comecei a me vestir - e quando a outra pergunta, que tal sermos só um pouquinho otimistas em? 

Ele não falou mais nada, então terminei de me vestir e me deitei por cima dele novamente:
-Porque esta colocando tantas dificuldades? Não quer que eu procure? Se não quiser fale agora para depois não haver conflito. - Avisei. 
-Não, não é isso, eu não me importo. Só tenho medo que você... encontre alguma coisa ruim, não sei, perca seu tempo ou se arrepende depois. - Foi sincero como sempre. 
-Eu não sei o que é exatamente, mas eu sinto uma necessidade muito grande de saber de tudo entende? - Falei colocando a mão no peito - Hoje em dia, diferente de quando nos conhecemos eu penso que não pode ter sido em vão ter sonhado tudo aquilo, ou no mínimo não foi normal. 
-Entendo, é que para mim a visão é sempre diferente, afinal, eu não sonhei nada, só acompanhei de longe. - Sorriu de canto. 
-Sei disso. E vou te adiantar uma coisa, talvez, com a descoberta de toda essa história, sendo verdadeira ou não, quem sabe o meu tão sonhado livro não sai em? - Sorri animada. 
-Mas você disse que não ia publicar essa história! - Ele se assustou. 
-É, eu disse, mas andei pensando e... ela não precisa ser escrita do jeitinho que é, assim... - Me ajeitei para falar melhor com ele - Ela não precisa nos envolver entende? Será um livro sobre a história de Lorenzo e Cecília, nada de Luan e Nicolle, ninguém vai saber que eu sonhei tudo isso, as pessoas vão saber apenas que eu pesquisei a história de uma família, achei bonita e publiquei, apenas. 
-Nossa, realmente faz sentido. - Ele franzio o senho - Que cabecinha genial em! - Sorrimos juntos. 
-Você tem que concordar comigo que é uma linda história, outras pessoas merecem conhecê-la... E quanto aos sonhos, ficam sendo um segredo nosso. - Pisquei para ele.

Sem falar nada ele se aproximou de mim, selou meus lábios devagar e disse:
-Achei que tinha deixado para lá a história de escrever um livro depois dos gêmeos. Que bom que não desistiu do seu sonho. - Falou bem próximo ao meu rosto. 
-Não é você mesmo que prega isso? Que não devemos desistir dos nossos sonhos? - Sorri - O projeto estava apenas adormecido, mas agora vai voltar com força total. 
-Tudo bem, co tanto que não em abandone quando for uma escritora famosa. - Deu de ombros, ri dele. 
-Aceite Luan Santana, você vai ter muito trabalho para se livrar de mim, não se esqueça de que venho te perseguindo de outras vidas em. - Brinquei. 
-Sabe qual é a melhor parte disso? - Me olhou profundamente. 
-Qual? 
-Saber que se existir mesmo essa coisa toda de outras vidas, de encontro de almas, estamos amarrados um ao outro para sempre e nosso amor será eterno. - Acariciou meu rosto. 
-Exatamente, mas acho que eu não preciso de prova nenhuma pra saber disso. - Sorri de canto - Porque o amor que eu sinto por você é tanto, mas tanto que é capaz mesmo de durar toda a eternidade. 

Então, sem mais palavras o beijei e ele correspondeu fielmente, e ficamos nisso até ouvirmos uma movimentação no andar de baixo, nosso filhos tinham chegado. 
-Ei, você tem que se vestir! - Reclamei, levantei e saí andando - Vai logo, vou descer antes que seus pais subam aqui e te vejam pelado. 
-O que é que tem? Eles já me viram muito pelado Nicolle. - Fez gracinha, fiz careta. 
-Você entendeu. 
-Digo a eles que estávamos fazendo nosso terceiro filho, eles vão ficar muito felizes. 

Parei por um instante para sentir o efeito bom que aquela frase tinha causado sobre mim. É claro que eu ainda estava tomando os devidos cuidados para que isso não acontecesse, mas saber que ele estava tratando aquele assunto com leveza me deixava feliz:
-Não diga nada  a eles sobre isso ainda ta? Eu não... bem eu... - Não soube que palavras usar. 
-Você ainda não decidiu. - Ele completou para mim - Eu sei, nada de falsas esperanças, tava só brincando, fica tranquila. 
-Obrigada. - Joguei um beijinho e desci correndo.

Ao chegar na sala me deparei com os gêmeos rasgando sacolas e caixas, fazendo a maior bagunça com os "presentinhos" que tinham ganhado dos avós, era sempre assim, não podiam ir na esquina que voltavam cheios de mimos:
-O que eu faço com esses pequenos consumistas em? - Cheguei falando. 
-Ah, eles não pediram nada, foi a gente que quis dar. - Amarildo explicava. 
-Menos mal. - Sorri - De qualquer forma, obrigada. 
Logo Luan também desceu e insistimos para que eles ficassem para jantar, acabaram aceitando e assim, tivemos uma noite muito feliz. 

Depois que os pais de Luan foram embora, me distraí falando com minha mãe no telefone um instante, Yara tinha sido dispensada naquela noite e Luan estava ao que me parecia, compondo alguma coisa. Tecnicamente ninguém estava prestando atenção nos gêmeos, foi ai que eles aproveitaram para fazer uma pequena arte. 

Depois que desliguei o telefone notei o silêncio no ambiente, ouvia-se apenas o dedilhar de Luan e nada mais, foi então que meu sensor de mãe apitou dizendo que algo estava errado pois minha vó já dizia, criança calada esta aprontando. 

Não foi preciso andar muito para encontrar os dois arteiros, estavam escondidos atrás do sofá, Lorenzo segurava Penélope enquanto Henrique lambuzava ela toda com batom vermelho:
-Ei! - Repreendi os assustando, minha cadelinha que um dia fora branca estava toda pintada de vermelho, no focinho, por todo o pelo e até nas patas - João Henrique! João Lorenzo! - Esbravejei. 
-A gente só tava passando batom na Penélope mãe... - Henrique gemeu. 
-É mãe, pra ela ficar bonita! - Lorenzo completou. 
-Não meninos, não não não! - Tirei Penélope das garras dos pequenos tiranos - Olha só o que vocês fizeram com ela, tadinha! - Ele não falaram mais nada - E onde pegaram esse batom? - Além de terem sujado Penélope estavam todos lambuzados também e o meu batom, já era totalmente. 
-Na sua bolsa. - Henrique respondeu. 
-E quem disse que pode mexer na minha bolsa João Henrique? - Fiquei nervosa. 
-Desculpa mamãe... - Lorenzo tentou ajeitar as coisas. 
-Não, nada de desculpas! 
-O que ta acontecendo em? - Luan chegou lá. 
-Olha só o que seus filhos fizeram, olha a cor que eles estão, mexendo na minha bolsa sem autorização ainda por cima! 

Continuei brava, mas Luan não pensava como eu, quando viu a situação dos gêmeos e de Penélope, começou a gargalhar como se estivesse vendo o melhor filme de comédia do mundo:
-Do que você ta rindo? - Perguntei indignada. 
-Disso, olha só a Penélope... - Continuou a rir e com isso com gêmeos começaram a rir também. 
-Ah não Luan, assim não tem como dar limites a essas crianças, você é pior que eles. - Reclamei. 
-Eles não fizeram por mal amor. - Defendeu como sempre - Filhos, não pode fazer isso com a Pê tadinha... - Falou com jeitinho - Prometem que não vão fazer mais nada disso? Nem mexer na bolsa da mamãe? 
-Prometo, prometo! - Responderam juntos. 
-Agora peçam desculpas e deem um beijo na mamãe. 

Tentei me manter séria, mas quando eles vieram me beijar, me derreti como sempre. Eram completamente encantadores, os três e eu sempre era vencida por eles. Mas Henrique e Lorenzo não sairiam ilesos daquela vez:
-Desculpa mamãe... - Falavam manhosos. 
-Desculpo, mas vocês, junto com o papai que é sempre tão compreensivo vão dar um bom banho na Penélope e deixar ela branquinha de novo. - Olhei fixamente para Luan.
-Essa hora Nic? - Ele reclamou - Ta muito tarde, ta frio, amanha a gente leva no pet shop. 
-O que? Nada disso, você não achou tão bonitinho a arte dos seus filhos, agora vão ter que limpar. - Sorri cinicamente - Vou dar uma colher de chá e deixar para amanha, já que hoje esta mesmo tarde e frio e a coitadinha não merece isso. Mas de amanha não passa. 
-Mas... 
-Nada, Lorenzo, Henrique, para a cama agora. 

E como viram que não podiam mais argumentar, subiram os três, enquanto isso tive que deixar Penélope toda vermelha tadinha. Aquela noite Luan quem vestiu os pijaminhas nos garotos e os colocou para dormir, embalados por sua voz e violão como sempre fazia quando estava em casa. Depois, veio ao meu encontro em nosso quarto:
-Você parece uma general as vezes sabia? - Me envolveu pela cintura, querendo fazer charme. 
-Se eu não colocar ordem, ninguém coloca. - Retruquei. 
-Ah, mas fala que não achou bonitinho eles fazendo aquilo, nem um pouquinho? - Me sorriu. 
-Tadinha da Pê amor, eles são cruéis com ela as vezes. - Sorri também me dando por vencida. 
-Eles não fazem por mal, são crianças. Sabe o que Henrique me perguntou agora a pouco? 
-O que? 
-Se você ainda estava brava com eles e se precisam pedir mais desculpas. 
-E o que você disse? - Achei fofo. 
-Que amanha de manha você ia estar feliz de novo, mas que não podiam mais fazer coisas assim para não te deixar brava ou triste com eles. - Cheirou meu pescoço de repente. 
-Isso mesmo. 
-Tem que relaxar meu amor. - Continuou beijando meu pescoço até chegar na boca e sussurrou - E eu sei como te fazer relaxar...
-De novo Luan? - Perguntei sorrindo.
-Com você, sempre. - Respondeu me convencendo totalmente de fazer qualquer coisa que ele quisesse. 
E depois de mais uma seção de amor, finalmente fomos dormir, agora sim saciados e relaxados como ele mesmo disse. Era muito bom saber que ele me queria sempre assim como eu o queria também.

Na manha seguinte, tirei todo mundo cedinho da cama para cumprir o combinado. Luan foi o que mais reclamou, mesmo assim deram o banho na pequena mascote e acabaram entrando na onda e se banhando com a mangueira também até eu entrei junto, foi a maior diversão.

Luan passou mais aquele dia em casa e a noite também, mas na tarde seguinte já teve que partir e eu que mais uma vez fiquei, achei que era hora de começar a  fazer umas buscas na internet e dar alguns telefonemas para colocar em prática meu novo projeto. 


[Continua]







Oiiê, 
Nicolle esta mesmo disposta a ir atrás da história de Cecí e Lorenzo, 
mas será que ela vai descobrir algo? 
E será que agora o livro sai? 
E mais um bebê? 
haha'

Gêmeos aprontando, 
fofos... 

Querem mais um capítulo hoje? 

Beijos, 
Mayara
@Luansmyway

6 comentários:

  1. Esses meninos são uns pestinhas. rsrs
    Tem que colocar de castigo, dar umas palmadinhas de vez em quando. Isso não mata ninguém. O que não dá é Luan sempre tentando passar a mão na cabeça deles só porque são crianças.
    Seria interessante se acontecesse o contrário. Luan que brigasse com ele. Os gêmeos poderiam estragar alguma coisa se trabalho, uma composição, umviolão, e Luan perdesse a cabeça e desse uma palmadinha em cada um. E ainda os deixasse de castigo, os deixando assustados. E Nic ficasse sem saber o que fazer e fosse conversar com ele, o acalmando. E Luan fosse conversar com eles. Ai ficaria tudo bem.


    Yana

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  2. QUEREMOOOOOOOOOOOOS HAHA
    MANU

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  3. Nicole vai ficar maluca com essas crianças e o Luan passa mão na cabeça.. rsrsrrsrs

    Priscila

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  4. Achei lindo! Quero outro!
    Luan sempre mais fexível, maaas ele tem q tomar cuidado p ñ tirar a autoridade da Nick! Pq aí a Nick fica sendo a má e o Lu o bonzinho, rs!
    Beeijos, Rita

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  5. OMG .. que meninos arteiros hahaha
    Tadinha da pê, eles sempre aprontam com ela kkkkk
    Quero mais um BBzinho ♥♥
    Nuza'H

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